Cheiro de treta no ar: mexeram com a nossa cultura.
O guia gastronômico internacional <a href="https://www.tasteatlas.com" target="_blank" rel="noopener">TasteAtlas</a> colocou o caruru entre os 10 pratos mais mal avaliados do Brasil. A comida que invade as cozinhas baianas pelo menos uma vez na semana (às sextas-feiras), acompanha o acarajé ou dá o tom do mês de setembro, ofertada aos ibejis Cosme e Damião, ocupa a nona posição do ranking, que foi atualizado no último sábado (18/11).
A lista, no entanto, ainda pode mudar, pois é baseada nas classificações do público, com uma série de mecanismos que reconhecem utilizadores reais e que ignoram classificações bot, nacionalistas ou patrióticas locais, e dão valor adicional às classificações de utilizadores que o sistema reconhece como conhecedores.
Segundo informações do TasteAtlas, até o dia 18 de novembro foram registradas 7.014 avaliações para o ranking dos "10 Pratos Brasileiros Piores Avaliados", das quais 5.139 foram reconhecidas pelo sistema como legítimas.
O guia pontua, porém, que o ranking "não deve ser visto como a conclusão global final sobre alimentação", pois seu "objetivo é promover a excelente comida local, inspirar orgulho nos pratos tradicionais e despertar a curiosidade por pratos que ainda não experimentou".
Confira o ranking completo, com as descrições do próprio TasteAtlas:
10º - Pé-de-Moleque
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"Pé-de-moleque é um doce tradicional brasileiro feito de amendoim e rapadura – açúcar de cana não refinado. O processo de preparo é bastante simples – o amendoim é incorporado ao açúcar derretido e toda a mistura é despejada sobre uma superfície plana.
Depois de resfriado, ele é quebrado em pedaços menores e irregulares de doce. Os ingredientes adicionais incluem manteiga, leite e óleo de amendoim, todos opcionais, mas até os amendoins podem ser substituídos por várias nozes. Não existe uma receita uniforme, pois esses doces podem diferir na cor (do claro ao escuro), no tipo de ingredientes utilizados e na textura (macia a dura)".
9º - Caruru
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"Caruru é um prato brasileiro composto por quiabo, camarão seco, cebola e nozes torradas cozidas em azeite de dendê. Na região da Bahia, o caruru é tradicionalmente consumido como condimento junto com o acarajé , uma espécie de comida de rua composta por feijão-fradinho frito.
Embora o prato tenha origem africana, é considerado um prato brasileiro que foi exportado da África pelos escravos que trabalhavam nas plantações de açúcar no Brasil. Caruru é um elemento básico das cerimônias religiosas afro-brasileiras, onde é conhecido pelo nome de amalá , e é um dos favoritos de Xango, o deus africano iorubá do fogo".
8º - Sopa de pé de vaca (Mocotó)
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"Mocotó é um ensopado popular brasileiro feito com pés de vaca, feijão e vegetais diversos. O nome do prato deriva da palavra quimbundo mbokotó . Nutritivo e barato, o guisado era originalmente feito por escravos que utilizavam cortes de carne jogados fora pelos proprietários.
O mocotó é especialmente popular nas regiões sul e nordeste do Brasil. Embora o principal problema climático do Brasil seja como se refrescar, o mocotó é um guisado de inverno perfeito que aquece, já que faz parte do patrimônio culinário português, e as partes montanhosas de Portugal podem ser notoriamente frias".
7º - Sequilhos
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"Sequilhos são biscoitos tradicionais brasileiros feitos com uma combinação de amido de milho, fermento, manteiga, leite condensado, ovos, baunilha e uma pitada de sal. Assim que a massa fica dura, ela é enrolada em bolas que são levemente achatadas com um garfo, dando-lhes um padrão decorativo no processo.
Depois de assados, esses biscoitos leves podem ser consumidos puros ou acompanhados de frutas, creme ou sorvete".
6º - Salada de maionese
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"Salada de maionese é uma salada brasileira tradicionalmente servida com churrasco. Também é conhecida como salada de batata gaúcha por ter sido inventada pelos gaúchos, vaqueiros brasileiros. A salada é feita com uma combinação de batata, cenoura, ervilha, espiga de milho, maçã verde em rodelas finas, passas e maionese.
As batatas, cenouras e milho são cozidos até ficarem macios, mas firmes. As cenouras e as batatas são cortadas em cubos, enquanto os grãos de milho são cortados da espiga e as ervilhas são simplesmente escaldadas em água fervente. Os ingredientes são misturados com maçãs, passas e maionese até ficarem bem combinados, e a salada está pronta para ser servida junto com pedaços de carne churrasco bem grelhados".
5º - Maria-toupeira (ou Maria-Mole)
"Maria-mole, traduzida literalmente como Maria mole , é uma sobremesa popular brasileira que tem aparência semelhante a um marshmallow, mas ainda mais macia, geralmente composta de açúcar, gelatina, coco e clara de ovo. A sobremesa é tão popular que existem até misturas em caixas para fazer em casa.
A Maria-mole foi inventada em São Paulo por Antonio Bergamo, um fabricante de doces que queria aproveitar todas as sobras de clara de ovo da fabricação de outros tipos de doces. Hoje, a sobremesa é tradicionalmente servida durante as festas católicas de junho, chamadas Festas Juninas".
4º - Quibebé
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"Quibebe é uma sopa ou ensopado farto e brasileiro feito de abóbora e cebola. Tem uma textura muito espessa e é tradicionalmente servido antes de uma entrada maior ou da refeição principal. O prato é um pouco semelhante ao curry devido ao uso de pasta de pimenta, gengibre em pó e leite de coco.
Recomenda-se enfeitar o quibebe com salsa fresca".
3º - Tareco (também conhecido como biscoito 'Paciência')
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"Os biscoitos duros brasileiros conhecidos como tarecos são biscoitos simples compostos de farinha de trigo ou milho, ovos, baunilha e açúcar. Eles se originaram no estado brasileiro de Pernambuco, mas desde então se espalharam e ganharam popularidade tanto pelo Brasil que o <a href="https://www.youtube.com/watch?v=zF9f_1OHnFk&amp;ab_channel=Fl%C3%A1vioJos%C3%A9-Topic" target="_blank" rel="noopener">cantor Flávio José intitulou uma de suas músicas Tareco e Mariola</a>".
2º - Arroz com pequi
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"O arroz com pequi é um tradicional prato de arroz brasileiro originário da região central, especialmente popular em Minas Gerais e Goiás. O ingrediente principal do prato é o pequi, uma pequena fruta da estação com forte sabor de queijo e curral (embora seja uma fruta, o pequi costuma ser tratado como um vegetal).
Outros ingredientes usados ​​no prato incluem arroz, óleo, alho, cebola, caldo de galinha, cebolinha picada, sal e pimenta. Os ingredientes são cozidos em fogo brando até que o líquido seja absorvido e o arroz fique macio. Antes de servir, é recomendável adicionar algumas cebolinhas ao prato".
1º - Cuscuz paulista
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"Cuzcuz Paulista é um elaborado prato brasileiro composto por fubá enriquecido com azeitonas, sardinha em lata (ou qualquer outro peixe enlatado) e ervilha - ingredientes bastante caros e exóticos na época da invenção do prato, no século XIX.
Entre a enorme quantidade de ingredientes, há também farinha de mandioca, alho, cebola, pimentão, salsa, cebolinha e ovos cozidos. O prato normalmente é preparado em uma fôrma moldada e depois invertida, e a apresentação visual do cuzcuz paulista deve causar um efeito de “uau” nos convidados".
E aí, você concorda com <a href="https://www.tasteatlas.com/worst-rated-dishes-in-brazil" target="_blank" rel="noopener">essa lista</a>?
Como bônus (talvez para 'passar raiva'), há um outro ranking, desta vez dos <a href="https://www.tasteatlas.com/worst-rated-dishes-in-northeast-region" target="_blank" rel="noopener">"5 piores avaliados pratos nordestinos"</a>, também atualizado pela última vez no sábado (18), e que novamente inclui o caruru. De quebra, ainda colocou o abará (!) na lista. Confira:
5º - Maniçoba
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"Especialidade das regiões brasileiras do Pará e da Bahia, a maniçoba faz parte da família da feijoada dos pratos brasileiros. Além de carne seca, carne de porco salgada, bacon e salsichas, são utilizadas folhas de mandioca picadas no lugar do feijão, comumente usado na tradicional feijoada. 
É preciso ter cuidado redobrado no preparo do prato devido aos cianetos tóxicos encontrados nas folhas da mandioca, por isso elas precisam ser moídas e fervidas por pelo menos uma semana para a retirada das toxinas. Por ser um processo demorado, a maniçoba é preparada principalmente para festas e celebrações religiosas, quando é consumida por grandes grupos de pessoas". 
4º - Abará
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"Abará é um lanche popular brasileiro que consiste em feijão-fradinho ou feijão que é amassado até formar uma pasta e depois cozido no vapor em uma folha de bananeira. O prato é muito parecido com outro petisco brasileiro, o acarajé , que é frito em vez de fervido ou cozido no vapor.
O feijão fradinho é um alimento básico da culinária tradicional brasileira, especialmente na região da Bahia, centro da cultura afro-brasileira do Brasil. O Abará está intimamente associado ao Candomblé, religião afro-brasileira onde é um dos alimentos rituais oferecidos aos deuses e deusas (chamados de Orixás ) durante as festividades cerimoniais". 
Fingindo que o abará não foi descrito como "lanche" e o acarajé como "petisco", veja abaixo o Top 3 pratos nordestinos piores avaliados:
3º - Caruru
2º - Quibebé
1º - Tareco
E no ranking dos melhores?
Para não dizer que não falamos de flores, na lista dos <a href="https://www.tasteatlas.com/best-rated-food-in-brazil" target="_blank" rel="noopener">10 melhores avaliados pratos do Brasil</a>, o vatatá aparece na sexta posição.
"Rico, substancial e com sabor tropical - o vatapá é um dos pratos brasileiros mais famosos, um prato principal composto por uma combinação de pão amanhecido, peixe (geralmente bacalhau), camarão, leite de coco, farinha de mandioca, óleo de dendê e castanha de caju", consta na descrição do TasteAtlas.
"O prato costuma ser consumido com arroz branco ou como recheio de bolinhos de acarajé , outro prato popular brasileiro. De cor amarela brilhante, o vatapá é uma especialidade da Bahia, estado do litoral nordeste do país que sofre forte influência dos africanos ocidentais que foram trazidos para o país como escravos", conclui o guia gastronômico.
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Os convidados da cerim&ocirc;nia de posse do presidente Lula (PT) receber&atilde;o um banquete ap&oacute;s o evento deste domingo (1/1). Entre os diversos pratos assinados por chefes e com inten&ccedil;&atilde;o de resgatar ra&iacute;zes brasileiras est&aacute; um dos maiores s&iacute;mbolos da Bahia: o acaraj&eacute; e o vatap&aacute;.

O acaraj&eacute; ser&aacute; servido na forma tradicional, com a assinatura da Casa de Mainha. A chef Morena Leite assina o &quot;churros de tapioca com vatap&aacute;&quot;, iguaria a ser experimentada pelos participantes.&nbsp;

O menu conta ainda com o pudim de tabuleiro de tapioca da chef baiana Ieda Matos; bolinho de feijoada, assinado pela chef K&aacute;tia Barbosa, que j&aacute; foi jurada do reality &quot;Mestre do Sabor&quot;; &nbsp;um prato chamado Ho&rsquo;o xanena xupu (mojica de mandioca com peixe) da chefe ind&iacute;gena Kalymaracaya Nogueira; e o arroz carreteiro com ovo, assinado pelo chef Paulo Machado, do Mato Grosso do Sul.

A &uacute;nica op&ccedil;&atilde;o de bebida descrita no card&aacute;pio &eacute; a gin t&ocirc;nica com flor de clit&oacute;ria, de Bela Gil, filha de Gilberto Gil que foi nomeada para o n&uacute;cleo de Desenvolvimento Social e Combate &agrave; Fome da equipe de transi&ccedil;&atilde;o do governo eleito.&nbsp;

CONFIRA O MENU

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Os devotos dos santos Cosme e Dami&atilde;o continuam em festa e, em Salvador, al&eacute;m da celebra&ccedil;&atilde;o pelo dia dos padroeiros, este ano a comunidade tem um motivo a mais para comemorar: 80 anos de cria&ccedil;&atilde;o da &uacute;nica par&oacute;quia da Arquidiocese de Salvador dedicada aos santos g&ecirc;meos, localizada no bairro Liberdade.&nbsp;

O noven&aacute;rio segue at&eacute; s&aacute;bado (25/9), sempre &agrave;s 19h. J&aacute; no domingo (26/9), data na qual a Igreja celebra a mem&oacute;ria lit&uacute;rgica dos santos Cosme e Dami&atilde;o, haver&aacute; Missa Festiva presidida pelo Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Cardeal Dom Sergio da Rocha, &agrave;s 18h.&nbsp;

J&aacute; na segunda-feira (27/9) os devotos poder&atilde;o participar das Missas &agrave;s 5h, 6h30, 8h, 9h, 11h, 15h30 e 18h30, sendo esta &uacute;ltima sob a presid&ecirc;ncia do bispo auxiliar da Arquidiocese de Salvador, Dom Dorival Souza Barreto J&uacute;nior.

&Eacute; importante ressaltar que o acesso dos fi&eacute;is acontece por ordem de chegada, at&eacute; completar o total de 250 pessoas dentro do templo.

HIST&Oacute;RIA

S&atilde;o Cosme e S&atilde;o Dami&atilde;o nasceram na cidade de Eg&eacute;ia, na Ar&aacute;bia, por volta do ano 260. Eram g&ecirc;meos, filhos de fam&iacute;lia nobre. Sua m&atilde;e, Teodata, ensinou-lhes a f&eacute; crist&atilde;, e ensinou-lhes de tal forma, que Jesus Cristo passou a ser o centro de suas vidas. Os irm&atilde;os foram estudar na S&iacute;ria, na &eacute;poca, um grande centro de estudos e forma&ccedil;&atilde;o. L&aacute;, os g&ecirc;meos se especializaram nas ci&ecirc;ncias e na medicina. Tornaram-se m&eacute;dicos famosos pela compet&ecirc;ncia, obtendo grandes sucessos nos tratamentos, como tamb&eacute;m na caridade para com os doentes.

Por causa da profunda forma&ccedil;&atilde;o crist&atilde; que tiveram, os irm&atilde;os, vivendo num mundo paganizado, decidiram atrair as pessoas para Jesus Cristo atrav&eacute;s do exerc&iacute;cio da medicina. E faziam isso n&atilde;o de maneira impositiva ou constrangedora, mas, principalmente, atrav&eacute;s da caridade, do amor e da compet&ecirc;ncia. Os santos n&atilde;o cobravam por seus servi&ccedil;os m&eacute;dicos, por esta raz&atilde;o espalhou-se a ideia de que os g&ecirc;meos n&atilde;o gostavam de dinheiro.

Na mesma &eacute;poca em que eles trabalhavam e ensinavam em nome de Jesus, o imperador Diocleciano lan&ccedil;ou uma grande persegui&ccedil;&atilde;o contra os crist&atilde;os. E o local onde eles viviam era dominado pelos romanos. Por isso foram presos sob a acusa&ccedil;&atilde;o de feiti&ccedil;aria e de espalharem uma seita proibida pelo imperador. No tribunal, foi exigido deles que renunciassem &agrave; f&eacute; em Jesus Cristo e come&ccedil;assem a falar aos pacientes sobre os deuses romanos. Eles se recusaram, n&atilde;o renunciaram aos princ&iacute;pios do Evangelho e por isso foram duramente torturados.

Cosme e Dami&atilde;o foram condenados &agrave; morte por apedrejamento e flechadas, mas n&atilde;o morreram quando atingidos. Ent&atilde;o, o magistrado ordenou que fossem queimados em pra&ccedil;a p&uacute;blica. Executaram a senten&ccedil;a, mas o fogo n&atilde;o os atingiu. Os soldados decidiram afogar os dois, mas eles foram salvos por anjos. Por fim, a mando do magistrado, os torturadores lhes cortaram as cabe&ccedil;as.

Cosme e Dami&atilde;o foram sepultados pelos pacientes que tinham sido curados por eles. Mais tarde, seus restos mortais foram transladados para uma Igreja dedicada a eles, constru&iacute;da pelo Papa Felix IV, em Roma, na Bas&iacute;lica do F&oacute;rum. L&aacute; e em toda a Igreja, eles s&atilde;o venerados como santos m&aacute;rtires, ou seja, morreram por testemunharem sua f&eacute; em Jesus Cristo e n&atilde;o renegarem esta f&eacute;.

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