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Sem acordo em nova negociação, greve de ônibus segue mantida em Salvador

Segundo o diretor de comunicação da entidade que representa os trabalhadores, Daniel Mota, a categoria já abriu mão de 15 entre 30 reivindicações apresentadas à classe patronal

Por Da Redação

Sem acordo em nova negociação, greve de ônibus segue mantida em SalvadorDivulgação

Nesta terça-feira (23/5), mais uma reunião entre representantes do Sindicato dos Rodoviários e os empresários do setor de transporte urbano terminou sem acordo. Dessa forma, a greve de ônibus, que está programada para começar nesta quinta-feira (25/5) em Salvador, está mantida. Uma nova reunião está marcada para acontecer às 10h desta quarta-feira (24).


Também na quarta, está marcada uma assembleia-geral entre os rodoviários, às 15h, para formalizar a paralisação.


Segundo o diretor de comunicação da entidade que representa os trabalhadores, Daniel Mota, a categoria já abriu mão de 15 entre 30 reivindicações apresentadas à classe patronal.


Entre os principais pontos reclamados pelos rodoviários estão: aumento salarial com ganho real, aumento no valor do ticket-alimentação e o pagamento dos direitos trabalhistas dos ex-funcionários da extinta Concessionária Salvador Norte (CSN).


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O que a prefeitura vai fazer


A Prefeitura de Salvador estuda planos de contingência para a provável greve dos rodoviários, marcada para esta quinta-feira (25). Segundo o secretário de Mobilidade (Semob), Fabrizzio Müller, no entanto, o delineamento da estratégia depende da reunião entre rodoviários e sindicato patronal, que acontece neste momento, nesta terça-feira (23), com mediação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT).


“Nossa equipe de planejamento já trabalha com planos de contingência. É claro que são analisados vários cenários e precisamos aguardar para ver será o cenário que se apresente, até para entendermos os recursos materiais de quantitativo de ônibus que teremos disponíveis”, explicou Müller, em entrevista ao programa QVP, da TV Aratu.


Segundo o titular da pasta, uma das opções é privilegiar os principais corredores de transporte que tenham integração com o sistema metroviário. “A gente vai ter que aguardar se o tribunal determina a liberação de um percentual de frota. A gente entende que o cidadão não pode ser penalizado dessa forma por uma discussão entre categoria e seu sindicato patronal”, concluiu.


Representante do Sindicato dos Rodoviários, o diretor Daniel Mota assegura que a entidade não quer greve. “Está nas mãos dos empresários se vai ter greve ou não. Estamos preparados para um acordo, mas também para uma greve”, declarou.


O grupo argumenta que os empresários sugerem reajuste salarial de 1,98%, enquanto os rodoviários perdem cerca de 10%, dos quais 3.84% são da inflação do período, mais 5% de ganho real.


“A flexão está sendo feita. Acredito que não vai se abrir mão da compensação das horas extras e, muito menos, das perdas salariais. Alguns pontos são primordiais. Vamos trabalhar para ter acordo, mas, se não tiver, haverá greve”, reitera Mota.


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