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PM negocia retirada pacífica da Mouraria, mas pode ir "aumentando a dose do remédio, até que a ordem seja reestabelecida"

A afirmação foi feita pelo coronel Manoel Muniz, que está liderando a ação no local. Manifestantes hostilizaram profissionais da imprensa.

Por Bruna Castelo Branco

PM negocia retirada pacífica da Mouraria, mas pode ir "aumentando a dose do remédio, até que a ordem seja reestabelecida"Créditos da foto: Carla Galrão/Aratu On

Agentes da Polícia Militar da Bahia seguem desmontando acampamentos bolsonaristas na região do Comando da 6ª Região Militar do Exército, na Mouraria, em Salvador, na tarde desta segunda-feira (9/1). A ação dos agentes de segurança cumpre uma determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). 


O coronel Manoel Muniz, que está liderando a ação, disse que a PM da Bahia vai seguir a determinação judicial. "Nós viemos aqui para dar cumprimento à retirada de todo o material e de pessoal que se encontrava aqui, na frente do Quartel da Mouraria".


Segundo ele, a intenção é esgotar todas as alternativas de negociação, para que não seja necessário o uso da força. Conttudo, vale lembrar que, em caso de resistência, a decisão do ministro Alexandre de Moraes autoriza a prisão daqueles que se recusarem a deixar o local. "Na medida em que ocorra uma flagrante desobediência, negação de atendimento à ordem, a gente vai, paulatinamente, 'aumentando a dose do remédio' até que a ordem seja reestabelecida".


CONFIRA OS VÍDEOS:






Em certo momento, um dos manifestantes radicais entrou em conflito com uma pessoa que passava pela rua. Durante o bate-boca, o homem, que veste uma camisa azul, com o número "22", legenda de Bolsonaro nas eleições de outubro, diz: "A Venezuela vai vir para você, não se preocupe, não". Em resposta, uma pessoa contrária aos acampamentos golpistas disse: "Perdeu! Palhaçada!".


LEIA MAIS: Polícia Militar desmonta acampamentos de bolsonaristas na Bahia; veja fotos e vídeos


A imprensa também foi hostilizada pelos radicais, que quiseram impedir a circulação dos profissionais pelo local e a gravação de reportagens em vídeo.


VEJA IMAGENS:





ATENTADO TERRORISTA


Milhares de bolsonaristas radicais furaram bloqueios policiais e invadiram o prédio do Congresso Nacional na tarde deste domingo (8/1), em Brasília. Eles já vinham marchando, escoltados pela Polícia Militar, até chegar ao local, e depois também entraram no Supremo Tribunal Federal (STF).


Em vídeos, é possível ver alguns deles quebrando vidraças do Salão Nobre, entrando no Congresso e quebrando cadeiras e outros móveis.


DENÚNCIAS


Nesta segunda-feira (9/1), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou que a pasta criou o e-mail "denuncia@mj.gov.br" para receber informações sobre atentados ocorridos em Brasília.


Neste domingo, após os atos que destruíram as sedes dos três Poderes da República, Dino já havia afirmado em nota que "não haverá conivência com o crime e que todos os responsáveis responderão na forma da lei".


Um perfil no Instagram, o @contragolpebrasil, também está tentando identificar alguns dos criminosos que invadiram a praça dos Três Poderes. Até o momento, a página já denunciou mais de 150 pessoas e está com 799 mil seguidores.


LEIA MAIS: Tropa com 70 policiais militares da Bahia é enviada para reforçar a segurança no DF


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