O Bem Transforma: 'Educação é a base para transformar a sociedade', diz representante do Senai Cimatec
Instituição de ensino inaugurada em 2022 conquistou o troféu 'O Bem Transforma' na categoria 'Ciência e Tecnologia'
Há 21 anos impactando a educação na Bahia, o Senai Cimatec é uma instituição de ensino inaugurada em 2002 que contempla um centro tecnológico, outro universitário e uma escola técnica. Mais que apenas o ensino superior voltado para as áreas de tecnologia, a atuação do Cimatec na propagação do conhecimento e no ensino de jovens e adultos rendeu a eles o troféu “O Bem Transforma: Ciência e Tecnologia”, iniciativa da TV Aratu.
Segundo o diretor de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação do Cimatec, Luis Breda, a iniciativa da emissora é “extremamente importante” para fazer essa aproximação da instituição com a sociedade. “A gente recebe isso com muita felicidade, principalmente por ser um veículo de comunicação, importante como vocês, reconhecendo a importância da educação em nossa sociedade”, declarou.
[caption id="attachment_263310" align="alignnone" width="740"] Luis Breda recebendo o prêmio em nome do Cimatec| Foto: Luiz Fernandes/TV Aratu[/caption]
INICIATIVAS DE INCLUSÃO
Para além do ensino oferecido pela instituição, em cursos como engenharias de Produção, Elétrica, Mecânica, Arquitetura e Urbanismo, o Cimatec se destaca pelas práticas sociais, como a oferta de bolsas integrais para estudantes de baixa renda e também projetos como o programa de extensão "Garota 4.0”, que incentiva a participação feminina nas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática.
“A gente aproxima as garotas, principalmente daqui da região do Bairro da Paz, com a área de tecnologia e inovação, mostrando atalhos que elas podem tomar nessa área, que também é um mundo possível para elas, alargando as possibilidades e os horizontes dessas mulheres”, analisa Breda.
Em uma área estigmatizada como masculina, mas a presença feminina tem sido cada vez maior. Um caso que ilustra bem a situação é o de Adriele Nunes, estudante do curso superior de Engenharia Elétrica, que ingressou na instituição através do programa de bolsas integrais em 2018.
“Foi a oportunidade da minha vida, meu divisor de águas. Eu não teria como pagar [as mensalidades]. O programa é necessário para estudantes como eu, que não tinham condições financeiras para ter acesso a um ensino de qualidade como esse e, assim, poder mudar sua realidade”, contou.
[caption id="attachment_263311" align="alignnone" width="502"] Atualmente, Adriele estagia na Ford | Foto: Arquivo Pessoal[/caption]
Sobre a questão do ensino técnico, tanto médio quanto superior, ser um ambiente com grande presença masculina, Adriele afirma que é um cenário que tem se modificado graças a iniciativas e projetos que incentivam a entrada de mulher na área. “Participei do WIE (Woman in Engineering), que incentiva as mulheres na engenharia, fazendo projetos e atividades tecnológicas para escolas públicas, buscando incentivar as meninas, as mulheres, a entrarem na ciência, caso queiram. Foi muito importante, contamos é experiências que tivemos em relação ao machismo nessa área que ainda é bem predominantemente masculina e esse é um tema que deve ser debatido”.
A jovem de 24 anos, que está no penúltimo semestre do curso, falou sobre as oportunidades que teve desde que entrou no Cimatec, tendo inclusive uma experiência de intercâmbio na França, onde pôde estagiar e estudar lá.
[caption id="attachment_263338" align="alignnone" width="740"] Uma das aulas de microeletrônica na França (à esquerda) e grupo de estudantes brasileiros na Universidade Politécnica de Montpellier (à direita) | Fotos: arquivo pessoal[/caption]
“Foi um momento em que eu precisei me esforçar muito, estando sozinha, em uma outra cultura. As aulas eram em francês e no começo foi bem difícil. Mas foi uma experiência ímpar na minha vida, pude aprender muito sobre microeletrônica, desenvolver o francês, conhecer pessoas", pontuou Adriele.
Sobre a questão educacional do país, Adriele e Breda foram assertivos ao falar das possibilidades que o ensino técnico pode oferecer aos estudantes.
“A gente tem um ensino médio muito focado para preparar as pessoas para irem para a universidade, como se todo mundo tivesse que ir para universidade. No Brasil, a gente tem essa falsa impressão de que não ir para universidade é uma falha”, pontua Breda. “O curso técnico, em geral, abre uma oportunidade gigantesca e a gente tem muita demanda que não é atendida. Então, fazer um curso técnico faz com que o estudante consiga ampliar seus horizontes e a Bahia tem um setor industrial forte que pode absorver essa mão de obra”, finalizou Breda.
Esta reportagem é a segunda de uma série do Aratu On sobre os 15 vencedores do prêmio “O Bem Transforma”, homenagem da TV Aratu para pessoas e instituições que contribuem para a construção de uma Bahia melhor. A cerimônia de entrega dos prêmios foi realizada no dia 30 de outubro.
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