Maya Massafera defende divulgação de jogos de aposta: 'Não acho errado'
No programa 'De Frente com Blogueirinha', Maya Massafera defendeu a divulgação de plataformas de jogos de apostas online
Por Bruna Castelo Branco.
Durante participação no programa De Frente com Blogueirinha, a influenciadora Maya Massafera saiu em defesa da divulgação de plataformas de jogos de apostas online, e afirmou que não se sente mal em divulgar os sites para os seguidores.
Maya afirmou que não vê problema na prática e destacou que atua apenas com empresas legalizadas. “Eu faço uma coisa [divulgação] que é 100% legalizada no Brasil e que é muito diferente… é jogo para diversão. Eu jogo”, disse. Veja o vídeo:
No início deste ano, Maya gerou polêmica nas redes sociais ao afirmar que pessoas ricas são "apaixonadas pela magreza". “Gente rica ou francesa, que entende muito de moda, é apaixonada por magreza, então, assim, eu não estou nada magra para eles ou para brasileiros da elite. Agora, gente mais simples vai me achar magra, é normal desde que a história é história”, declarou ela.
No bate-papo, a influenciadora ainda mencionou a morte do irmão, aos 20 anos, em decorrência do consumo excessivo de álcool, para comparar a polêmica das apostas com a publicidade de bebidas. “Eu tinha um irmão, de 20 anos, que faleceu e um dos motivos foi o álcool. É o que mais faz homens bater em mulheres, feminicídio, é o maior vício do Brasil. Você já fez propaganda de álcool?”, questionou.
Blogueirinha confirmou. Em resposta, Maya rebateu: “Eu posso falar que você é responsável por tantas mortes no Brasil de alcoolismo? Então por que sou responsável pelo mesmo vício? Não acho que estou errada”.
A influenciadora também declarou que só aceitou divulgar a plataforma após a regulamentação e revelou ter recusado ofertas milionárias antes da legalização. Em outubro de 2024, o governo federal suspendeu as atividades de plataformas de jogos de aposta ilegais no Brasil.
“Quando eu fiz já era 100% legalizado. Eu nunca aceitei antes. Já me ofereceram mais de R$ 50 milhões por ano e eu não aceitei. Eu só aceitei essa porque é legalizada. Porque eu jogo e eu gosto. Não acho errado”, afirmou.
Projeto de lei sobre jogos de apostas
Um projeto de lei aprovado pelo Senado em maio deste ano estabelece restrições para a propaganda de jogos de apostas esportivas de quotas fixas, as chamadas bets. O texto, que ainda precisa ser aprovado pela Câmara dos Deputados para entrar em vigor, proíbe a realização de anúncios ou ações de publicidade com atletas, artistas, comunicadores, influenciadores ou autoridades.
De autoria do senador Styvenson Valentim (PSDB-RN), o texto foi aprovado na quarta-feira (28) na Comissão de Esporte, na forma de um substitutivo do relator, Carlos Portinho (PL-RJ). A votação final seria na Comissão de Comunicação e Direito Digital (CCDD), que ainda não foi instalada. Por esse motivo, o texto foi encaminhado para o plenário com pedido de urgência.
O objetivo do projeto é evitar o impacto da prática de apostas esportivas na população brasileira, especialmente com foco na proteção de públicos vulneráveis, como crianças e adolescentes. A regulação das ações de marketing e propaganda desse tipo de aposta busca estabelecer critérios e limites claros para a veiculação de conteúdos publicitários, “contribuindo para a transparência do setor e a preservação do interesse público”.
O projeto proíbe a promoção de programas e ações de comunicação que ensinem ou estimulem de forma direta ou subliminar a prática de jogos de apostas, além de não permitir o uso da imagem ou a participação de atletas, ex-atletas, artistas, comunicadores, influenciadores, autoridades, membros de comissões técnicas profissionais ou qualquer pessoa física, ainda que na condição de figurantes, na publicidade das bets. A única exceção é de ex-atletas, após cinco anos de encerramento da carreira.
Também é proibido o patrocínio, direto ou indireto, a juízes e demais membros da equipe de arbitragem de competições esportivas, assim como o uso de animações, desenhos, mascotes, personagens ou quaisquer recursos audiovisuais, inclusive gerados por inteligência artificial, dirigidos ao público infantojuvenil de forma direta ou subliminar.
Além disso, as peças publicitárias não deverão mostrar as apostas como socialmente atraentes, como forma de promoção do êxito pessoal, alternativa a emprego, solução para problemas financeiros, fonte de renda adicional, forma de investimento financeiro, garantia ou promessa de retorno financeiro.
Outro ponto é que não será permitida a promoção de programas e ações de comunicação que ensinem ou estimulem de forma direta ou subliminar a prática de jogos de apostas e o envio de mensagens, chamadas, correspondências, notificações por aplicativos ou quaisquer outras formas de comunicação sem o consentimento prévio, livre, informado e expresso do destinatário.
As restrições aprovadas pelos senadores também incluem a proibição de publicidade em suporte impresso; do impulsionamento de conteúdo fora dos horários permitidos, ainda que originado dos canais oficiais dos operadores de apostas, e a veiculação de publicidade de teor sexista, misógino ou discriminatório, inclusive a objetificação do corpo humano ou a associação de apostas a estereótipos de gênero.
Fica proibida a veiculação de cotações (odds) dinâmicas ou probabilidades atualizadas em tempo real durante a transmissão de jogos e eventos esportivos ao vivo, salvo quando exibidas exclusivamente nas próprias páginas, sites de internet ou aplicativos dos agentes operadores licenciados.
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