Foto no celular pode ter provocado "tribunal do crime" que executou gêmeos no Lobato; após uma semana, família protesta
No momento do crime, Rubens e Ruan realizavam uma festa do tipo "paredão". Os gêmeos foram levados por criminosos até a Rua Voluntários da Pátria, onde aconteceram as execuções
Na manhã desta segunda-feira (1/8), familiares dos gêmeos Rubens Nascimento Santos e Ruan Nascimento Santos, assassinados na segunda-feira passada (25/7), protestaram por justiça na Avenida Afrânio Peixoto (Suburbana). O crime aconteceu no bairro de Santa Luzia do Lobato, em Salvador.
"Só sabe o que eu estou passando quem é mãe. Eu fui mãe e pai esses anos todos. Eu quero justiça. Essa madrugada foi a mais difícil para mim. Toda vez que eu levanto, não vejo meus filhos na cama. Não sinto o abraço dos meus filhos. Eu quero justiça para não cair no esquecimento", lamentou a mãe das vítimas.
No momento do crime, Rubens e Ruan, que moravam na Santa Luzia, realizavam uma festa do tipo "paredão". Os gêmeos foram levados por criminosos até a Rua Voluntários da Pátria, onde aconteceram as execuções.
A motivação e autoria do crime estão sendo apuradas pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A Polícia Civil acredita que o duplo homicídio pode estar ligado à guerra entre duas facções que comandam o tráfico de drogas nos bairros de Capelinha do São Caetano e Santa Luzia do Lobato.
Durante a festa, como detalhou a família das vítimas no protesto desta segunda, um traficante teria visto uma foto dos gêmeos com um criminoso de uma facção rival. Por conta disso, eles teriam passado pelo "tribunal do crime".
De acordo com a apuração do Aratu On, inicialmente, os criminosos tinham intenção de sequestrar apenas Rubens, mas Ruan se manifestou em defesa do irmão, tentando impedir a ação e acabou sendo espancado, sofrendo traumatismo craniano, antes de as execuções serem consumadas pelos bandidos.
O tio dos gêmeos, de prenome André, contou à reportagem do Grupo Aratu, na quarta-feira (27/7), que eles haviam ganhado uma moto em uma rifa, venderam o prêmio e compraram um carro. Dias depois ganharam, de novo, na rifa e colocaram uma aparelhagem de som no veículo. A dupla não tinha passagem pela polícia.
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