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Estelionatária conhecida na Bahia, Maqueila Bastos é encontrada morta

A instituição segue investigando quem estaria por trás da morte de Maqueila

Por Mateus Xavier

Estelionatária conhecida na Bahia, Maqueila Bastos é encontrada mortaCréditos da foto: Leitor/Aratu On

Uma das estelionatárias mais conhecidas da Bahia, Maqueila Santos Bastos foi encontrada morta, com os braços amarrados, no município de Irecê, a 480 km de Salvador. O caso foi registrado por polícias na madrugada desta quinta-feira (11/5).


Por meio de nota, a Polícia Civil informou que o corpo foi encontrado em uma estrada vicinal de acesso ao povoado de Baixa do Vigário. Ainda conforme a PC, junto ao corpo, foram localizados cartuchos de munição calibre 12, .380 e .40.  A instituição segue investigando a autoria do crime.


SOBRE MAQUEILA 


Natural do município de Pojuca, na Região Metropolitana de Salvador, ela já foi tema de reportagem do Aratu On por conta da grande quantidade de golpes. Em 2021, a estelionatária foi presa pela 6ª Delegacia Territorial (DT/Brotas), em Salvador.


Um dos golpes famosos de Maqueila era se apropriar de veículos utilizados por pessoas que faziam corrida por aplicativo. Depois, esses carros eram repassados por um valor abaixo do mercado. Desesperada, uma das vítimas chegou a procurar a reportagem do Aratu On e detalhou como "caiu no papo" da golpista. Foi a partir daí que vítimas, incluindo policiais e servidores do Exército Brasileiro, apareceram.


O golpe funcionava assim: Maqueila solicitava o aplicativo (geralmente o Uber) e, durante a corrida, se apresentava para o motorista como funcionária da Prefeitura de Pojuca, sua terra natal. Ela dizia que a gestão municipal pagaria R$ 5 mil mensais somente pelo aluguel do automóvel, sem motorista.


A "conversa" de Maqueila para conseguir dar o golpe era muito bem arquitetada. Ela argumentava para os trabalhadores que precisava ficar com o veículo para a instalação de um rastreador. Mas isso não acontecia sem que houvesse remuneração: ela pagava R$ 500 como “adiantamento” pelo negócio já no primeiro encontro.


Com o carro em mãos, sumia e nunca mais era vista. Esse tipo de ação é prevista no Código Penal Brasileiro como apropriação indébita. Diferente do furto, o automóvel subtraído do dono não fica no sistema das Polícias Militar, Civil e Rodoviária Federal, com restrição. Ou seja, ele pode circular livremente.


Uma vez, quando foi presa, a mulher estava com um carro de luxo, modelo Compass. Segundo a delegada Francineide Moura, o automóvel pertencia a uma locadora de Minas Gerais. O carro estava com a placa adulterada e restrição de roubo.


E ela também havia mexido com política: trabalhou no gabinete da então deputada estadual Maria Luiza Laudano, que também exerceu o cargo de prefeita entre os anos de 1977 e 1983. Foi exonerada no Diário Oficial da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba).


https://youtu.be/8jdeg_fH3Vc

LEIA MAIS: Maqueila “171”: estelionatária mais conhecida da Bahia volta a aplicar golpes, desta vez em advogados, do presídio


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