Entenda o tratamento experimental que Preta Gil buscou nos EUA
Preta Gil realizou terapia-alvo contra o câncer nos EUA, um tratamento experimental
Por Juana Castro.
Nos últimos meses de vida, a cantora e empresária Preta Gil - que morreu no domingo (20), aos 50 anos - buscou um tratamento experimental nos Estados Unidos (EUA) como tentativa de controlar o câncer colorretal. Mas o que é esse tratamento e como ele funciona?
Tratamentos experimentais são terapias ainda em fase de testes clínicos e que não fazem parte dos protocolos tradicionais aprovados por agências reguladoras como a Anvisa ou o FDA (no caso dos EUA). Esses estudos buscam avaliar a eficácia e a segurança de novas abordagens, como medicamentos, combinações de terapias ou tecnologias inovadoras.
Geralmente, esses tratamentos são oferecidos dentro de ensaios clínicos, divididos em fases (de I a IV), com regras rigorosas de controle e monitoramento. Apenas pacientes que se enquadram em critérios específicos, como tipo de câncer, estágio da doença e perfil genético, podem participar.
O que é o tratamento experimental buscado por Preta Gil?
Preta Gil participava de um estudo clínico em fase final no centro oncológico Virginia Cancer Institute, nos Estados Unidos. O protocolo era baseado em terapia-alvo, uma forma mais precisa de tratar o câncer.
Diferente da quimioterapia tradicional - que ataca indiscriminadamente todas as células que se dividem rapidamente, incluindo as saudáveis - a terapia-alvo atua sobre mutações ou moléculas específicas nas células tumorais.
Como o tratamento experimental combate o câncer?
Segundo o Instituto Vencer o Câncer, a terapia-alvo pode agir de várias maneiras:
- Bloqueando sinais que fazem as células do câncer crescerem;
- Impedindo a formação de vasos sanguíneos que alimentam o tumor (angiogênese);
- Levando substâncias tóxicas diretamente às células doentes;
- Ativando o sistema imunológico para eliminar as células cancerígenas;
- Interrompendo mecanismos que prolongam a vida das células do tumor.
A técnica é considerada um avanço significativo na oncologia, mas só pode ser utilizada em tumores com determinadas características genéticas, definidas por testes especializados.
Por que Preta Gil recorreu ao tratamento experimental?
A artista foi diagnosticada em janeiro de 2023 com adenocarcinoma no reto e, após um período de remissão, anunciou em agosto de 2024 que o câncer havia retornado em quatro locais diferentes. Após cirurgias e tratamentos convencionais, restaram poucas opções no Brasil.
Com o avanço da doença, Preta buscou esperança em um protocolo experimental nos Estados Unidos, o que é comum em casos nos quais as terapias disponíveis não surtem mais efeito. Apesar da tentativa, seu organismo não respondeu como esperado ao novo tratamento.
Interesse por terapia experimental cresce na internet após caso de Preta Gil
Desde a divulgação do caso da cantora, aumentaram as buscas por expressões como "tratamento experimental contra o câncer" e "terapia-alvo", segundo dados do Google Trends. O crescimento reflete o interesse e a esperança que muitos pacientes depositam nessas novas alternativas terapêuticas.
Especialistas alertam, porém, que a indicação de terapias experimentais deve sempre ser feita com acompanhamento médico, análise individualizada e compreensão dos riscos envolvidos.
Com informações do SBT News
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