Bruno Reis diz que volta às aulas depende de vacinação dos professores; "vou defender isso"
"As vacinas não chegaram hoje, mas podem chegar amanhã e, elas chegando, de imediato, nós vamos retomar o processo de vacinação em nossa cidade", prometeu.
O prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), se mostrou favorável ao retorno das aulas presenciais na capital baiana. Ele assinou a ordem de serviço do Mané Dendê, conjunto de localidades no Subúrbio Ferroviário, nesta quinta-feira (15/4), e aproveitou para falar sobre a retomada.
"As aulas presenciais dependeriam de um cenário de conforto e de segurança, e era óbvio que a gente precisava trazer para os trabalhadores da educação essa tranquilidade. Os acima de 60 anos, com a chegada das vacinas, espero que estejam vacinados até domingo [18/4]. E os de 59 a 55 tentar vacinar na semana que vem. Tendo mais vacina, tentamos chegar pra 50 anos. Vacinados esse públicos mais vulneráveis à Covid-19, já dá pra estabelecer a retomada? Eu acho que sim e vou defender isso. É um posicionamento meu", destacou.
O assunto surgiu ao falar da vacinação em Salvador. Cerca de 500 mil doses estão previstas para chegar à Bahia, mas sem data prevista. "Nos iríamos iniciar [a vacinação] do público de 60 anos e a expectativa era concluir no domingo. Já começamos o cadastro das pessoas com comorbidades e doenças crônicas, aqueles que não estão no serviço do SUS. [...] Pra que a gente já pudesse na semana que vem imunizar os professores e aí, sim, já projetar uma data pra a retomada das aulas presenciais no nosso município. As vacinas não chegaram hoje, mas podem chegar amanhã e, elas chegando, de imediato, nós vamos retomar o processo de vacinação em nossa cidade".
Ainda segundo o prefeito, já houve conversa sobre a volta as aulas com órgãos da Justiça. "Faltava dar um passo final, que era uma conversa seguinte com a APLB [Sindicato dos Trabalhadores em Educação] para discutir a estratégia de retomada. Já é de pleno conhecimento do Ministério Público os protocolos e os critérios para retomada da educação na nossa cidade", explicou.
"Nós havíamos definido os protocolos de como funcionariam cada ambiente na escola, desde o local da merenda, do bebedouro, do setor administrativo, da biblioteca. E definimos alguns critérios, como a volta que seria em dias alternados: uma parte das crianças teria aula segunda quarta e sexta, outra terça e quinta, na outra semana inverteria", detalhou
O planejamento, entretanto, foi suspenso com o avanço no número de casos e mortes no início de 2021. "A ideia não era voltar de forma facultativa, era voltar de verdade. Chegou a segunda onda, nós abortamos a discussão da retomada da educação e tivemos que adotar uma série de medidas de isolamento social. Se estávamos fechando o que estava aberto, como iríamos avançar em abrir atividades que não estavam funcionando?", questionou.
Como ainda não há previsão da chegada de novas vacinas, também não há previsão da imunização dos professores.
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