<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/964668ae-22d7-42b5-81c0-e0b91c311d58.jpg?width=1200&amp;height=740" alt="Arthur Lira e Hugo Motta, criador e criatura">
O nome e a imagem para o pr&oacute;ximo bi&ecirc;nio da C&acirc;mara dos Deputados, at&eacute; o in&iacute;cio 2027, v&atilde;o ser de Hugo Motta, o mais jovem presidente da casa, eleito aos 35 anos. Mas a vit&oacute;ria esmagadora &eacute; de Arthur Lira, do PP, de Alagoas. O agora ex-presidente confirmou ser um dos mais poderosos parlamentares da hist&oacute;ria da Rep&uacute;blica, quase um imperador,&nbsp;
Passou o cargo como se entregasse um testamento antecipadamente aberto: sem surpresas, em vida, e com prest&iacute;gio para continuar entre os mais influentes pol&iacute;ticos do Brasil.&nbsp;
Lira &eacute; considerado pelos pares como um J&uacute;lio C&eacute;sar do Congresso, instaurando um parlamentarismo informal: peitou o Executivo nas pautas, encarou o STF na manuten&ccedil;&atilde;o das emendas PIX.&nbsp;
Hugo Motta, eleito presidente da C&acirc;mara, com 444 votos dos 513 poss&iacute;veis, tornou-se o parlamentar mais jovem a assumir essa posi&ccedil;&atilde;o desde a redemocratiza&ccedil;&atilde;o do pa&iacute;s, aos 35 anos. &Eacute; novo mas n&atilde;o &eacute; novato.&nbsp;
Foi eleito deputado federal pela primeira vez em 2010 pelo PMDB (atual MDB), sendo o deputado mais jovem daquele ano, com 21 anos. Est&aacute; no quarto mandato consecutivo, agora pelo Republicanos. Al&eacute;m disso, Motta presidiu a Comiss&atilde;o Parlamentar de Inqu&eacute;rito (CPI) da Petrobras em 2015, a Comiss&atilde;o de Fiscaliza&ccedil;&atilde;o Financeira e Controle em 2014-2015, e liderou tr&ecirc;s comiss&otilde;es especiais: Desestatiza&ccedil;&atilde;o da Eletrobras, Prote&ccedil;&atilde;o &agrave; sa&uacute;de e ao meio ambiente, e Zona Franca do semi&aacute;rido nordestino. Ele tamb&eacute;m foi l&iacute;der do Republicanos na C&acirc;mara em 2021 e 2023 e vice-presidente nacional do partido em 2023.
A elei&ccedil;&atilde;o de Motta foi marcada por um amplo arco de alian&ccedil;as, contando com o apoio de 18 partidos, incluindo os maiores do Congresso como PT, PL, e MDB, que juntos somam 495 deputados. Esta coaliz&atilde;o foi constru&iacute;da sob a influ&ecirc;ncia direta de Arthur Lira.
A costura passou por cima de candidatos do PSD e do Uni&atilde;o Brasil. Sem o apoio de centr&atilde;o, governo e oposi&ccedil;&atilde;o, os deputados baianos Antonio Brito (PSD) e Elmar Nascimento (Uni&atilde;o Brasil) foram obrigados a desistir da disputa e apoiar Motta para n&atilde;o ficar sem espa&ccedil;o na C&acirc;mara
A campanha de Motta foi um exemplo de estrat&eacute;gia pol&iacute;tica bem-sucedida, onde ele conseguiu unir for&ccedil;as pol&iacute;ticas divergentes, desde a esquerda at&eacute; a direita, numa demonstra&ccedil;&atilde;o de concilia&ccedil;&atilde;o e di&aacute;logo. Ele tinha sido apontado como favorito desde outubro de 2024, quando Lira anunciou seu apoio, e a partir de ent&atilde;o, Motta consolidou sua posi&ccedil;&atilde;o ao obter o endosso de figuras influentes como o presidente Luiz In&aacute;cio Lula da Silva e o ex-presidente Jair Bolsonaro.&nbsp;
A gest&atilde;o de Motta na C&acirc;mara &eacute; ainda inc&oacute;gnita, que deve ser marcada pelo di&aacute;logo com as lideran&ccedil;as opostas.&nbsp; Com seu mandato estendendo-se at&eacute; fevereiro de 2027, Motta ter&aacute; a responsabilidade de definir a pauta de vota&ccedil;&otilde;es da C&acirc;mara e de supervisionar os trabalhos legislativos, incluindo a condu&ccedil;&atilde;o das comiss&otilde;es tem&aacute;ticas. Sua elei&ccedil;&atilde;o &eacute; vista como um sinal de que a C&acirc;mara pretende manter uma linha de atua&ccedil;&atilde;o equilibrada entre os interesses dos diferentes partidos, num contexto de polariza&ccedil;&atilde;o pol&iacute;tica no Brasil, buscando evitar grandes conflitos internos e promover a estabilidade legislativa.

<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/1a518001-0a03-48cc-b55f-2de605c0f756.jpg?width=1280&amp;height=802" alt="Ant&ocirc;nio Brito (PSD) e Elmar Nascimento continuam fortes no Congresso ">
Cotados, por quase dois anos, para a presid&ecirc;ncia da C&acirc;mara dos Deputados, nomes que abrem portas no Congresso Nacional, os baianos Ant&ocirc;nio Brito e Elmar Nascimento n&atilde;o ficaram de m&atilde;os abanando ap&oacute;s a elei&ccedil;&atilde;o de Hugo Motta para a lideran&ccedil;a da casa at&eacute; o ano que vem.
Brito foi reconduzido &agrave; lideran&ccedil;a do PSD. &Eacute; destaque no partido que comanda 891 prefeituras, o maior n&uacute;mero de prefeitos do pa&iacute;s, e costuma ser procurado para aconselhamentos por parlamentares da situa&ccedil;&atilde;o e da oposi&ccedil;&atilde;o. Tem a estima do presidente nacional da sigla, Gilberto Kassab, que, recentemente, mirou alto, contra a gest&atilde;o de Lula III.&nbsp;
J&aacute; Elmar Nascimento, l&iacute;der do Uni&atilde;o Brasil na C&acirc;mara, ficou com a 2a vice presid&ecirc;ncia da casa. &Eacute; dela a responsabilidade de substituir presidente e 1o vice presidente, al&eacute;m de examinar os pedidos de ressarcimento por despesas m&eacute;dicas dos deputados.&nbsp;
Uma atribui&ccedil;&atilde;o que, especialmente, animou Nascimento &eacute; a de "fomentar a intera&ccedil;&atilde;o institucional entre a C&acirc;mara dos Deputados e os &oacute;rg&atilde;os do Poder Legislativo dos estados, do Distrito Federal e dos munic&iacute;pios, para desenvolver sistematicamente a a&ccedil;&atilde;o legislativa".
Nesse di&aacute;logo a&iacute;, garantem os aliados e advers&aacute;rios, Elmar sabe jogar o jogo.&nbsp;

A C&acirc;mara dos Deputados aprovou, nesta ter&ccedil;a-feira (10), projeto de lei que prev&ecirc; o pagamento de pens&atilde;o &agrave; v&iacute;tima de <a href="https://aratuon.com.br/interior/bebado-agente-transito">acidente de tr&acirc;nsito</a> se o respons&aacute;vel estiver sob a influ&ecirc;ncia de &aacute;lcool ou de drogas. O projeto altera o C&oacute;digo Civil para que o causador do acidente tamb&eacute;m pague integralmente os danos materiais, morais e est&eacute;ticos causados &agrave; v&iacute;tima.

De autoria do deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), o Projeto de Lei 3125/21 foi aprovado com o texto do relator, deputado Julio Lopes (PP-RJ), que incluiu a mesma penalidade para o causador de acidente de navega&ccedil;&atilde;o (envolvendo lanchas ou jet ski, por exemplo).

<a href="https://aratuon.com.br/geral/lei-seca-no-transito-de-salvador-em-media-13-motoristas-sao-autuados-por-dia">+&nbsp;Lei Seca no tr&acirc;nsito de Salvador: em m&eacute;dia, 13 motoristas s&atilde;o autuados por dia</a>

<a href="https://aratuon.com.br/variedades/parei-na-blitz-e-agora-entenda-as-consequencias-de-realizar-ou-nao-o-bafometro">+&nbsp;&#39;Parei na blitz, e agora?&#39; Entenda as consequ&ecirc;ncias de realizar, ou n&atilde;o, o baf&ocirc;metro</a>

&quot;O uso inadequado desses meios de transporte, muitas vezes associado ao consumo de &aacute;lcool ou drogas, resulta em acidentes graves, inclusive fatais, n&atilde;o apenas em &aacute;guas costeiras mas tamb&eacute;m em lagos e rios frequentados por fam&iacute;lias e turistas&quot;, disse Lopes.

A pens&atilde;o ser&aacute; arbitrada pelo juiz quando a v&iacute;tima, em raz&atilde;o do acidente, tiver les&atilde;o que provoque redu&ccedil;&atilde;o permanente, total ou parcial, da capacidade laborativa. Em caso de &oacute;bito da v&iacute;tima, a pens&atilde;o ser&aacute; destinada &agrave; sua fam&iacute;lia quando demonstrado que a pessoa falecida era respons&aacute;vel pelo sustento familiar.

O relator, deputado Julio Lopes, afirmou que a medida promove maior justi&ccedil;a, ao exigir que o respons&aacute;vel pelos danos repare integralmente os preju&iacute;zos causados. &quot;A irresponsabilidade de dirigir sob tais condi&ccedil;&otilde;es n&atilde;o pode recair apenas sobre as v&iacute;timas e seus familiares, sendo essencial que o causador assuma a repara&ccedil;&atilde;o integral dos danos&quot;, disse.

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