Não é normal viver muita coisa que vivemos, hoje, em nosso lar
Você já se deu conta sobre a normalização que fazemos das coisas que nos acontecem? Das coisas que nos cerca e das coisas que vivemos?
"Sobre o que você deseja falar, Anne?"
Ontem, eu assisti à aula de Paulo Vieira no dia 01 do treinamento do Método CIS e ele trouxe algo muito interessante.
Ele contou uma história - eu peço licença, pois não vou saber contar como Paulo conta, e também não vou trazer todos os detalhes que ele traz (até porque nem vou lembrar) - da qual farei minha adaptação resumida: o pai chega em casa noite, depois de um dia de trabalho fora de casa. Ao entrar, não recebe atenção do filho 1, o adolescente da casa, que estava jogando videogame e por lá continuou. O pai pensa que "é normal, é adolescente, e os meninos nessa idade são assim mesmo". Esse filho nem o nota.
Passa pelo filho 2 e esse é o mais novo, ainda é a criança da casa. Passa brincando, correndo, esbarra no pai e nem o cumprimenta. O pai pensa, mais uma vez, que "é normal", pois ele ainda é criança e só quer brincar.
Aí o pai chega no quarto da filha 3, já adulta, e ao abrir a porta do quarto, ela reclama e briga com o pai, por ele não ter batido na porta. Ele então fecha a porta do quarto e novamente pensa: "é normal, já é adulta minha filha não quer mais saber do pai".
O pai vai para a mesa, coloca seu jantar, janta, pega sua pasta – separa as contas que vai pagar de um lado e, do outro, as que não serão pagas. Ele pensa, então, que "é normal", pois o país está em crise e passou por uma pandemia.
REFLEXÃO
Todas essas falas e pensamentos do pai ("é normal") são historinhas que contamos para diminuir o peso da nossa omissão, o peso da nossa incompetência, o peso da nossa ausência e etc. Porque o normal é viver a plenitude; é o pai abrir a porta de casa e o filho vir com um "pai, que saudade!" e dar-lhe um abraço; é o pai chegar e se sentar com o filho mais novo e perguntar como foi a escola e seu dia; é ter um tempo de qualidade em comunhão com a família a mesa, jantar juntos, conversarem. Isso é normal. Então... Por que estamos normalizando coisas que não são positivas e normais?
E por que estou escrevendo sobre esse tema na coluna de organização?
Porque, muitas vezes, você acha que é normal ter um guarda-roupa bagunçado. Você acha que é normal tem roupas espalhadas e emboladas no armário, no pé da cama, no chão. É normal se estressar para achar uma peça de roupa que deseja utilizar.
Não é normal.
Você pode está achando que é normal procurar algo e não encontrar, então sair para comprar de novo, porque não achou, e "está tudo bem".
Não está tudo bem.
Você pode achar normal jogar cosméticos no lixo, porque passaram da validade e "é normal", pois realmente compra e não usa.
Não é normal.
Você pode estar achando que é normal jogar alimentos no lixo, porque venceram e você não consumiu na mesma velocidade que você compra.
Não é normal.
E a organização olha para isso.
Existe uma forma de você melhorar, de poder economizar com a organização e com o planejamento. Existe saída. E eu estou aqui para te dizer que não é normal. Normal é poder precisar utilizar uma tesoura e saber onde ela está e ir lá pegar, usar e devolver para o lugar, porque depois você vai precisar de novo. Normal é desejar utilizar uma peça do seu guarda roupa e ir na gaveta e saber que ela estará ali disponível para você. Isso é normal.
Ter uma vida organizada é o normal. Nosso Deus é um Deus organizado. Vamos lá viver uma vida normal e organizada?
Se você tem algum elogio, crítica, dúvida ou sugestão, envie uma pergunta para mim no direct (@metodovoeorganizacao e @lojaharmo.organize) que vou amar trocar uma ideia com você.
Organiza!
*Este material não reflete, necessariamente, a opinião do Aratu On.