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17/08/2021 16h15 | Atualizado em 17/08/2021 16h52

A vacina falhou no caso Tarcísio Meira? O Aratu On explica que não é bem assim

Aos 85 anos, Tarcísio estava em uma faixa de idade em que há a chamada imunossenescência, que é o envelhecimento do sistema imune.

A vacina falhou no caso Tarcísio Meira? O Aratu On explica que não é bem assim Foto: arquivo pessoal
Da Redação

O ator Tarcísio Meira morreu, aos 85 anos, vítima de complicações da infecção por coronavírus. Ele estava internado em São Paulo desde o início do mês e chegou a ser intubado, além de fazer hemodiálise. Tanto ele quanto a esposa, a também atriz Glória Menezes, já haviam tomado as duas doses da vacina contra a Covid-19. Ela, que também foi diagnosticada com a doença, já recebeu alta do hospital e está em casa. A morte do artista levantou discussões sobre a eficácia da vacina. Será que a CoronaVac falhou? O Aratu On explica para você que não é bem assim.

Aos 85 anos, Tarcísio estava em uma faixa de idade em que há a chamada imunossenescência, que é o envelhecimento do sistema imune, responsável pelo combate às doenças no corpo humano. É possível perceber seu efeito, por exemplo, em um estudo que avaliou a efetividade da vacina CoronaVac em São Paulo.

Na análise, a vacina apresentou potência para evitar 80,1% das hospitalizações e 86% dos óbitos quando avaliados o público de 70 a 74 anos. Porém, quando a análise é fatiada para quem tem 80 anos ou mais, há uma importante queda na robustez da proteção: a efetividade para hospitalizações cai para 43,4% e, de mortes, para 49,9%.

Estudos já comprovaram que existe uma tendência de queda de anticorpos produzidos pela vacina de acordo com o tempo (decorrido após a imunização). Isso para todos, mas com maior intensidade pelos idosos, que tem essa questão da imunossenescência. Ou seja, eles respondem menos à vacina e a tendência, diante dessa resposta imune menor, seria um impacto na proteção.

Além disso, é importante ressaltar que nenhuma vacina, nem contra a Covid, nem contra nenhuma outra doença, é 100% eficaz para casos sintomáticos, internações e mortes. Há, é claro, pessoas que não apresentam resposta imune em todas as idades, mas a prevalência é maior entre os pacientes com idade mais avançada.

É preciso avaliar, ainda, a condição de saúde da pessoa; se ela for portadora de doenças crônicas, como diabetes, hipertensão, doenças cardíacas e obesidade, pode ter um risco maior. Isso porque nesses indivíduos, além de combater a própria infecção viral, o organismo está em constante “luta” com si próprio. É o que pode ter acontecido com o ator, que já havia apresentado um quadro grave de pneumonia no passado. 

Todas as vacinas contra Covid-19 que foram aprovadas para aplicação na população são seguras e eficazes, como foi demonstrado nos estudos clínicos realizados com milhares de pessoas, usando públicos diferentes.

Diante desse cenário, especialistas em saúde pedem que mesmo as pessoas totalmente vacinadas usem máscara, mantenham o distanciamento social e evitem aglomerações. Essas são formas eficazes de evitar o contágio e medidas ainda muito necessárias diante do atual patamar de alta transmissão da Covid-19 no Brasil.

Fonte: Da redação