“Eu cheguei, mamãe”: jovem reencontra o filho após pai ficar com ele por mais de três meses; veja vídeo
“A gente vai entrar com pedido de suspensão das visitas, porque ele [o pai da criança] quebrou o acordo, então vai ter que ser reformulado”, explicou a advogada de Catharina, Monica Santana, ao Aratu On.
“Eu cheguei, mamãe! Sou eu!”. Com apenas três anos, o garoto que não via a mãe há mais de três meses tentou tranquilizá-la, no reencontro que ocorreu por volta das 14h30 deste sábado (24/7).
Quando o porteiro do condomínio ligou para Catharina Galvão, 23, avisando que a criança tinha chegado (acompanhada do avô paterno e advogado do pai), a jovem não conseguiu conter o nervosismo. Assim que viu o carro, correu para carregar o filho no colo, chorando.
Veja o reencontro:
“A gente vai entrar com pedido de suspensão das visitas, porque ele [o pai da criança] quebrou o acordo, então vai ter que ser reformulado”, explicou a advogada de Catharina, Monica Santana, ao Aratu On.
RELEMBRE O CASO
O desespero de Catharina começou no dia 18 de abril, quando a criança deveria voltar para a casa dela após um fim de semana com o pai, o advogado Paulo Roberto de Aguiar Valente Junior, de 38 anos, mas não retornou. Na segunda-feira (19/7), ela decidiu expor a situação.
“A guarda unilateral é minha. Ele só tinha direito à visita, mas, desde o início, se apossou ilegalmente do meu filho”, disse Catharina ao Aratu On. “Tenho medida protetiva contra ele, então não falo com ele, meu contato era com o avô paterno. A gente [família dela] pediu para que ele devolvesse a criança, mas ele me acusou de maus-tratos, o que obviamente não conseguiu provar, porque é mentira”, acrescentou. “Só que ele tem feito alienação parental com meu filho, diz que [o menino] não quer voltar para casa, que está me negando, e que quando houvesse uma decisão do juiz ele iria obedecer”.
Paulo burlou a decisão judicial e revelou que não pretendia devolver a criança para a mãe. Catharina disse que sempre pedia notícias do filho, mas raramente conseguia. “Só quando ele [Paulo] queria, mandava um ‘ele está bem’”. Foi aí, então, que a família da mãe tentou medidas mais sérias, e no período do São João saiu um despacho judicial de busca e apreensão.
Na ação, o juiz determina que a busca pelo menino seja cumprida com “a presença de força policial”. Há também uma multa de descumprimento de R$ 1 mil por dia. “Acho que ele pensa que está acima da lei”, disse a mãe, destacando que Paulo Roberto é advogado: “não é um leigo”.
Paulo Roberto compartilhou uma série de vídeos, no Instagram, rebatendo as acusações feitas por Catharina. Ele diz que não é foragido e que estava viajando para Mangue Seco, divisa entre Bahia e Sergipe, e que o filho teria ficado com os pais, em Salvador.
Na quarta-feira (21/7) nas redes sociais Paulo Roberto de Aguiar Valente Junior, 38, prometeu devolver a criança, de três anos, mas não foi localizado. "Esclarecendo: pela terceira vez tentamentos cumprir o mandado de busca e apreensão do meu filho e não tivemos êxito. Não encontramos o genitor, não encontramos os avós e o mais importante e doloroso: não encontramos o meu filho", desabafou Catharina na ocasião.
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