"Paredão" com mortes em Salvador foi financiado por facção e vitimou terceiro homicídio em "tribunal do crime"
Casos aconteceram nos bairros de São Caetano e Fazenda Grande do Retiro. Os traficantes que atuam na Goméia pertencem ao Bonde do Maluco, enquanto os autores são do Ajeita.
A polícia já sabe que a festa de "paredão" alvo do tiroteio que deixou duas pessoas mortas e outra ferida no bairro de São Caetano, em Salvador, foi financiada por uma facção criminosa que atua na localidade conhecida como Goméia. Os atiradores seriam rivais do grupo que chegaram a bordo de motocicletas, sem alvos definidos.
A informação foi dada pelo comandante da 9ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Pirajá), major Elisson Santos. De acordo com a Polícia Civil, cinco atiradores participaram da ação. O oficial não citou nomes, mas os traficantes que atuam na Goméia pertencem ao Bonde do Maluco, enquanto os autores são do Ajeita.
Marco Gabriel Oliveira Mota de Souza, de 18 anos, e Luca Gabriel da Conceição dos Santos, 19, chegaram a ser socorridos para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de São Caetano, mas não resistiram aos ferimentos. A terceira vítima foi encaminhada para o Hospital do Subúrbio e não há informações sobre seu estado de saúde.
O "paredão" acontecia após uma partida de futebol ocorrida no Campo Paraíso, na Rua Ana Mariani Bitencourt. O caso está sendo apurado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Os corpos das vítimas, que não tinham envolvimento com o tráfico, foram levados para o Instituto Médico Legal (IML) de Salvador.
Por conta das mortes, os ônibus deixaram de circular pelo bairro, mas uma base da Polícia Militar foi instalada na Goméia e os coletivos voltaram a passar, segundo o Sindicato dos Rodoviários.
OUTRA MORTE
Aos integrantes do Ajeita, ainda na noite de terça-feira, é atribuído o homicídio, a tiros, de Elvis Jesus Nunes Freitas, de 19 anos.
Segundo testemunhas, ele estava no "paredão" de São Caetano e, ao chegar na localidade da "Fonte do Capim", na Fazenda Grande do Retiro, passou por um "tribunal do crime" porque estava na festa de outra facção.
O assassinato também está sendo apurado pela Polícia Civil. O DHPP quer saber se os autores são os mesmos que participaram do tiroteio no campo de futebol.
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