O secret&aacute;rio de Justi&ccedil;a e Direitos Humanos da Bahia consultou o Minist&eacute;rio dos Direitos Humanos e Cidadania para saber se tinham baianos no rumoroso voo da aeronave americana que trouxe 88 brasileiros deportados em 25 de janeiro. O gestor da pasta, o feirense Felipe Freitas, de 37 anos fez uma liga&ccedil;&atilde;o para a ministra Maca&eacute; Evaristo para discutir um programa de atendimento aos deportados.&nbsp;
"Em nome do governador, disse que n&oacute;s, da Bahia, vamos avan&ccedil;ar com o governo federal para criar protocolos de acolhimento. Havendo baianos deportados, eles v&atilde;o ser recepcionados e se quiserem retomar suas vidas eles v&atilde;o fazer isso com dignidade e com apoio do Estado", revelou Freitas, no Linha de Frente da Antena 1 (100.1 FM).&nbsp;
"Se n&oacute;s temos pol&iacute;tica de acolhimento ao imigrante estrangeiro, seja na condi&ccedil;&atilde;o de refugiado ou de persegui&ccedil;&atilde;o, n&oacute;s temos que ter pol&iacute;tica de acolhimento aos nacionais que por qualquer motivo descumpriram a legisla&ccedil;&atilde;o migrat&oacute;ria de outro pa&iacute;s, mas n&atilde;o s&atilde;o criminosos no Brasil. Eles cometerem um il&iacute;cito em outro pa&iacute;s, porque n&atilde;o tinha documenta&ccedil;&atilde;o correspondente. A puni&ccedil;&atilde;o &eacute; deporta&ccedil;&atilde;o, mas isso n&atilde;o pode ser humilha&ccedil;&atilde;o".
Al&eacute;m de secret&aacute;rio estadual, Felipe da Silva Freitas &eacute; doutor em Direito e professor do curso de Doutorado da Universidade de Bras&iacute;lia. &nbsp;
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<a href="https://open.spotify.com/episode/7bTp7rJdfOQBT9tZEYCs99?si=wm07qHl3SVOpTKL9KFs-mw" target="_blank" rel="noopener">Clique para ouvir a entrevista completa no canal Spotify do Linha de Frente na Antena 1</a>

O secret&aacute;rio Estadual de Justi&ccedil;a e Direitos Humanos, Felipe Freitas, falou sobre a atua&ccedil;&atilde;o do Governo da Bahia em caso de haver baianos na lista de deportados dos Estados Unidos, por <a href="https://aratuon.com.br/politica/papa-francisco-deportacao-trump" target="_blank" rel="noopener">ordens do presidente Donald Trump</a>. Apesar de considerar a deporta&ccedil;&atilde;o leg&iacute;tima, Freitas afirma que o modo feito pelo governo norte-americano fere diversos direitos humanos internacionais.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/c24743ef-aab0-472e-a355-bcd7dae18f0a.jpg?width=1028&amp;height=720" alt="O secret&aacute;rio Felipe Freitas foi entrevistado do Linha de Frente, da Antena 1. Foto: Mateus Pereira Govba">
&ldquo;Os Estados Unidos t&ecirc;m todo direito de deportar quem eles acharem, segundo a legisla&ccedil;&atilde;o, que n&atilde;o tem condi&ccedil;&otilde;es de permanecerem do pa&iacute;s. No entanto, existem regras internacionais de Direitos Humanos que precisam ser observadas, sobre esses processos de deporta&ccedil;&atilde;o em massa, de maus tratos &agrave;s pessoas&rdquo;, falou o secret&aacute;rio, durante entrevista concedida ao <a href="https://open.spotify.com/episode/7bTp7rJdfOQBT9tZEYCs99" target="_blank" rel="noopener">Linha de Frente, da Antena 1</a>.
De acordo <a href="https://aratuon.com.br/interior/felipe-freitas-secretaria-ze-neto" target="_blank" rel="noopener">com Felipe Freitas</a>, &eacute; preciso que o Brasil e a Bahia acolham esses deportados e deem condi&ccedil;&otilde;es para que eles consigam recome&ccedil;ar suas vidas: &ldquo;N&oacute;s temos que ter esse acolhimento com os nacionais, que descumpriram alguma legisla&ccedil;&atilde;o naquele pa&iacute;s e merecem a puni&ccedil;&atilde;o, que &eacute; a deporta&ccedil;&atilde;o. Mas a deporta&ccedil;&atilde;o n&atilde;o pode ser uma humilha&ccedil;&atilde;o, n&atilde;o pode ser um impedimento de que a pessoa, chegando no Brasil, retome sua vida&rdquo;.
Aproveitando a parceria entre o Governo Federal e o Governo da Bahia, ambos do PT, o secret&aacute;rio conversou com a ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania do Brasil,&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/politica/macae-evaristo-toma-posse-como-ministra-dos-direitos-humanos" target="_blank" rel="noopener">Maca&eacute; Evaristo</a>, para que se organizem protocolos para cuidar dos deportados baianos.
&ldquo;Falei com a Ministra Maca&eacute; para consultar se havia baianos nos avi&otilde;es que chegaram, mas n&atilde;o havia. N&oacute;s, da Bahia, vamos avan&ccedil;ar junto com o Governo Federal para criar protocolos de acolhimento. Havendo baianos deportados, eles v&atilde;o ser recebidos no estado e, querendo retomar suas vidas, v&atilde;o fazer poder fazer isso com apoio do Estado&rdquo;.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/07f6d5de-823b-4dab-a1f0-1bf7d710c92c.jpg?width=1024&amp;height=720" alt="Felipe Freitas afirmou que &eacute; importante dar condi&ccedil;&otilde;es para os deportados refazerem suas vidas. Foto: Reprodu&ccedil;&atilde;o/Instagram">

Um casal de imigrantes brasileiros na Nova Zel&acirc;ndia foi deportado depois de o servi&ccedil;o de imigra&ccedil;&atilde;o local apontar que marido e esposa estavam envolvidos com uma rede de prostitui&ccedil;&atilde;o que levava mulheres ao pa&iacute;s da Oceania para trabalhar na ind&uacute;stria do sexo. A informa&ccedil;&atilde;o foi publicada nesta quinta-feira (18/8), pela Folha de S&atilde;o Paulo.

A investiga&ccedil;&atilde;o, segundo o jornal,&nbsp;se desenrolou ao longo do ano passado at&eacute; que, em maio, um tribunal decidiu que o casal e seus dois filhos &mdash;de dez meses e tr&ecirc;s anos&mdash; deveriam deixar o pa&iacute;s. Eles receberam um visto de trabalho de tr&ecirc;s meses para que pudessem juntar recursos para o retorno.

Ainda de acordo com a Folha, homem e mulher, de 32 e 34 anos, respectivamente, nasceram em Salvador e est&atilde;o juntos desde 2012, segundo informa&ccedil;&otilde;es da defesa do casal tornadas p&uacute;blicas pela Justi&ccedil;a neozelandesa. A mudan&ccedil;a para o pa&iacute;s, onde j&aacute; possu&iacute;am outros parentes, ocorreu em 2016.

Conforme a publica&ccedil;&atilde;o,&nbsp;processo que desaguou na deporta&ccedil;&atilde;o teve in&iacute;cio quando o marido, que trabalhava como gesseiro, solicitou a renova&ccedil;&atilde;o do visto, em mar&ccedil;o de 2021. Em cinco meses veio a negativa, apontando que ele n&atilde;o seria um candidato de &quot;boa-f&eacute;&quot;.

Como argumento, o setor alegou que o homem prestava servi&ccedil;os a brasileiras que desejavam se prostituir no pa&iacute;s. O trabalho sexual na Nova Zel&acirc;ndia foi descriminalizado em 2003 para maiores de 18 anos &mdash; o pa&iacute;s, no entanto, impede que portadores de visto tempor&aacute;rio trabalhem no ramo, como forma de coibir o tr&aacute;fico sexual.

A investiga&ccedil;&atilde;o teria acessado dados da conta banc&aacute;ria conjunta do casal e mensagens de WhatsApp que mostram dep&oacute;sitos de brasileiras com essa finalidade, ainda segundo o processo.

A Folha acrescentou que a defesa negou o envolvimento do casal, argumentando que a mulher trabalhava com servi&ccedil;os de administra&ccedil;&atilde;o para as brasileiras, mas sem implica&ccedil;&otilde;es com a rede de prostitui&ccedil;&atilde;o. O tribunal de imigra&ccedil;&otilde;es, no entanto, anunciou a deporta&ccedil;&atilde;o em novembro passado.O nome dos brasileiros n&atilde;o foi tornado p&uacute;blico. Eles deixaram a nova Zel&acirc;ndia em 4 de agosto.

LEIA MAIS:&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/policia/noticia/interior/durante-blitz-na-br-116-boliviana-e-presa-com-cocaina-em-onibus-droga-foi-avaliada-em-rusd-540-mil">Durante blitz na BR-116, boliviana &eacute; presa com coca&iacute;na em &ocirc;nibus; droga foi avaliada em R$ 540 mil</a>

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