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Vereador que queria mudar nome das Dunas do Abaeté para "Monte Santo" apresenta projeto; "não faz referência a nenhuma religião"

Luiz Carlos é cristão e defende que o local seja revitalizado para a adoção de práticas religiosas

Por Da Redação

Vereador que queria mudar nome das Dunas do Abaeté para "Monte Santo" apresenta projeto; "não faz referência a nenhuma religião"reprodução / Itapuã City

Na sessão ordinária desta segunda-feira (14/3) da Câmara Municipal de Salvador, o secretário municipal da Infraestrutura e Obras Públicas (Seinfra), Luiz Carlos, apresentou aos vereadores o projeto da Prefeitura que trata da urbanização das Dunas do Abaeté. O secretário é vereador licenciado. A causa vem causando polêmica desde que ele sugeriu trocar o nome do local para "Monte Santo", em referência cristã, gerando atritos com a comunidade do candomblé que também usa o espaço.


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De acordo com a Prefeitura, trata-se de uma “demanda antiga de representantes de diversas correntes religiosas que utilizam o local para cultos e retiros espirituais”. A meta da Prefeitura é entregar a primeira etapa da obra no final do primeiro semestre deste ano. O projeto está sendo executado nas Dunas de Itapuã, numa distância de 1 Km e 100 metros da Lagoa do Abaeté.


A requalificação prevê, de acordo com a Seinfra, “dentre outros objetivos, uma ampla urbanização da área, com instalação de toda a infraestrutura necessária para dar suporte aos frequentadores do lugar, proporcionando mais qualidade, conforto e segurança. A intervenção foi pensada para que as atividades rotineiras, dentre elas as religiosas, ocorram em plena consonância com a natureza, de modo a preservar as características originais do local. Além disso, será instalado na região um receptivo para dar suporte aos visitantes com informações sobre o monte, e fazendo campanhas educativas de preservação do meio ambiente”. Não há nenhum adendo, entretando, que justifique as práticas de apenas um tipo de religião.


O secretário Luiz Carlos avaliou que o projeto tem duas premissas e uma delas é a preservação da natureza, através de orientações com esse cunho ambiental. “A outra é a dignidade humana. Há um nível de visitação naquele local de cerca de 5.000 pessoas por semana. E não há sequer um banheiro para as pessoas utilizarem”, disse. 


Sobre a polêmica, ele se defendeu: “o nome Monte Santo não faz referência a nenhuma religião e sim ao sagrado”, pontuou o secretário. 


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