Professora de 65 anos é agredida por familiares de aluno em Salvador
O episódio aconteceu após a educadora falar com a mãe da criança sobre uma agressão sofrida em sala de aula
Por Da Redação.
Uma professora de 65 anos, Célia Regina, foi agredida por familiares de um aluno no bairro do Resgate, em Salvador. O episódio aconteceu após a educadora falar com a mãe da criança sobre uma agressão sofrida em sala de aula. Segundo relatos, o menino, de 7 anos, teria dado um tapa no rosto da professora durante uma aula de reforço escolar.
No dia seguinte à reclamação, o padrasto, a mãe e a tia do aluno compareceram à residência de Célia e a agrediram fisicamente. Durante o ataque, o padrasto teria feito ameaças graves. “Ele me disse assim: ‘Vou entrar aí e te arrebentar toda’”, relatou a professora em entrevista ao programa Alô Juca, da TV Aratu, nesta quinta-feira (20).
"Me bateu, e muito! Me agarrou pelo cabelo e me jogou no chão. Me urinei toda. Ele me bateu, me deu chute na cabeça, no meu rosto, pisada nos meus pés, nos meus braços. (...) Foi quando uma irmã dela [tia da criança] pegou uma pistola para botar no meu olho", disse ela, emocionada. "Ele [pai do menino] disse que iria me estuprar (...). Ele pegou uma pedra para jogar no meu rosto", completou.
A vítima está com diversos hematomas pelo corpo e revelou que teve parte do cabelo arrancado pelos agressores. Ainda abalada, Célia afirmou que segue recebendo ameaças de morte: “Eu nem estou saindo de casa, eles ficam rondando aqui fora”. Assista à reportagem na íntegra:
Família contesta versão de professora agredida
Após a repercussão do caso, a família do estudante se pronunciou, negando a versão da educadora. A mãe do menino, que preferiu não se identificar, afirmou que a criança era vítima de maus-tratos constantes por parte da professora durante as aulas de reforço.
O advogado da família, em entrevista ao vivo na TV Aratu, declarou que o aluno chegou em casa relatando sofrer "tratamento agressivo" e ameaças de Célia Regina. Além disso, a mãe apresentou um áudio que, segundo ela, registra a professora sendo ríspida e ameaçando a criança. A professora negou todas as acusações.
O caso está sendo investigado pela Delegacia Especial de Atendimento a Mulher (DEAM). Os suspeitos do crime, segundo o advogado da família da criança, serão ouvidos na tarde desta sexta-feira (21).
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