Caso Sattia Lorena: Justiça recebe denúncia apresentada pelo MP e médico suspeito de jogar ex-companheira do 5º andar vira réu
O pedido de prisão preventiva apresentado pelo promotor de Justiça Davi Gallo não foi avaliado. O promotor ressaltou que o crime foi cometido por motivo torpe.
Créditos da foto: arquivo pessoalO Ministério Público estadual (MP-BA) apresentou uma denúncia contra o médico Rodolfo Cordeiro Lucas, suspeito de ter jogado a ex-companheira, a médica Sáttia Lorena Patrocínio Aleixo, do 5° andar do prédio em que eles moravam durante uma briga. A informação foi divulgada na segunda-feira (9/8).
A denúncia foi recebida pelo juiz Vilebaldo José Pereira e com isso o médico passou da condição de suspeito a réu. De acordo com o MPBA, Rodolfo é acusado de cometer o crime de feminicídio na modalidade tentada, por ter praticado agressões físicas contra sua então companheira, decorrente de violência doméstica e familiar.
Segundo a denúncia, após agredir fisicamente sua então companheira, o médico a empurrou na direção da janela do quarto do casal do apartamento residencial situado no 5º andar do Edifício Serra do Mar, no bairro de Jardim Armação, na madrugada do dia 20 de julho de 2020.
Ainda conforme o documento, Rodolfo "teria forçado que as mãos da médica que a mantinha dependurada na janela se soltassem, o que provocou sua queda de uma altura de 15,5 metros, causando graves ferimentos".
O pedido de prisão preventiva apresentado pelo promotor de Justiça Davi Gallo não foi avaliado. O promotor ressaltou que o crime foi cometido por motivo torpe, pois a “ação criminosa foi precedida de ameaças pelo agressor em face da vítima, reiterados momentos antes do desfecho trágico, e as quais decorreram do sentimento de posse e da não aceitação da ruptura do relacionamento pelo agressor”.
Gallo complementou ainda que a vítima não teve qualquer chance de defesa, pois foi enforcada e agredida pelo companheiro. Ela chegou a se desvencilhar em determinado momento e permanecendo em pé em cima da cama do quarto do casal, mas acuada, teria sido empurrada pela janela e tido suas mãos desprendidas pelo denunciado do local que apoiava quando tentava se segurar, caindo em seguida.
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