Após 10 anos de carreira, Kannário diz que ainda luta por independência financeira: “se eu fosse do tráfico estaria rico”

Sabe aquela expressão: ?Famoso é tudo cheio de dinheiro??

Bem, essa realidade, ainda, não faz parte da vida de Igor Kannário. Com mais de 10 anos de carreira, o pagodeiro não esconde de ninguém que até o momento o sucesso não lhe recompensou com um retorno financeiro significativo. Essa independência, o cantor começa a buscar a partir de agora com a nova fase artística e o fim da parceria com o antigo escritório Showmix Produções.

?Eu me sinto renascido a todo momento. Financeiramente a minha vida? eu tenho que tocar para pagar as minhas contas. Hoje! Porque antes eu tinha sócios, produtores, contratos e essa verba não chegava até a minha mão. Então muito menos estava dando para pagar as minhas contas. A real é essa! Eu estava vivendo para pagar as pessoas?, revelou Kannário ao Aratu Online.

Dedicado aos novos projetos como documentário e DVD, o ?Príncipe do Guetto? ? como é conhecido pelo público ? não esconde a vontade de ser dono da própria produtora e garante que com a liberdade empresarial que conquistou o trabalho será dobrado. ?Eu acho que quando o artista faz a carreira solo ele tem vontade de ter e ser tudo. Tem vontade de ter a própria produtora com seu nome, com os seus funcionários. Hoje eu me vejo no lado empresarial, administrativo porque hoje é tudo meu. É uma situação que eu quero ficar como os grandes da música e construir a minha própria história. Se eu trabalhei 10 anos preso a um contrato, imagine agora? Vou trabalhar muito mais sabendo que vai ter o retorno?, disse ele.

No entanto, não é só na estabilidade financeira na área profissional que o pagodeiro pensa. Pai de uma menina e casado com Maria Quitéria, Kannário tem uma preocupação especial ? a vida familiar. ?Dinheiro é relativo, consequência do trabalho. Eu não ligo pra nada! Na minha casa eu só fico com sandalhão, bermudão, meu violão, fumando meu cigarro. Eu gosto de ver minha filha estudando em um bom colégio, de ver minha esposa com comida na dispensa, minha mãe morando em um lugar legal, meus músicos ganhando os cachês deles, crescendo?.

Relembrando alguns episódios que marcaram o inicio de sua carreira e as acusações de envolvimento com o tráfico de drogas na capital baiana, Kannário deixa claro que os boatos não têm fundamentos e que ser rico não é uma das suas prioridades. ?Se fosse para eu ser rico eu me metia nessas falcatruas que mais tem no mundo. Se eu tivesse envolvimento com o tráfico eu já estava com a tinta no bolso. Se eu fosse traficante, ladrão, marginal você acha que o sistema me deixaria livre? Eu estaria preso! Eles iam fazer questão de me prender, mas o meu telhado não é de vidro. Você joga uma paralelepípedo e ele vai ficar no mesmo lugar. Então, hoje eu prefiro está liberto, sem dinheiro, mas agora com a liberdade para correr atrás do que é meu?.