Designer soteropolitano recria imagens do álbum "Black Is King", de Beyoncé, em Salvador; confira entrevista
Designer soteropolitano recria imagens do álbum "Black Is King", de Beyoncé, em Salvador; confira entrevista
O albúm "Black is King" ("Negro é rei", em tradução livre), da cantora americana Beyoncé, muito elogiado pela imprensa internacional, desembarcou em Salvador. A diva pop foi flagrada no Farol da Barra, curtindo o carnaval com a Timbalada; em plena festa de Yemanjá, no Rio Vermelho; e em uma apresentação exclusiva no Dique do Tororó.
As imagens são frutos do trabalho do soteropolitano Ravel Lima, de 23 anos, que é designer gráfico e tem a negritude como marca presente em seu trabalho. Ele aliou as peças disponibilizadas nos Estados Unidos com as músicas de Beyoncé para criar um trabalho visual único.
"A ideia de fazer aquelas montagens surgiu desde que eu assisti o último álbum visual de Beyoncé, porque é uma produção holliwoodiana, mas que tem elementos muito próximos da gente, como religiões de matriz africana. Como Salvador é uma cidade muito negra e todos os seus bairros tradicionais falam dessa ancestralidade negra, foi só uma questão de tempo para que eu juntasse Beyoncé com Salvador", explica o criador.
As imagens foram publicadas nas redes socais de Ravel e contam com mais de 3 mil curtidas no Twitter e quase 200 comentários no Instagram, apenas na primeira parte do trabalho. "Foi um processo de pegar lugares de Salvador que todos nós já conhecíamos e representá-los através de uma estética que a gente não está acostumado", simplificou.
Arte de Ravel Lima
O designer diz que a concepção do projeto "não foi tão difícil", considerando a herança do povo africano na capital baiana. "Acabei fazendo o álbum inteiro, sempre procurando lugares na cidade que se conectassem com o que ela estava cantando, ou algum elemento estético, algum elemento da narrativa... Não foi tão difícil, porque ela basicamente canta sobre ancestralidade negra, e Salvador é um lugar que transborda isso", conta.
Ele diz ainda que, de todas, a que mais gosta é justamente a que deu mais trabalho. "A minha favorita foi a da faixa 'Spirit', no dique do tororó. Além de precisar fazer a parte da montagem, houve também toda uma concepção desenhada, projetando ela no meio dos orixás. Foi o que mais me deixou animado ao fazer e o que mais define, para mim, essa mistura de Beyoncé e Salvador", resume.
VEJA O TRABALHO COMPLETO:
E se Black Is King fosse gravado em Salvador? [parte 2] pic.twitter.com/MoHpg0By5U
— designer da disgraça (@afroparanoia) November 13, 2020
CONFIRA A ENTREVISTA:
*Com supervisão do editor Jean Mendes
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