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Governo garante expansão do metrô até Barra e Lauro de Freitas, mas não dá prazo para obras

A secretária da Sedur explica que as expansões estão previstas no contrato de Parceria Público-Privada firmado entre o governo e a CCR Metrô. Portanto, as intervenções terão que ser realizadas

Por Matheus Caldas

Governo garante expansão do metrô até Barra e Lauro de Freitas, mas não dá prazo para obras
Contrariando as projeções que apontam a desistência de expandir o metrô de Salvador até a Barra e Lauro de Freitas, na região metropolitana, a secretária de Desenvolvimento Urbano do estado, Jusmari Oliveira, garantiu que as obras sairão do papel.
A titular da Sedur explica que as expansões estão previstas no contrato de Parceria Público-Privada (PPP) firmado entre o governo e a CCR Metrô. Portanto, as intervenções terão que ser realizadas, embora não haja prazo para que isto aconteça.
“A expansão está no contrato. Não é chamado de projeto, é de gatilho. Quando quisermos disparar, temos, inclusive, o respaldo legal para isso”, afirmou, em entrevista a jornalistas.
Jusmari, contudo, indicou que, devido a outras obras que são realizadas na cidade, não há indicativo de início desta. “Não estão previstas pelos próximos dois anos. São muitas obras”, ponderou.
Ela explica que estes dois trechos não necessitam de novos processos licitatórios. “Essas expansões estão inclusas na PPP. É o que chamamos de gatilho. No momento que pudermos e entendermos que temos condições financeiras, podemos deflagrar o processo da construção da extensão a Lauro de Freitas e até a Barra”, concluiu.
Em maio, o governo federal incluiu no Novo PAC a construção da Estação Campo Grande. O custo estimado das intervenções é de R$ 1,5 bilhão.
O governo Jerônimo cadastrou no PAC o pedido de inclusão de toda a Expansão Sul do metrô soteropolitano, segundo informações publicadas, inicialmente, pelo portal Bahia Notícias, e confirmadas pelo Aratu On por meio de documentos obtidos pela reportagem.
O percurso levaria o modal não só até o Campo Grande, mas à Barra, passando pelas imediações da Avenida Centenário. A gestão federal, contudo, não abarcou este trecho, cujo orçamento estimado é de R$ 4 bilhões.
O metrô soteropolitano possui, atualmente, duas linhas. A primeira abrange as estações Lapa, Campo da Pólvora, Brotas, Bonocô, Retiro, Bom Juá, Campinas e Águas Claras. A segunda tem as seguintes estações: Acesso Norte, Detran, Rodoviária, Pernambués, Imbuí, CAB, Pituaçu, Flamboyant, Tamburugy, Bairro da Paz, Mussurunga e Aeroporto (veja abaixo).
[caption id="" align="alignnone" width="677"] Imagem: CCR Metrô[/caption]
O QUE SE SABE ATÉ AGORA?
As primeiras licitações para construção do metrô ocorreram em 1997. À época, o modal seria construído pela prefeitura. As obras começaram, a passos lentos, em 2000. Em 2013, a gestão foi transferida para o governo do estado, que inaugurou em 2014 a estrutura para utilização durante a Copa do Mundo.
A ideia de levar o metrô até a Barra já existia, mas, em 2015, foi descartada no segundo termo aditivo do contrato entre a Sedur e a CCR. O documento previa estações na Barra e na Pituba. A segunda foi descartada por conta da construção do BRT pela Prefeitura.
Como os estudos encomendados pela administração Rui Costa ainda não foram detalhados à sociedade civil, há informações embrionárias sobre o provável traçado da expansão do modal até a Barra. Denominada de “Expansão Sul”, a etapa de incremento tem, até o momento, duas alternativas.
Na primeira, seriam três estações subterrâneas que sairiam da Lapa: Campo Grande, Graça e Barra (veja abaixo).
[caption id="attachment_213927" align="alignnone" width="674"]subterraneo Imagem: Conder[/caption]
Na segunda, seriam quatro paradas elevadas: Garcia, Federação/Hospital Santo Amaro, Calabar e Barra.
[caption id="attachment_213929" align="alignnone" width="612"]elevado Imagem: Conder[/caption]
A Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado (Conder) elaborou um plano que estima que mais de 87 mil pessoas seriam impactadas, em Salvador e em Lauro de Freitas, por conta da expansão. O projeto, contudo, é baseado em dados do censo demográfico de 2010. Desta forma, a possibilidade é que ainda mais pessoas possam sentir os efeitos do metrô na região.
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