Saúde

CoronaVac: exame toxicológico descarta relação entre vacina e morte de voluntário; "combinação de medicamentos"

CoronaVac: exame toxicológico descarta relação entre vacina e morte de voluntário; "combinação de medicamentos"

Por Da Redação

CoronaVac: exame toxicológico descarta relação entre vacina e morte de voluntário; "combinação de medicamentos"divulgação/Governo de São Paulo

A causa da morte do voluntário que participava dos testes da vacina CoronaVac não teve relação com o imunizante. De acordo com laudo do exame toxicológico realizado pelo Instituto Médico Legal (IML), divulgado nesta quinta-feira (12/11), ele morreu por uma intoxicação aguda por agentes químicos, provocada por uma combinação de medicamentos.


O exame detectou a presença de álcool no sangue, além de grande quantidade de sedativos e um analgésico cirúrgico 100 vezes mais potente que a morfina, indicando um suicídio. Ele não consumiu drogas ilícitas.


O corpo do jovem foi encontrado no banheiro de um apartamento no último 29 de outubro, e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu os testes da vacina na segunda-feira (9), devido a um "evento adverso" em um voluntário. Na terça-feira (10), a divulgação do boletim de ocorrência mostrou que a causa da morte de um voluntário foi suicídio. No dia seguinte, então, a agência liberou a retomada dos testes.


A vacina CoronaVac, contra a Covid-19, é desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac. No Brasil, a produção ficará a cargo do Instituto Butantan, vinculado ao governo de São Paulo e também coordena os testes do imunizante no país.


O governo de São Paulo acordou a compra de 46 milhões de doses da vacina, que esteve no centro de uma disputa envolvendo o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), o Ministério da Saúde e o governador paulista, João Doria (PSDB).


Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), há atualmente dez vacinas na terceira e última etapa de testes em humanos, incluindo a CoronaVac. Antes de ser liberada para a população, porém, uma vacina deve passar por três estágios de ensaios clínicos que comprovem sua segurança e eficácia. A cada etapa, mais voluntários são recrutados e os resultados dos testes são analisados pelos pesquisadores, para garantir que o imunizante possa ser licenciado.


LEIA MAIS: Laudo diz que voluntário da Coronavac se suicidou; testes da vacina foram paralisados pela Anvisa


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