Policial penal é afastado suspeito de integrar esquema de corrupção
Policial penal Francisco Carlos da Cunha é investigado por crimes de corrupção passiva e associação criminosa ao operar esquema de cobrança de propina
Por Da Redação.
O policial penal Francisco Carlos da Cunha foi afastado do cargo por decisão judicial após ser denunciado pelo Ministério Público da Bahia (MPBA) por corrupção passiva e associação criminosa. A medida integra a segunda fase da "Operação Falta Grave", que cumpriu mandado de busca e apreensão na residência do investigado nesta segunda-feira (31).
De acordo com as investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), o servidor público cobrava valores entre R$ 20 e R$ 70 por dia de detentos da Casa do Albergado e Egresso (CAE) para viabilizar saídas não autorizadas da unidade. O esquema também envolvia a falsificação de registros de presença para ocultar as ausências dos internos.
O objetivo da ação foi coletar provas adicionais para identificar outros envolvidos, o modus operandi do grupo e possíveis crimes conexos. As evidências foram obtidas a partir de materiais apreendidos na primeira fase da operação, deflagrada em setembro de 2024.
Esquema criminoso envolvendo policial penal
Segundo o MPBA, o grupo atuava há anos na CAE, beneficiando detentos que, ao progredirem para regimes mais brandos, buscavam os agentes para comprar autorizações ilegais de saída. Os investigados adulteravam livros de registro, inserindo assinaturas retroativas para simular a presença dos internos quando estavam fora da unidade.
Além de Francisco Carlos da Cunha, outros quatro servidores já haviam sido denunciados na primeira fase da operação:
Nilmar Marcelo Pereira do Vale
Marcos Aurélio Freire da Silva
Valmir Santos Paixão
José Jorge Santos Farias
As investigações seguem em andamento para apurar a extensão das irregularidades e a possível participação de mais envolvidos.
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