Seguranças de supermercado que humilharam morador de rua serão investigados
Seguranças de supermercado que humilharam morador de rua serão investigados
Funcionários da Max Forte, empresa de segurança que presta serviço à rede G Barbosa, serão investigados pela 9ª Delegacia de Polícia, localizada no bairro da Boca do Rio, em Salvador, após serem flagrados maltratando um homem negro, morador de rua, em condições degradantes e humilhantes. Um inquérito foi instaurado para apurar o caso, de acordo com ofício de resposta entregue na terça-feira (12), ao vereador Luiz Carlos Suíca (PT), que encaminhou a denúncia ao Ministério Público da Bahia (MP-BA). Relembre o caso na reportagem de Ricardo Sapia:
?Esse fato viola os direitos humanos e os funcionários cometeram um crime à dignidade de um homem que não oferecia resistência alguma para os procedimentos daqueles vigilantes?, argumenta o vereador. A situação veio a público com a divulgação de um vídeo gravado por um cidadão que passava pelo local e registrou a ação.
?A cena é lamentável, imagino a situação de uma pessoa ser submetida à tortura, sem poder se defender, mesmo que ele tenha cometido algum ato ilícito, isso é inadmissível. Procedimento de segurança empresarial nenhum é maior que a dignidade da pessoa humana, principalmente quando um indivíduo não oferece risco iminente para aqueles que o abordam?, frisa Suíca.
Ainda de acordo com o vereador petista, o morador de rua teve sua saúde exposta por funcionários irresponsáveis. ?Não só fisicamente, o homem torturado também pode ter a saúde comprometida, já que foi mergulhado na água imunda de um córrego, como também a saúde psicológica desse rapaz pode estar abalada com as sequelas morais que a brutalidade daqueles seguranças deixaram?, lamenta Suíca.
O vereador aponta ainda para a atuação do MP-BA e diz que apresentou o caso à Justiça ?para representar interesses da sociedade e evitar que casos como este se repitam?.