Muitas pessoas recorrem a bebidas energéticas para o aumento do vigor. As bebidas prometem reduzir a fadiga e melhorar o estado de vigília, possibilitando horas de atividades e, por isso, é consumida com frequência em festas, baladas, antes de praticar atividades físicas competitivas ou dirigir no período noturno. Mas, será que as substâncias contidas nos energéticos podem acarretar danos à saúde? 
Segunda a Dra. Paola Smanio, cardiologista e gestora médica do Grupo Fleury, detentor da Diagnoson a+ na Bahia, os energéticos estimulam receptores responsáveis pela vasoconstrição coronária e circulação periférica. No coração, seus efeitos podem causar aumento da pressão arterial e dos batimentos cardíacos (ou frequência cardíaca).  
A cafeína e outros componentes dos energéticos liberam na corrente sanguínea substâncias estimulantes, como adrenalina e noradrenalina, propiciando o aumento da frequência cardíaca e o vasoespasmo coronário (afilamento abrupto dos vasos sanguíneos do coração), e pode resultar até em infarto do miocárdio, principalmente em quem já tiver obstruções nas artérias coronárias – que irrigam o coração. 
"A cafeína, em pequenas doses, não é nociva ao coração. Por exemplo, uma xícara de café contém aproximadamente 95 mg de cafeína. Pequenas doses, em geral, não costumam causar arritmias, mas aumentam a frequência cardíaca em torno de 5 a 10 batimentos por minuto. Há alguns energéticos no mercado que contêm doses superiores a 400 mg de cafeína, que se ingeridos em grandes quantidades, podem desencadear sintomas como nervosismo, tensão, insônia e desidratação. Além disso, o excesso de cafeína tende a acelerar o coração e, em alguns casos, causar espasmos nas artérias, podendo acarretar danos mais severos como o infarto, além de tonturas e desmaios", explica a cardiologista. 
Mistura perigosa  
Outro grande perigo está na mistura de energético com bebidas alcoólicas. "A mistura pode causar danos à saúde e confusão no cérebro, já que o álcool age como relaxante, promovendo sono, enquanto o energético é estimulante. Mais um ponto importante é que pessoas com problemas cardiovasculares não deveriam consumir energéticos, pois isso pode aumentar o risco de eventos cardíacos como angina, infarto e arritmia cardíaca", ressalta a médica. 
Quais sintomas devem ser observados após a ingestão dessa substância?  
Após a ingestão de energético, alguns sinais podem indicar problemas como a sensação de estar ofegante – pois pode elevar a frequência respiratória –, coração acelerado (taquicardia), palpitações, coração fora do seu ritmo normal (arritmias) e até dor no peito, decorrente de uma constrição das artérias que irrigam o coração. Os energéticos também podem gerar nervosismo, desidratação, insônia e tremores.  
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Pesquisadores da Universidade de S&atilde;o Paulo (USP) identificaram subst&acirc;ncia capaz de barrar o avan&ccedil;o da doen&ccedil;a de Parkinson. A AG-490, constitu&iacute;da &agrave; base da mol&eacute;cula tirfostina, foi testada em camundongos e impediu 60% da morte celular. Ela inibiu um dos canais de entrada de c&aacute;lcio nas c&eacute;lulas do c&eacute;rebro, um dos mecanismos pelos quais a doen&ccedil;a causa a morte de neur&ocirc;nios. N&atilde;o h&aacute; cura para o Parkinson, apenas controle dos sintomas.&nbsp;

&ldquo;Estamos sugerindo que &eacute; esse composto que pode um dia, depois de muita pesquisa, que inclusive estamos continuando, ser usado na medicina humana&rdquo;, explica o professor Luiz Roberto Britto, que coordena o projeto em conjunto com pesquisadores do Instituto de Qu&iacute;mica da USP e da Universidade de Toronto, no Canad&aacute;. Os resultados foram publicados na revista Molecular Neurobiology.&nbsp;

A doen&ccedil;a de Parkinson &eacute; caracterizada pela morte precoce ou degenera&ccedil;&atilde;o das c&eacute;lulas da regi&atilde;o respons&aacute;vel pela produ&ccedil;&atilde;o de dopamina, um neurotransmissor. A aus&ecirc;ncia ou diminui&ccedil;&atilde;o da dopamina afeta o sistema motor, causando tremores, lentid&atilde;o de movimentos, rigidez muscular, desequil&iacute;brio, al&eacute;m de altera&ccedil;&otilde;es na fala e na escrita. A doen&ccedil;a pode provocar tamb&eacute;m altera&ccedil;&otilde;es gastrointestinais, respirat&oacute;rias e psiqui&aacute;tricas.

&ldquo;A doen&ccedil;a &eacute; progressiva, os neur&ocirc;nios continuam morrendo, esse &eacute; o grande problema. Morrem no come&ccedil;o 10%, depois 20%, mais um pouco, ali&aacute;s o diagn&oacute;stico s&oacute; &eacute; feito praticamente quando morrem mais de 60% naquela regi&atilde;o espec&iacute;fica do c&eacute;rebro&rdquo;, explica Britto. A identifica&ccedil;&atilde;o dessa subst&acirc;ncia pode estabilizar a doen&ccedil;a em certo n&iacute;vel. &ldquo;N&atilde;o seria ainda a cura, mas seria, pelo menos, impedir que ela avance ao longo dos anos e fique cada vez mais complicado. O indiv&iacute;duo acaba morrendo depois por complica&ccedil;&otilde;es desses quadros.&rdquo;

SUBST&Acirc;NCIA&nbsp;

Britto explica que a AG-490 &eacute; uma subst&acirc;ncia sint&eacute;tica j&aacute; conhecida da bioqu&iacute;mica. A inspira&ccedil;&atilde;o para o trabalho veio de um modelo aplicado no Canad&aacute;, que mostrou que a subst&acirc;ncia teve efeito protetor em AVC, tamb&eacute;m em estudos com animais. Ele acrescenta que n&atilde;o s&atilde;o conhecidos ao certo os mecanismos que causam a doen&ccedil;a, mas h&aacute; alguns que favorecem a morte de neur&ocirc;nios. &ldquo;Ac&uacute;mulo de radicais livres, inflama&ccedil;&atilde;o no sistema nervoso, erros em algumas prote&iacute;nas e excesso de entrada de c&aacute;lcio nas c&eacute;lulas&rdquo;, cita.&nbsp;

O estudo, portanto, come&ccedil;ou a investigar esse canal de entrada de c&aacute;lcio que se chama TRPM2. Pode-se concluir, com a pesquisa, que quando o canal &eacute; bloqueado, a degenera&ccedil;&atilde;o de neur&ocirc;nios, especificamente nas regi&otilde;es onde eles s&atilde;o mortos pela doen&ccedil;a, diminuiu bastante. &ldquo;A ideia &eacute; que, talvez, se bloquearmos esses canais com a subst&acirc;ncia, ou outras que apare&ccedil;am, poderemos conseguir, pelo menos, evitar a progress&atilde;o da doen&ccedil;a depois que ela se instala&rdquo;, diz o pesquisador.

As an&aacute;lises seguem e agora um dos primeiros passos &eacute; saber como a subst&acirc;ncia se comporta com uma aplica&ccedil;&atilde;o posterior &agrave; toxina que induz &agrave; doen&ccedil;a. Britto explica que no modelo utilizado, a toxina e o composto foram aplicados quase simultaneamente. Os pesquisadores querem saber ainda se o composto administrado dias depois da toxina levar&aacute; &agrave; prote&ccedil;&atilde;o dos neur&ocirc;nios.&nbsp;

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Os trabalhadores de um pr&eacute;dio empresarial no bairro do Itaigara, em Salvador, tomaram um susto na manh&atilde; desta segunda-feira (17/5), ap&oacute;s precisarem evacuar o local por causa de um vazamento de uma subst&acirc;ncia t&oacute;xica altamente inflam&aacute;vel.&nbsp;

De acordo com as apura&ccedil;&otilde;es feitas pela rep&oacute;rter da TV Aratu, Driele Veiga, a situa&ccedil;&atilde;o come&ccedil;ou no sexto andar do pr&eacute;dio ap&oacute;s um vasilhame de &aacute;cido perac&eacute;tico corrosivo, utilizado para limpeza, vazar. O forte cheiro rapidamente tomou conta do andar e os funcion&aacute;rios acionaram os bombeiros para fazer a averigua&ccedil;&atilde;o.&nbsp;

Ao chegarem ao local, os bombeiros evacuaram o pr&eacute;dio e iniciaram a opera&ccedil;&atilde;o de limpeza. Apesar do susto, ningu&eacute;m passou mal. Ainda n&atilde;o h&aacute; informa&ccedil;&otilde;es sobre como aconteceu o vazamento da subst&acirc;ncia.&nbsp;O pr&eacute;dio segue vazio e sem previs&atilde;o para a retomada das atividades.

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