Setor de serviços tem sétima alta seguida, acumulando 2,6% em agosto

Com o resultado, o setor de serviços tem sétima alta seguida até agosto, acumulando 2,6% em agosto  e atinge o maior patamar da série histórica iniciada em 2011

Por Rosana Bomfim.

O volume no setor de serviços no Brasil cresceu 0,1% em agosto de 2025, em comparação com julho, marcando o sétimo mês consecutivo de resultados positivos. Com isso, o setor tem a sétima alta seguida até agosto, acumulando 2,6% neste mês e atingindo o maior patamar da série histórica iniciada em 2011, superando em 18,7% o nível observado antes da pandemia, em fevereiro de 2020.

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Setor de serviços tem sétima alta seguida e acumula 2,6% até agosto | Foto: Divulgação

Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta terça-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação a agosto de 2024, o setor registrou avanço de 2,5%, o 17º resultado positivo seguido nessa comparação.

O acumulado no ano também ficou em 2,6%, enquanto nos últimos 12 meses o crescimento chegou a 3,1%, indicando leve aceleração frente aos 3% registrados até julho.

Setor de serviços mantém trajetória de crescimento

Segundo o IBGE, essa é a sequência mais longa de crescimento mensal desde o período entre fevereiro e setembro de 2022, quando o setor havia avançado 5,6% ao longo de oito meses consecutivos.

Quatro das cinco atividades investigadas pela pesquisa apresentaram desempenho positivo em agosto. O destaque ficou com os serviços profissionais, administrativos e complementares, que cresceram 0,4% e engataram o quarto mês seguido de alta, com ganho acumulado de 2%. O avanço foi impulsionado por empresas de programas de fidelidade, atividades jurídicas e aluguel de máquinas e equipamentos.

O setor de transportes cresceu 0,2%, com impulso do transporte rodoviário coletivo de passageiros, ferroviário de cargas, logística e transporte dutoviário. Já os serviços prestados às famílias subiram 1%, beneficiados pelo aumento da demanda em restaurantes, serviços de buffet e hotéis. O segmento de outros serviços teve alta de 0,6%, puxado por serviços financeiros auxiliares.

A única retração veio do setor de informação e comunicação, que caiu 0,5%, anulando o avanço de julho. A queda foi atribuída a perdas em serviços de TI, como suporte técnico e manutenção, além de recuo em exibição e distribuição cinematográfica, impactadas por uma base de comparação elevada, típica do mês de férias escolares.

Apesar disso, o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, destaca que os serviços de tecnologia da informação seguem como o principal motor do crescimento do setor ao longo de 2025. "Essa atividade mostra um crescimento contínuo desde o fim da pandemia, atingindo novo recorde em agosto", afirmou.

Setor de serviços tem sétima alta seguida| Foto: Divulgação CCR

Transporte impulsiona recuperação

O grupamento do setor de transportes também tem sido peça-chave no desempenho recente. Segundo Lobo, atividades como o transporte rodoviário coletivo e o transporte aéreo têm apresentado forte recuperação, assim como o rodoviário e ferroviário de cargas, alavancados pelo bom desempenho da agropecuária. “O crescimento da produção agrícola tem impulsionado o escoamento de grãos, favorecendo esses modais de transporte”, explicou.

Turismo volta a crescer após três quedas

Após três meses de retração, o índice de atividades turísticas cresceu 0,8% em agosto, frente a julho. No período anterior, o setor havia acumulado perda de 2,1%. Agora, opera 11,5% acima do patamar pré-pandemia, mas ainda 2% abaixo do recorde registrado em dezembro de 2024.

Lobo aponta que a alta de agosto tem relação com a base de comparação mais baixa, afetada anteriormente pelo aumento das passagens aéreas. “A retração no transporte aéreo afetou negativamente o turismo em junho e julho. Com a desaceleração dos preços, observamos essa retomada”, comentou.

Regionalmente, 11 das 17 unidades pesquisadas acompanharam o crescimento nacional, com destaque para Rio de Janeiro (2,5%), Amazonas (6,9%) e Bahia (1,7%). Em contrapartida, São Paulo (-1,1%), Paraná (-1,5%) e Minas Gerais (-0,8%) puxaram os resultados para baixo.

Transporte de passageiros e cargas mantém tendência de alta

O volume de transporte de passageiros teve leve alta de 0,3% em agosto, após queda de 2,2% em julho, mantendo-se 9,9% acima do nível pré-pandemia. No entanto, ainda segue 15,6% abaixo do pico registrado em fevereiro de 2014.

Já o transporte de cargas avançou 0,6% no mês, acumulando alta de 2,4% nos últimos quatro meses. O segmento está 4,0% abaixo do recorde de julho de 2023, mas opera 38,7% acima do nível de fevereiro de 2020.

Segundo Lobo, os bons resultados refletem o desempenho da agricultura e da extração de petróleo e gás. “O escoamento de grãos tem fortalecido o transporte de cargas rodoviário e ferroviário. Já o dutoviário se beneficia da extração de óleo bruto e gás natural”, destacou.

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