Aposentadoria em 2026: o que muda nas regras do INSS?

INSS: Regras da aposentadoria em 2026 mudam devido à reforma da previdência de 2019

Por Júlia Naomi.

Para aqueles que já contribuíam para o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) antes da reforma da previdência, em 2019, novas regras para a aposentadoria passam a valer a partir de 2026. A idade mínima para a aposentadoria sobe seis meses em relação ao ano anterior, passando a ser de 59 anos e seis meses para mulheres e de 64 anos e seis meses para homens.

Mudanças nas regras para aposentadoria em 2026 seguem regime de transição adotado após reforma da previdência. Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Isso acontece porque, com a reforma, o governo criou um regime com cinco regras de transição, que prevê mudanças progressivas nas normas a cada ano. As alterações representam novas exigências para se aposentar, com aumento gradual da idade mínima. Ao final da fase de ajuste, em 2031, mulheres e homens precisarão ter pelo menos 62 e 65 anos para se aposentarem, respectivamente.

Outra mudança é o aumento da regra dos pontos, calculada pela soma da idade do trabalhador com o tempo de contribuição. Pelos critérios de 2026, serão exigidos 103 pontos para homens e 93 para mulheres.

Para aqueles que começaram a contribuir após a reforma, as regras permanentes não são alteradas.

Conheça as regras de transição para a aposentadoria

Cada regra de transição pode resultar em datas e valores diferentes para a aposentadoria, de modo que o contribuinte pode escolher a que considerar mais vantajosa.

Foto: Reprodução

1. Tempo de contribuição + idade mínima

Sob esta regra, o tempo de contribuição permanece fixo em 30 anos para mulheres e 35 para homens. A idade mínima para a aposentadoria, ao contrário, aumenta seis meses a cada ano, passando a ser de 59 anos e seis meses para mulheres e de 64 anos e seis meses para homens em 2026.

2. Aposentadoria por idade

Essa regra leva em conta somente a idade mínima, de 65 anos para homens e 62 para mulheres, além de um tempo de contribuição menor, fixado em 15 anos para ambos.

3. Pedágio de 50%

A norma é voltada para trabalhadores que estavam próximos da aposentadoria em 2019. Eles deverão pagar um "pedágio" equivalente a 50% do tempo de contribuição que faltava. Por exemplo, um trabalhador que tinha apenas 22 meses de contribuição pendentes terá de trabalhar por mais 11 meses.

Esta modalidade também adota uma idade mínima, que é de 57 anos para mulheres e 60 anos para homens.

4. Pedágio 100%

Esta regra exige que o trabalhador cumpra todo o tempo que faltava para se aposentar. A vantagem, para quem opta pela modalidade, está no valor da aposentadoria, que pode ser maior do que o disponibilizado pela regra do pedágio de 50%.

5. Regra dos pontos

A pontuação resulta da soma da idade com o tempo de contribuição. Em 2026, para ambos os gêneros, será necessário um ponto a mais que em 2025, de modo que o mínimo exigido será de 93 pontos para mulheres e 103 para homens.

INSS lança calculadora de aposentadoria

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) lançou uma ferramenta que ajuda a saber quanto tempo falta para se aposentar (por idade ou tempo de contribuição). 

Foto: Agência Brasil

A simulação utiliza os dados disponíveis na base do INSS. Durante o procedimento, também é possível acrescentar vínculos trabalhistas e ajustar a data de nascimento.

É necessário lembrar que a simulação não garante o direito imediato à aposentadoria e pode apresentar inconsistências ou períodos não registrados.

O Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) é essencial no processo de aposentadoria. O documento concentra o histórico profissional do segurado, incluindo vínculos de trabalho, contribuições, períodos de afastamento e licenças. A verificação e a correção de possíveis erros no CNIS são fundamentais para assegurar que todo o tempo trabalhado seja contabilizado de forma adequada.

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