Como começaram as quadrilhas juninas? Aratu On Explica

Tradição é tradição: não há São João sem as famosas quadrilhas juninas. Mas como essa história começou?

No documentário "Galinho: Um espetáculo junino desde 1989", do Grupo Aratu, o presidente da Federação Baiana das Quadrilhas Juninas (Febaq), Carlos Brito, explica que, com a chegada de Dom João VI ao Brasil, no século XIX, o país importou as referências das quadrilhas realizadas nas cortes europeias.

Mas as danças não se restringiram à elite. Os serviçais que viam os festejos começaram a reproduzi-los nas colônias de moradores, incluindo até as marcações francesas. O "en avant, tout", que significa "todos vão para a frente", virou "alavantu", e o "en arrière" se transformou no famoso "anarriê", indicando para que todos voltem a seus lugares.

"A quadrilha junina veio do matuto foi evoluindo. Hoje, temos as quadrilhas matutas, tradicionais, e estão cada vez mais profissionais. Virou uma grande tradição", falou Carlos Brito à época do documentário (assista ao final da matéria).

O Grupo Aratu, como grande mantenedor da cultura local, abraça essa tradição até 1989 e não fará diferente este ano. No sábado (8/6), o Arraiá do Galinho realiza mais um festival de quadrilhas, desta vez no Parque Costa Azul, em Salvador, a partir das 10h. A festa vai contar com atrações como: Gel Barbosa e Leo Estakazero, que prometem animar o público a partir das 17h.

Antes disso, a festa vai ser dominada pelo tradicional concurso de quadrilhas juninas, atração que faz parte do Galinho desde sua primeira edição. Este ano, 10 grupos irão disputar o troféu Celisa Felicidade: Mistura Gostosa (Cruz das Almas), Explosão Junina (Cachoeira), Luar do Recôncavo (Santo Antônio de Jesus), Pinga ni mim (Catu), Fogueira Santa (Camaçari), Fole Danado (Pojuca), Balancê (Itambé), Imperatriz do Forró (Salvador), Asa Branca (Salvador) e a campeão do ano passado, Forró do ABC (Salvador).