Vídeo mostra momento em que prédio do antigo restaurante Colon desaba; veja
Na última quarta-feira (24/1), técnicos da Defesa Civil de Salvador (Codesal) interditaram áreas da Praça Conde dos Arcos, local no qual o casarão é situado
Parte do prédio onde funcionava o restaurante Colon, no Comércio, desabou no fim da manhã desta quinta-feira (25/1), horas após processo de interdição das ruas próximas ao edifício.
Na última quarta-feira (24/1), técnicos da Defesa Civil de Salvador (Codesal) interditaram áreas da Praça Conde dos Arcos, local no qual o casarão é situado. Portanto, como a região já estava isolada, não houve feridos.
Em nota enviada à imprensa, o órgão municipal aponta que interditou a estrutura após vistoria solicitada pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Urbanismo (Sedur).
“Por conta de desprendimento de reboco da fachada lateral, a área foi devidamente isolada e o prédio evacuado por conta da atual condição de precariedade estrutural interna e insegurança no local”, afirmou a Codesal, em trecho de nota enviada na manhã desta quinta – portanto, anterior ao desabamento.
Por falta de manutenção, o prédio foi evacuado, em vistoria realizada em 28 de setembro de 2020, e o responsável pelo estabelecimento foi notificado a suspender as atividades comerciais e liberar imediatamente o imóvel até que o risco fosse sanado com a realização de serviços de recuperação e reforço estrutural das partes instáveis, principalmente nos três últimos pavimentos superiores.
O Colon fechou as portas para o atendimento presencial em novembro de 2021, após 107 anos de funcionamento. De acordo com Juan Orge, proprietário do restaurante e neto do fundador, a decisão pelo encerramento das atividades foi tomada após complicações causadas pela pandemia de covid-19. "A queda do meu faturamento acredito que tenha chegado a 80%. Todos os recursos foram investidos, não houve ajuda de ninguém. A gente até usou o Auxílio Brasil, mas não era o suficiente”, comentou na época do fechamento.
À TV Aratu, o Instituto do Património Histórico e Artístico Nacional (Iphan) indicou que o imóvel não é tombado, mas ressaltou que a manutenção cabe aos proprietários.
“Atualmente, o Iphan está aguardando resposta sobre nomes e endereços dos proprietários, solicitada a órgãos públicos. No momento em que essas informações forem prestadas, o (a) proprietário (a) será notificado (a) para que uma vistoria completa no imóvel seja realizada pelos fiscais do Iphan e, assim, as medidas legais cabíveis sejam adotadas”, diz trecho do comunicado.
O estabelecimento fez parte da história da capital baiana e chegou a ser referenciado por Jorge Amado em seu livro "O Sumiço da Santa". Fundado por espanhóis, o Colon foi considerado o restaurante mais antigo de Salvador e um dos mais tradicionais, tendo recebido figuras ilustres, como Carlinhos Brown, Neuza Borges, Tatti Moreno, Nelson Rufino, além do próprio Jorge Amado.
Confira registro feito pela repórter Lícia Fontenele, para o QVP:
https://youtu.be/ivkNs1nZEIg
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