Literatura infantil é destaque na Bienal do Livro Bahia; 'força ancestral', diz escritora Regina Luz
Evento literário contou com espaços voltados exclusivamente às crianças e adolescentes
Mesmo com avanços tecnológicos e um acesso absurdo à informação, num piscar de olhos, ler é um hábito que atravessa gerações. Dos lúdicos aos mais densos, os livros chamam atenção de pessoas de todas as idades, como o pequeno Bento, de apenas sete anos. "Cinco!", mostrou a mão, orgulhoso, referindo-se à quantidade de livros em sua sacola, adquiridos nesta quarta-feira, 1º de maio, último dia da edição 2024 da Bienal do Livro Bahia, realizado no Centro de Convenções Salvador, no bairro da Boca do Rio.
Este é o segundo ano que a mãe de Bento, a geóloga Raiza Elias, 33, leva o filho para a Bienal. Ao Aratu On, ela disse que incentiva a leitura dentro de casa. "Ele gosta e está naquela fase de alfabetização, aprendendo a ler", afirmou. A única preocupação da mãe, nesse contexto, é disponibilizar livros adequados à faixa etária. "Ele queria um de [história em] quadrinhos, de luta, guerreiros, mas não comprei porque ainda não são para a idade dele", explicou.
A literatura infanto-juvenil é destaque na Bienal deste ano, com espaços exclusivos para o público, Janelas Encantadas - voltado ao público infantil - e Arena Jovem. Para a escritora e professora Regina Luz, é um prazer ver os mais novos se aventurando entre páginas.
"Eu estou encantada e esperançosa. Como disse Patricia Hill Collins [socióloga e professora universitária estadunidense], é preciso educar com esperança, e eu continuo nessa esperança porque estou vendo as crianças lendo muito!", declarou ao Aratu On. "Vou às feiras, aos lugares e vejo as crianças pedindo livros aos pais. Na era da tecnologia e inteligência artificial, vem essa força ancestral", completou.
Regina Luz lançou recentemente, e nesta quarta-feira durante a Bienal do Livro Bahia, seus mais novos trabalhos, "Eva" e "Alika", voltados ao público infantil (mas não só). "Eva fala da ancestralidade. É uma homenagem que faço a minha avó. É a história de uma criança sem recursos que ganha um livro sobre Maria Firmina, escritora do século XIX, primeira a lançar um livro sobre negritudes e identidade [no Brasil]", explicou.
Interessados em adquirir os livros podem comprá-los no estande da editora Palma, na Bienal, pela internet, por meio do perfil da escritora no Instagram (@reginaluzj) e pelo WhatsApp exclusivo para vendas: (71) 99178-8711.
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