Leandro Hassum é processado por xingar irmãs que 'furaram' fila da vacina; jovens cobram R$ 100 mil de indenização
O humorista chamou as irmãs de "burras". A piada do ator, no entanto, virou processo, já que as duas alegam que sofreram "ataques midiáticos" por causa do comentário do humorista.
O humorista Leandro Hassum está sendo processo pelas gêmeas Gabrielle e Isabelle Lins, após xingar as irmãs de "burras". De acordo com o portal Uol, as jovens de 24 anos teriam 'furado' a fila da vacina contra a Covid-19.
A declaração de Hassum foi dada durante sua participação no programa Encontro com Fátima Bernardes, na Globo, no dia 22 de janeiro deste ano. As gêmeas são herdeiras de uma família rica, e foram nomeadas para cargos comissionados na secretaria municipal da Saúde, em Manaus, em 18 e 19 de janeiro, véspera e primeiro dia da campanha de vacinação na cidade.
As duas foram imunizadas por fazerem parte de um órgão da saúde, mas pediram exoneração dos cargos no dia 12 de fevereiro, depois que receberam a segunda dose do imunizante. O Ministério Público do Amazonas (MP-AM) já abriu uma investigação para verificar se houve fraude no processo de aplicação das vacinas, por interesses políbicos e econômicos.
O caso foi repercutido no programa global, e na ocasião, Hassum chamou as garotas de "burras". "Quando eu vejo que posta, eu já acho burra. Primeira coisa que me vem é: burra. Burra, né, amor? Na boa, quer fazer besteira, por que posta? 'Olha eu fazendo besteira aqui, gente'? Acho um absurdo, Fátima", declarou ele.
Imagem: reprodução/Rede Globo
A piada do ator, no entanto, virou processo, já que as duas irmãs alegam que sofreram "ataques midiáticos" por causa do comentário do humorista. Na ação, as gêmeas pedem R$ 100 mil de indenização por danos morais, R$ 50 mil para cada uma, além de uma retratação nas redes sociais de Hassum.
O advogado das duas, Thiago Tabal Malheiros, alega que as irmãs são médicas e que estavam exercendo funções dentro de uma Unidade Básica de Saúde (UBS), de Manaus. "Ao comentar a matéria intitulada Furando a Fila da Vacina, foram chamadas de 'burras' pelo réu em rede nacional, o que repercutiu em inúmeras manchetes e teria ferido a honra e impactado a vida pessoal e profissional das demandantes", afirma o advogado. A prefeitura de Manaus também justificou dizendo que não havia qualquer "proibição legal" para que as jovens não fossem imunizadas.
A assessoria de Hassum informou, ao portal Uol, que não iria se manifestar sobre o caso. A juíza responsável pelo caso já determinou que as partes compareçam a uma audiência de conciliação virtual, com data a ser marcada. Se o ator não comparecer, ele pode pagar uma multa processual, determinada pela Justiça.
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