A Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial da Sa&uacute;de (OMS) aprovou a inclus&atilde;o da vacina LC16m8 contra a mpox &agrave; lista de insumos de uso emergencial. Este &eacute; o segundo imunizante aprovado pela entidade para controle e preven&ccedil;&atilde;o da doen&ccedil;a, declarada emerg&ecirc;ncia global em agosto.

Dados da entidade revelam que, em 2024, foram notificados casos de mpox em pelo menos 80 pa&iacute;ses, incluindo 19 na&ccedil;&otilde;es africanas. A Rep&uacute;blica Democr&aacute;tica do Congo, pa&iacute;s mais atingido, responde pela maioria de casos suspeitos.

Nas redes sociais, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, destacou que a vacina LC16m8 &eacute; a primeira aprovada para uso em crian&ccedil;as menores de 1 ano que vivem em localidades onde se registra surtos de mpox.

&ldquo;Este &eacute; um passo vital para proteger popula&ccedil;&otilde;es vulner&aacute;veis, principalmente crian&ccedil;as, &agrave; medida em que a mpox continua a se espalhar&rdquo;, escreveu.

Segundo Tedros, ao longo dos &uacute;ltimos dois meses, metade dos casos suspeitos contabilizados na Rep&uacute;blica Democr&aacute;tica do Congo foram identificados entre menores de 12 anos. &ldquo;O n&uacute;mero total de casos suspeitos ultrapassou 40 mil este ano, com 1,2 mil mortes reportadas.&rdquo;.

No post, o diretor-geral da OMS alertou que os surtos da doen&ccedil;a no Burundi e em Uganda est&atilde;o em plena expans&atilde;o. A entidade convocou para a pr&oacute;xima sexta-feira (22) uma reuni&atilde;o do comit&ecirc; de emerg&ecirc;ncia para reavaliar o cen&aacute;rio de mpox no mundo.

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou para uma variante mais perigosa da mpox, doença anteriormente conhecida como varíola dos macacos. De acordo com a entidade, a República Democrática do Congo enfrenta, desde 2022, um surto da doença e a intensa transmissão do vírus entre humanos levou a uma mutação até então desconhecida.
Dados da OMS indicam que a taxa de letalidade pela nova variante 1b na África Central chega a ser de mais de 10% entre crianças pequenas, enquanto a variante 2b, que causou a epidemia global de mpox em 2022, registrou taxa de letalidade de menos de 1%. A entidade contabiliza atualmente mais de 95 mil casos confirmados da doença em 117 países, além de mais de 200 mortes.
“É um número impressionante quando se considera que apenas alguns milhares de casos de mpox haviam sido relatados até então em todo o mundo e, de repente, estamos nos aproximando de 100 mil casos”, destacou a líder técnica sobre varíola dos macacos do Programa de Emergências Globais da OMS, Rosamund Lewis.
Segundo a especialista, um surto específico, registrado desde setembro de 2023 no leste da República Democrática do Congo, na província de Kivu do Sul, é causado por uma cepa de mpox com mutações até então não documentadas. “Essas mutações sugerem que o vírus tem sido transmitido apenas de humano para humano”, disse.
Rosamund lembrou que a epidemia global de mpox em 2022 registrou um fator incomum: a transmissão do vírus aconteceu sumariamente por via sexual. Dados recentes da OMS já indicam que um terço dos casos da nova variante 1b foi identificado entre profissionais do sexo. Há ainda evidências de que a infecção em mulheres grávidas pode causar sérios impactos no feto.
Questionada se há risco de que a mutação possa levar a uma maior transmissibilidade da doença e, consequentemente, a nova propagação global da mpox, Rosamund respondeu: “Sim, o risco claramente existe. Já vimos isso antes e sabemos que é possível. Já vimos isso acontecer com a variante 2b”.
“Estamos vendo a variante 1 sendo transmitida de pessoa para pessoa por meio do contato sexual em áreas com alta densidade populacional e com grande fluxo de pessoas cruzando fronteiras. Estamos apoiando países para que estejam alertas naquela região”, concluiu, ao citar medidas como vigilância de casos, detecção precoce e capacidade laboratorial, além de, “eventualmente”, imunização contra a doença.
A DOENÇA
A mpox é zoonótica viral. A transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato com animais silvestres infectados, pessoas infectadas pelo vírus e materiais contaminados. Os sintomas, em geral, incluem erupções cutâneas ou lesões de pele, linfonodos inchados (ínguas), febre, dores no corpo, dor de cabeça, calafrio e fraqueza.
De acordo com o Ministério da Saúde, o intervalo de tempo entre o primeiro contato com o vírus até o início dos sinais e sintomas (período de incubação) varia de três a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias. Depois que as crostas na pele desaparecem, a pessoa infectada deixa de transmitir o vírus. As erupções na pele geralmente começam dentro de um a três dias após o início da febre, mas podem aparecer antes.
As lesões podem ser planas ou levemente elevadas, preenchidas com líquido claro ou amarelado, podendo formar crostas que secam e caem. O número de lesões em uma pessoa pode variar de algumas a milhares. As erupções tendem a se concentrar no rosto, na palma das mãos e na planta dos pés, mas podem ocorrer em qualquer parte do corpo, inclusive na boca, nos olhos, nos órgãos genitais e no ânus.
EMERGÊNCIA
Em maio de 2023, quase uma semana após alterar o status da covid-19, a OMS declarou que a mpox não configurava mais emergência em saúde pública de importância internacional. Em julho de 2022, a entidade havia decretado status de emergência em razão do surto da doença em diversos países.
“Assim como com a covid-19, o fim da emergência não significa que o trabalho acabou. A mpox continua a apresentar desafios de saúde pública significantes que precisam de resposta robusta, proativa e sustentável”, declarou, à época, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
“Casos relacionados a viagens, registrados em todas as regiões, demonstram a ameaça contínua. Existe risco, em particular, para pessoas que vivem com infecção por HIV não tratada. Continua sendo importante que os países mantenham sua capacidade de teste e seus esforços, avaliem os riscos, quantifiquem as necessidades de resposta e ajam prontamente quando necessário”, finalizou Tedros em 2023.
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Quase uma semana após alterar o status da covid-19, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que a mpox (ou varíola dos macacos) não configura mais emergência em saúde pública de importância internacional. Em julho de 2022, a entidade decretou o estado de emergência em razão do surto da doença em diversos países. Mais de 87 mil casos e 140 mortes foram reportadas em 111 países. As informações são da Agência Brasil.
“Observamos agora um progresso constante no controle do surto com base em lições aprendidas com o HIV [vírus da Aids] e trabalhando conjuntamente com as comunidades mais afetadas”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, ao destacar uma queda de quase 90% nos casos ao longo dos últimos três meses quando comparados ao trimestre anterior.
Segundo Tedros, o trabalho de organizações comunitárias, juntamente com autoridades de saúde pública, tem sido fundamental para informar as pessoas sobre os riscos da mpox, encorajar e apoiar uma mudança de comportamento e defender o acesso a testes, vacinas e tratamentos para que sejam acessíveis aos mais necessitados.
“Entretanto, assim como com a covid-19, o fim da emergência não significa que o trabalho acabou. A mpox continua a apresentar desafios de saúde pública significantes que precisam de uma resposta robusta, proativa e sustentável”, explicou o diretor-geral da OMS, ao destacar que o vírus segue afetando comunidades globalmente, inclusive na África.
“Casos relacionados a viagens registrados em todas as regiões demonstram a ameaça contínua. Existe risco, em particular, para pessoas que vivem com infecção por HIV não tratada. Continua sendo importante que os países mantenham suas capacidades de teste e seus esforços, avaliem os riscos, quantifiquem suas necessidades de resposta e ajam prontamente quando necessário”, finalizou Tedros.
A doença
A varíola dos macacos é uma doença zoonótica viral. A transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato com animais silvestres infectados, pessoas infectadas pelo vírus e materiais contaminados. Os sintomas, em geral, incluem erupções cutâneas ou lesões de pele, linfonodos inchados (ínguas), febre, dores no corpo, dor de cabeça, calafrio e fraqueza.
Segundo o Ministério da Saúde, o intervalo de tempo entre o primeiro contato com o vírus até o início dos sinais e sintomas (período de incubação) varia de três a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias. Depois que as crostas na pele desaparecem, a pessoa infectada deixa de transmitir o vírus. As erupções na pele geralmente começam dentro de um a três dias após o início da febre, mas podem aparecer antes.
As lesões podem ser planas ou levemente elevadas, preenchidas com líquido claro ou amarelado, podendo formar crostas que secam e caem. O número de lesões em uma pessoa pode variar de algumas a milhares de lesões. As erupções tendem a se concentrar no rosto, na palma das mãos e na planta dos pés, mas podem ocorrer em qualquer parte do corpo, inclusive na boca, nos olhos, nos órgãos genitais e no ânus.

A vacinação contra a varíola dos macacos (mpox) começa em março. O Ministério da Saúde informa que vai distribuir 47 mil doses da vacina contra a doença aos estados e ao Distrito Federal. As informações são da Agência Brasil.
Segundo a pasta, os imunizantes serão enviados de acordo com o andamento da vacinação e com as demandas de cada unidade federativa. A data do início da imunização ainda não foi definida.
Nessa primeira fase, terão prioridade pessoas com maior risco de evolução para as formas graves como, por exemplo, portadores do vírus da Aids e profissionais de laboratórios. Segundo o Ministério da Saúde, esse público-alvo inicial representa cerca de 16 mil pessoas.
Além desses, também está prevista a vacinação para pessoas que tiveram contato direto com os fluidos e secreções corporais de casos suspeitos ou confirmados para a mpox.
O ministério também informou que a estratégia e o público prioritário para a vacinação foram acordados com os estados, municípios e o DF. Os casos da doença estão em queda em todo o mundo e no Brasil.

O Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI) da Funda&ccedil;&atilde;o Oswaldo Cruz (/Fiocruz) e a revista cient&iacute;fica,&nbsp;The Lancet Regional Health Americas,&nbsp;lan&ccedil;aram na quarta-feira&nbsp;(26/1) uma&nbsp;edi&ccedil;&atilde;o especial com artigos sobre a monkeypox ou &quot;var&iacute;ola dos macacos&quot;, como &eacute; popularmente conhecida.

A Mpox &eacute; uma doen&ccedil;a viral e a transmiss&atilde;o entre humanos ocorre principalmente por meio de contato com les&otilde;es de pele de pessoas infectadas.<img src="https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.png?id=1506172&amp;o=node" /><img src="https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.gif?id=1506172&amp;o=node" />

A editora-chefe da revista, Taissa Vila, destacou que embora esteja caminhando para resolu&ccedil;&atilde;o em alguns pa&iacute;ses, a Mpox ainda &eacute; um problema de sa&uacute;de p&uacute;blica em v&aacute;rios lugares do mundo, como as Am&eacute;ricas. Na avalia&ccedil;&atilde;o da infectologista Beatriz Grinsztejn, chefe do Laborat&oacute;rio de Pesquisa Cl&iacute;nica em HIV/Aids (LapClin Aids), &eacute; importante remeter ao fato de que a Mpox &ldquo;&eacute; uma doen&ccedil;a negligenciada em termos de pesquisa e de recursos e tratamentos efetivos&rdquo;.

Beatriz lembrou que somente quando chegou &agrave; Europa, em meados do ano passado, &eacute; que a doen&ccedil;a chamou a aten&ccedil;&atilde;o do mundo, e isso causa vergonha por se ver quantas pessoas lidam com essa doen&ccedil;a na &Aacute;frica, h&aacute; d&eacute;cadas.

Segundo a infectologista, a caracter&iacute;stica de les&otilde;es genitais j&aacute; estava descrita na epidemia na Nig&eacute;ria, onde a diversidade de op&ccedil;&atilde;o sexual das pessoas n&atilde;o &eacute; aceita. Beatriz Grinsztejn afirmou que a Mpox tem sintonia com as infec&ccedil;&otilde;es sexualmente transmiss&iacute;veis (IST), o que leva &agrave; possibilidade de agravamento da doen&ccedil;a nessas pessoas. E defendeu o combate ao estigma e &agrave; discrimina&ccedil;&atilde;o sempre. A Mpox &eacute; mais observada entre homens gays e bissexuais.

&Aacute;REAS EM DESTAQUE

Para a professora titular do Departamento de Psicologia Social da Universidade de S&atilde;o Paulo (USP), Vera Paiva, cinco &aacute;reas n&atilde;o podem ser ignoradas na pandemia da covid-19 e nas pandemias que vir&atilde;o, sem tampouco ignorar a Mpox. A primeira &eacute; que estejam associadas a pessoas de segmentos mais vulner&aacute;veis.

&Eacute; necess&aacute;rio diferenciar tamb&eacute;m as estruturas do sistema de sa&uacute;de; combater mensagens enganosas e imprecisas, a exemplo das&nbsp;fake news&nbsp;(not&iacute;cias falsas); reduzir a depend&ecirc;ncia a vacinas e tratamentos estrangeiros e solucionar crise de governan&ccedil;a em que se desenrola a luta contra as epidemias. &ldquo;Ficou claro que desde a Aids e a covid-19 que esses n&atilde;o s&atilde;o eventos apenas virais&rdquo;, observou Vera.

Segundo a professora da USP, entre as li&ccedil;&otilde;es que n&atilde;o se pode esquecer da covid-19 e outras epidemias &eacute; que o n&uacute;mero de mortes e adoecimentos depende da pol&iacute;tica de enfrentamento, que as mortes e adoecimentos ocorrem mais em territ&oacute;rios perif&eacute;ricos empobrecidos, que t&ecirc;m ra&ccedil;a, cor, g&ecirc;nero, que crescem mais onde os governos s&atilde;o negligentes em proteger os direitos humanos ou violam o direito &agrave; vida e &agrave; sa&uacute;de integral.

O crescimento das epidemias confirma marcadores de desigualdade e viola&ccedil;&atilde;o de diretos humanos, indicou. Conforme reiterou Vera Paiva, ser&aacute; fundamental, diante de qualquer epidemia, que haja combate ao estigma em um primeiro momento, associado &agrave; infec&ccedil;&atilde;o e &agrave;s pessoas de segmentos mais vulner&aacute;veis; combate &agrave; infodemia (grande fluxo de informa&ccedil;&otilde;es que se espalham pela internet sobre um assunto espec&iacute;fico) imprecisa e enganosa, n&atilde;o s&oacute; em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; Mpox, mas a outras epidemias; necessidade de financiamento para o Sistema &Uacute;nico de Sa&uacute;de (SUS); retomada da ideia de quebra de patentes e produ&ccedil;&atilde;o de vacinas, acabando com a depend&ecirc;ncia de vacinas e tratamentos estrangeiros.

A preven&ccedil;&atilde;o deve ser integral para todas as epidemias, pensando nos princ&iacute;pios de direitos humanos. &ldquo;Esse &eacute; o grande desafio&rdquo;, manifestou.

CASOS

A infectologista do INI, Mayara Secco, informou que at&eacute; o dia 24 de janeiro de 2023, foram confirmados no Brasil 10.711 casos de Mpox, com 11 &oacute;bitos. Os estados mais afetados foram S&atilde;o Paulo e Rio de Janeiro. Em 2022, o INI atendeu 416 casos confirmados no Rio de Janeiro e 402 casos descartados. Neste m&ecirc;s de janeiro, foram atendidos 32 casos, dos quais 22 foram confirmados, cinco&nbsp;descartados e cinco&nbsp;se encontram em investiga&ccedil;&atilde;o.

Para a especialista, a emerg&ecirc;ncia de sa&uacute;de ainda representa um desafio para o setor da sa&uacute;de e os 22 casos confirmados em janeiro de 2023 significam uma taxa de positividade alta. A an&aacute;lise dos casos confirmados desde o aparecimento do primeiro paciente revela que os homens cis constituem a maior parcela dos afetados, com 87%, contra 5,5% de mulheres cis.

A maior parcela dos afetados est&aacute; na faixa et&aacute;ria de 30 a 39 anos. Dos confirmados, 97% tiveram rela&ccedil;&atilde;o sexual 30 dias antes do aparecimento dos primeiros sintomas de Mpox. Entre aos pacientes que confirmaram a Mpox no INI/Fiocruz, 51% conviviam com HIV e 30% s&oacute; tinham uma regi&atilde;o do corpo acometida.

NOMENCLATURA

A mudan&ccedil;a de nomenclatura de monkeypox para Mpox foi anunciada pela Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial da Sa&uacute;de (OMS) em 28 de novembro de 2022, ap&oacute;s den&uacute;ncias de discrimina&ccedil;&atilde;o e racismo e de not&iacute;cia de assassinato de macacos no Brasil. O prazo para que o mundo adote a nova nomenclatura &eacute; de um ano.

A chefe do Laborat&oacute;rio de Biologia Molecular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Clarissa Damaso, esclareceu que o&nbsp;monkeypox&nbsp;n&atilde;o &eacute; uma doen&ccedil;a de macacos, nem se trata de uma doen&ccedil;a nova ou um v&iacute;rus novo, tendo sido descrita em 1958. &ldquo;O macaco &eacute; t&atilde;o v&iacute;tima como os humanos&rdquo;.

Clarissa defendeu que a troca de nome para Mpox tem de ser gradual, &ldquo;porque h&aacute; uma hist&oacute;ria de pesquisas por tr&aacute;s&rdquo;, de testes cl&iacute;nicos em andamento, inclusive, e de tratamentos e vacinas aprovados. Para a virologista da UFRJ, o que precisa ser debatido e combatido &eacute; o comportamento humano e n&atilde;o o nome da doen&ccedil;a em si, porque acredita que n&atilde;o se conseguir&aacute; alterar a quest&atilde;o do preconceito da sociedade s&oacute; mudando o nome da doen&ccedil;a.

Ela citou, por outro lado, trocas de nomes com sucesso, entre as quais a S&iacute;ndrome de&nbsp;Down, ou mongolismo, por Trissomia de 21, e a lepra por hansen&iacute;ase.

*Ag&ecirc;ncia Brasil&nbsp;

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J&aacute; est&aacute; no Brasil o primeiro lote importado de vacinas contra a Monkeypox, doen&ccedil;a que &eacute; mais conhecida como var&iacute;ola dos macacos. Segundo o Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de, a remessa de 9,8 mil doses desembarcou nesta ter&ccedil;a-feira (4/10) no Aeroporto de Guarulhos, em S&atilde;o Paulo.

Cerca de 50 mil doses j&aacute; foram compradas via fundo rotat&oacute;rio da Organiza&ccedil;&atilde;o Pan-Americana da Sa&uacute;de (Opas). Os pr&oacute;ximos lotes est&atilde;o previstos para serem entregues at&eacute; o fim de 2022.

De acordo com o minist&eacute;rio, os imunizantes ser&atilde;o utilizados para a realiza&ccedil;&atilde;o de estudos, conforme recomenda&ccedil;&atilde;o da Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial da Sa&uacute;de (OMS).

&ldquo;&Eacute; importante ressaltar que as vacinas s&atilde;o seguras e atualmente s&atilde;o utilizadas contra a var&iacute;ola humana ou var&iacute;ola comum. Por isso, o estudo pretende gerar evid&ecirc;ncias sobre efetividade, imunogenicidade e seguran&ccedil;a da vacina contra a var&iacute;ola dos macacos e, assim, orientar a decis&atilde;o dos gestores&rdquo;, informou a pasta.

A coordena&ccedil;&atilde;o da pesquisa ficar&aacute; a cargo da Funda&ccedil;&atilde;o Oswaldo Cruz (Fiocruz) com o apoio da OMS e financiamento do minist&eacute;rio. O estudo foi discutido pela pasta, em conjunto com a Opas, pesquisadores e especialistas da &aacute;rea.

&ldquo;O objetivo &eacute; avaliar a efetividade da vacina Jynneos/MVA-BN contra a var&iacute;ola dos macacos na popula&ccedil;&atilde;o brasileira, ou seja, se a vacina reduz a incid&ecirc;ncia da doen&ccedil;a e a progress&atilde;o &agrave; doen&ccedil;a grave. A popula&ccedil;&atilde;o-alvo do estudo ser&aacute; formada por pessoas mais afetadas e com maior risco para a doen&ccedil;a&rdquo;, detalhou o Minist&eacute;rio, ao informar que inicialmente os grupos a serem vacinados ser&atilde;o de pessoas que tiveram contato prolongado com doentes diagnosticados ou em tratamento com antirretroviral para HIV.

Ainda segundo o Minist&eacute;rio, em breve ser&atilde;o divulgados quais centros de pesquisa ser&atilde;o inclu&iacute;dos &ldquo;considerando as cidades com elevados n&uacute;meros de casos confirmados da doen&ccedil;a e a infraestrutura dispon&iacute;vel para a condu&ccedil;&atilde;o do estudo&rdquo;.

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A Ag&ecirc;ncia Nacional de Vigil&acirc;ncia Sanit&aacute;ria (Anvisa) aprovou, nesta ter&ccedil;a-feira (20/9), o primeiro registro, no Brasil, de teste para diagn&oacute;stico de var&iacute;ola dos macacos. O kit molecular, fabricado pela Funda&ccedil;&atilde;o Oswaldo Cruz (Fiocruz), detecta regi&otilde;es gen&ocirc;micas dos v&iacute;rus Orthopox, Monkeypox e Varicella Zoster.

Segundo a Anvisa, o produto baseia-se em tecnologia de PCR em Tempo Real e &eacute; indicado para o processamento de amostras cl&iacute;nicas. Para conceder o registro, a ag&ecirc;ncia analisou requisitos t&eacute;cnicos que incluem o desempenho cl&iacute;nico e o gerenciamento de risco, que servem para garantir adequabilidade do teste ao uso proposto.

&ldquo;A avalia&ccedil;&atilde;o do pedido de registro pela Anvisa levou 39 dias, incluindo 17 dias utilizados pela empresa solicitante para atender as exig&ecirc;ncias t&eacute;cnicas feitas pela ag&ecirc;ncia. A avalia&ccedil;&atilde;o dos testes para monkeypox ocorre em regime de prioridade na ag&ecirc;ncia, conforme decis&atilde;o da diretoria colegiada&rdquo;, informou o &oacute;rg&atilde;o.

A publica&ccedil;&atilde;o do registro consta na edi&ccedil;&atilde;o desta ter&ccedil;a-feira do Di&aacute;rio Oficial da Uni&atilde;o. A disponibilidade do produto no mercado, de acordo com a Anvisa, depende da empresa detentora do registro.

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O primeiro lote de vacinas contra a var&iacute;ola dos macacos deve chegar ainda este m&ecirc;s ao Brasil, afirmou o ministro da Sa&uacute;de, Marcelo Queiroga, em entrevista ao programa&nbsp;Brasil Em Pauta.<img src="https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.png?id=1482717&amp;o=node" /><img src="https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.gif?id=1482717&amp;o=node" />&nbsp;A negocia&ccedil;&atilde;o, feita com o laborat&oacute;rio dinamarqu&ecirc;s&nbsp;Bavarian Nordic, conta com a intermedia&ccedil;&atilde;o da Organiza&ccedil;&atilde;o Pan-Americana de Sa&uacute;de (Opas).

Nessa primeira leva, devem estar dispon&iacute;veis 50 mil imunizantes, os mesmos utilizados para o combate da var&iacute;ola. De acordo com o ministro, as vacinas n&atilde;o s&atilde;o para toda a popula&ccedil;&atilde;o, e sim para grupos espec&iacute;ficos. &ldquo;N&atilde;o h&aacute; recomenda&ccedil;&atilde;o, no momento, para a vacina&ccedil;&atilde;o em massa&rdquo;, esclareceu Queiroga.

Entre os grupos espec&iacute;ficos est&atilde;o profissionais de sa&uacute;de que lidam diretamente com amostras de infectados e pessoas que tiveram contato com portadores do v&iacute;rus. &ldquo;Estudos j&aacute; mostram que uma dose dessa pode ser fracionada em cinco doses. Ent&atilde;o n&oacute;s podemos beneficiar um n&uacute;mero maior de pessoas. A princ&iacute;pio s&atilde;o aqueles que t&ecirc;m contato com o material contaminado&rdquo;, disse Queiroga.

O ministro da Sa&uacute;de tamb&eacute;m refor&ccedil;ou as diferen&ccedil;as entre a var&iacute;ola dos macacos e a covid-19. Segundo Queiroga, al&eacute;m da letalidade, o v&iacute;rus da covid-19 apresentou in&uacute;meras muta&ccedil;&otilde;es no decorrer da pandemia, o que n&atilde;o se observa com a var&iacute;ola dos macacos, que foi mapeada pela primeira vez na &Aacute;frica, em 1976.

Queiroga refor&ccedil;ou ainda que os &iacute;ndices de cont&aacute;gio da var&iacute;ola dos macacos est&atilde;o em queda no mundo e em estabilidade no Brasil. &ldquo;No mundo inteiro o surto tem diminu&iacute;do, a velocidade de progress&atilde;o dos casos &eacute; menor e n&oacute;s estamos numa fase de plat&ocirc; com queda. Ent&atilde;o esperamos que esse surto seja controlado&rdquo;, defendeu Queiroga.

Al&eacute;m da importa&ccedil;&atilde;o emergencial de doses de vacina contra a var&iacute;ola dos macacos, o Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de tamb&eacute;m recebeu autoriza&ccedil;&atilde;o emergencial da Ag&ecirc;ncia Nacional de Vigil&acirc;ncia Sanit&aacute;ria (Anvisa) para importar o antiviral&nbsp;Tecovirimat,&nbsp;que deve ser utilizado em situa&ccedil;&otilde;es graves e espec&iacute;ficas. &ldquo;O uso &eacute; diante de situa&ccedil;&otilde;es onde n&atilde;o temos mais alternativas para esses pacientes&rdquo;, salientou o ministro da Sa&uacute;de.

VACINA NACIONAL

O&nbsp;Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de tamb&eacute;m trabalha com o desenvolvimento de um imunizante nacional para enfrentar a doen&ccedil;a. A expectativa &eacute; que a vacina esteja operacional no segundo semestre do ano que vem. Mas para isso, segundo o ministro Queiroga, o cen&aacute;rio epidemiol&oacute;gico tem de indicar a necessidade de amplia&ccedil;&atilde;o do p&uacute;blico alvo da vacina&ccedil;&atilde;o.

&ldquo;&Eacute; algo que est&aacute; trabalhado, em pesquisas. J&aacute; recebemos a Universidade Federal de Minas Gerais, que n&oacute;s chamamos de semente, que depois gera a produ&ccedil;&atilde;o do IFA, e a Funda&ccedil;&atilde;o Oswaldo Cruz, atrav&eacute;s de Biomanguinhos, tem capacidade de fazer escala. Mas isso &eacute; se houver uma indica&ccedil;&atilde;o de vacina&ccedil;&atilde;o para um grupo maior de pessoas&rdquo;.&nbsp;&nbsp;

A var&iacute;ola dos macacos tem sinais e sintomas que se caracterizam por les&otilde;es e erup&ccedil;&otilde;es de pele, febre, dores no corpo, dor de cabe&ccedil;a, calafrio e fraqueza. 
 
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A Bahia chegou a 101 casos de var&iacute;ola dos macacos, segundo boletim da Secretaria Estadual de Sa&uacute;de (Sesab), divulgado nesta &uacute;ltima quarta-feira (14/9). Desses, 67 foram registrados em Salvador.

Feira de Santana tem seis casos confirmados; Concei&ccedil;&atilde;o da Feira, quatro; Lauro de Freitas, tr&ecirc;s; Vit&oacute;ria da Conquista, tr&ecirc;s; Marac&aacute;s, dois; Santo Ant&ocirc;nio de Jesus, 2; e um em Cairu, Concei&ccedil;&atilde;o do Almeida, Concei&ccedil;&atilde;o do Coit&eacute;, Concei&ccedil;&atilde;o do Jacuipe, Ilh&eacute;us, Irec&ecirc;, Itabela, Jeremoabo, Juazeiro, Mutu&iacute;pe, P&eacute; de Serra, Teixeira de Freitas e Xique-Xique.

Al&eacute;m dos confirmados, a Bahia tem 392 casos notificados suspeitos que aguardam diagn&oacute;stico laboratorial.

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A Ag&ecirc;ncia Nacional de Vigil&acirc;ncia Sanit&aacute;ria (Anvisa) aprovou, na segunda-feira (29/8), o uso emergencial de 24 mil unidades de testes para a var&iacute;ola dos macacos, produzidos pela Fiocruz.

A autoriza&ccedil;&atilde;o foi concedida ap&oacute;s solicita&ccedil;&atilde;o conjunta da Secretaria de Vigil&acirc;ncia em Sa&uacute;de, do Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de, e do Instituto Bio-Manguinhos.

Segundo a ag&ecirc;ncia, a aprova&ccedil;&atilde;o foi feita mediante an&aacute;lise de estrat&eacute;gias de monitoramento, garantia da qualidade dos testes e risco associado &agrave; demora no diagn&oacute;stico. Isso porque, at&eacute; o momento, n&atilde;o existe nenhum teste comercial com registro aprovado pela Anvisa, o que pode atrasar no tratamento da doen&ccedil;a.

&quot;Com o pedido de uso emergencial dos dois kits, o Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de pretende descentralizar a realiza&ccedil;&atilde;o do diagn&oacute;stico da Monkeypox para a Rede de Laborat&oacute;rios Centrais de Sa&uacute;de P&uacute;blica (Lacen) e propiciar o diagn&oacute;stico mais oportuno, com a redu&ccedil;&atilde;o do tempo de libera&ccedil;&atilde;o do resultado ao paciente&quot;, informou a entidade.

Na &uacute;ltima semana, a Anvisa j&aacute; havia aprovado a dispensa de registro para que o Minist&eacute;rio importe e utilize a vacina Jynneos/Imvanex, para imuniza&ccedil;&atilde;o contra a var&iacute;ola dos macacos. A decis&atilde;o, concedida por unanimidade, atendeu uma solicita&ccedil;&atilde;o da pasta e ter&aacute; validade de seis meses. O imunizante &eacute; destinado para maiores de 18 anos.

At&eacute; o momento, mais de 4 mil casos de var&iacute;ola dos macacos foram registrados no Brasil. A segunda morte pela doen&ccedil;a foi notificada nesta semana, no Rio de Janeiro, em um paciente de 33 anos que estava internado desde o dia 19. Segundo a secretaria de sa&uacute;de, ele tinha baixa imunidade e comorbidades, o que agravaram a infec&ccedil;&atilde;o.

LEIA MAIS: <a href="https://aratuon.com.br/noticia/coronavirus/brasil-tem-nova-morte-pela-variola-dos-macacos-obito-ocorreu-no-rio-de-janeiro" target="_blank">Brasil tem nova morte pela Var&iacute;ola dos Macacos; &oacute;bito ocorreu no Rio de Janeiro</a>

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