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Partido Solidariedade decide expulsar Dr. Jairinho; vereador é suspeito da morte do enteado Henry Borel

Dr. Jairinho também teve o salário suspenso pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro, por ter sido detido.

Por Da Redação

Partido Solidariedade decide expulsar Dr. Jairinho; vereador é suspeito da morte do enteado Henry BorelTânia Rêgo/Agência Brasil

O partido Solidariedade decidiu expulsar o vereador do Rio de Janeiro, Dr. Jairinho, após ele ter sido preso na manhã desta quinta-feira (8/4), suspeito da morte de seu enteado, Henry Borel Medeiros, de 4 anos de idade. Ele já estava afastado e licenciado do partido. “Diante dos novos fatos revelados, a Executiva Nacional do Solidariedade, em conjunto com a Estadual do partido, resolve expulsar, de forma sumária, o vereador Dr. Jairinho”, anunciou o Solidariedade, por meio de nota.


Dr. Jairinho também teve o salário suspenso pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro, por ter sido detido. A suspensão está de acordo com o regimento interno da Casa. Ainda hoje, parlamentares do Conselho de Ética devem se reunir, a partir das 18h, para discutir a situação do vereador. "Será dada toda celeridade que o caso exige” garantiu a Câmara, em comunicado.



CASO HENRY BOREL


Henry Borel, de 4 anos, havia passado o primeiro final de semana do mês de março com o pai, o engenheiro Leniel Borel de Almeida. Por volta das 19h de domingo (7/3), ele deixou a criança no condomínio onde morava a mãe do menino, Monique Medeiros, que havia se mudado para viver com o novo namorado, o vereador Dr. Jairinho, com quem ela estava se relacionando desde outubro de 2020. 


Câmeras de segurança registraram a chegada do garoto, sem nenhum problema de saúde aparente. De acordo com as investigações, na madrugada do dia 8, Jairinho e Monique levaram o menino ao Hospital Barra D'Or, na Barra da Tijuca, onde relataram que a criança apresentava dificuldade respiratória. O casal então ligou para o pai do garoto para relatar o ocorrido. 


Leniel foi até a unidade de saúde e encontrou os médicos tentando reanimar a criança. Orientado pelos profissionais do hospital, o pai do menino abriu uma ocorrência na 16ª DP para entender o que havia acontecido com o filho. A morte do menino foi confirmada no mesmo dia. O laudo da necropsia de Henry indicou sinais de violência e a causa da morte foi hemorragia interna e laceração hepática causada por uma ação contundente.


O delegado Henrique Damasceno, responsável pelo caso, ouviu diversas testemunhas, dentre elas, ex-namoradas de Jairinho e a ex-mulher. O parlamentar é suspeito de agressões e violência doméstica. A polícia também apreendeu, nesta quinta-feira, o celular da babá do menino. Os investigadores suspeitam que ela tenha mentido sobre os conhecimentos de agressões contra Henry Borel e periciarão o aparelho.


Após o crime, o vereador ligou para um alto executivo da área de saúde para tentar impedir que o corpo de seu enteado fosse encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML). Jairinho também ligou para o governador Claudio Castro (PSC). Castro afirma ter informado a ele que apenas a polícia se encarregaria do caso.


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