Entenda o tratamento experimental que Preta Gil buscou nos EUA

Preta Gil realizou terapia-alvo contra o câncer nos EUA, um tratamento experimental

Por Juana Castro.

Nos últimos meses de vida, a cantora e empresária Preta Gil - que morreu no domingo (20), aos 50 anos - buscou um tratamento experimental nos Estados Unidos (EUA) como tentativa de controlar o câncer colorretal. Mas o que é esse tratamento e como ele funciona?

Preta Gil foi diagnosticada com câncer em 2023

Tratamentos experimentais são terapias ainda em fase de testes clínicos e que não fazem parte dos protocolos tradicionais aprovados por agências reguladoras como a Anvisa ou o FDA (no caso dos EUA). Esses estudos buscam avaliar a eficácia e a segurança de novas abordagens, como medicamentos, combinações de terapias ou tecnologias inovadoras.

Geralmente, esses tratamentos são oferecidos dentro de ensaios clínicos, divididos em fases (de I a IV), com regras rigorosas de controle e monitoramento. Apenas pacientes que se enquadram em critérios específicos, como tipo de câncer, estágio da doença e perfil genético, podem participar.

O que é o tratamento experimental buscado por Preta Gil?

Preta Gil participava de um estudo clínico em fase final no centro oncológico Virginia Cancer Institute, nos Estados Unidos. O protocolo era baseado em terapia-alvo, uma forma mais precisa de tratar o câncer.

Diferente da quimioterapia tradicional - que ataca indiscriminadamente todas as células que se dividem rapidamente, incluindo as saudáveis - a terapia-alvo atua sobre mutações ou moléculas específicas nas células tumorais.

Como o tratamento experimental combate o câncer?

Segundo o Instituto Vencer o Câncer, a terapia-alvo pode agir de várias maneiras:

  • Bloqueando sinais que fazem as células do câncer crescerem;
  • Impedindo a formação de vasos sanguíneos que alimentam o tumor (angiogênese);
  • Levando substâncias tóxicas diretamente às células doentes;
  • Ativando o sistema imunológico para eliminar as células cancerígenas;
  • Interrompendo mecanismos que prolongam a vida das células do tumor.

A técnica é considerada um avanço significativo na oncologia, mas só pode ser utilizada em tumores com determinadas características genéticas, definidas por testes especializados.

Por que Preta Gil recorreu ao tratamento experimental?

A artista foi diagnosticada em janeiro de 2023 com adenocarcinoma no reto e, após um período de remissão, anunciou em agosto de 2024 que o câncer havia retornado em quatro locais diferentes. Após cirurgias e tratamentos convencionais, restaram poucas opções no Brasil.

Com o avanço da doença, Preta buscou esperança em um protocolo experimental nos Estados Unidos, o que é comum em casos nos quais as terapias disponíveis não surtem mais efeito. Apesar da tentativa, seu organismo não respondeu como esperado ao novo tratamento.

Preta Gil com o pai, Gilberto Gil, e a madrasta, Flora Gil | Foto: reprodução/Instagram

Interesse por terapia experimental cresce na internet após caso de Preta Gil

Desde a divulgação do caso da cantora, aumentaram as buscas por expressões como "tratamento experimental contra o câncer" e "terapia-alvo", segundo dados do Google Trends. O crescimento reflete o interesse e a esperança que muitos pacientes depositam nessas novas alternativas terapêuticas.

Especialistas alertam, porém, que a indicação de terapias experimentais deve sempre ser feita com acompanhamento médico, análise individualizada e compreensão dos riscos envolvidos.

Com informações do SBT News

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