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DIVERSIDADE: Inédito na TV brasileira, repórter transexual estreia em programa policial na Aratu

DIVERSIDADE: Inédito na TV brasileira, repórter transexual estreia em programa policial na Aratu

Por Cris Almeida

DIVERSIDADE: Inédito na TV brasileira, repórter transexual estreia em programa policial na AratuAratu Online

?Pulei do sofá e chorei com minha mãe?. Foi assim que a jornalista e transexual Alana Rocha, de 36 anos, recebeu o convite para ser a nova repórter do programa Ronda, da TV Aratu. O apresentador Murilo Vilas Boas entrou de férias nesta segunda-feira (10/4), e será substituído pela primeira jornalista trans da Bahia.


Alana é natural de Riachão do Jacuípe (a 186 km da capital, Salvador). Desde a infância, ela conta que anotava as notícias que assistia nos telejornais para brincar de apresentadora. Alana contou ao Aratu Online que seu objetivo profissional sempre foi trabalhar na TV. No processo de formação, a jornalista criou o blog ?Hora Verdade? e fez alguns trabalhos para a TV Santa Cruz, além de já ter trabalhado como assessora da prefeitura de Riachão do Jacuípe. Em 2015 tornou-se a primeira trans baiana com o diploma de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo, pela Unime de Feira de Santana, e terceira do Brasil.


?Sempre quis levantar essa bandeira e mostrar, principalmente para travestis e transexuais, que nós podemos trabalhar, não precisa ser só cabeleireiro ou ir para o caminho da prostituição?, destaca.


A TV Aratu, sempre a favor da diversidade e em busca de inovação, convidou Alana para estrear no programa na próxima terça-feira (11/4), às 12h.


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Irreverente e sempre com a resposta na ponta da língua, a nova repórter do Ronda já entrou na faculdade como transexual, o que a ajudou a não abaixar ?a cabeça pra ninguém?. ?Sou muito bem resolvida, ninguém precisa se podar para falar comigo. Quando alguém passa dos limites eu já digo que ?a transexual aqui tá trabalhando, enquanto tem gente considerada normal roubando e matando??, fala.


Essa deve ser a postura que Alana vai adotar diante dos acusados e suspeitos que costumam ser entrevistados nas reportagens do programa. Apesar de acompanhar o trabalho de Murilo, a jornalista vai apostar no humor como diferencial. ?Quero levar os meus bordões para o Ronda. Vou tentar ser descontraída nos momentos mais tensos. Claro que não será possível em todas as situações, mas sempre que der, quero deixar minha marca?.


Sobre o uso do nome social, a jornalista nascida Roque Alan Oliveira da Rocha, disse que o seu nome de nascimento não a constrange mais. ?A adoção do meu nome social ajudou no meu processo de aceitação. Ainda quero mudar de identidade nos documentos, só não o fiz ainda por conta da burocracia. Mas eu não quero apagar meu passado. As pessoas têm que nos respeitar com ou sem o nome?.


Veja vídeo de apresentação da nova repórter do Ronda: 



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