Inflação de Salvador é a segunda maior do país em novembro; esse é o quarto mês em alta
Apesar do aumento, houve queda de preço em produtos importantes do dia a dia, como o pão francês (-5,89%), as carnes em geral (-0,62%) e a banana-prata (-5,35%).
A prévia da inflação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), não trouxe um dado positivo para a capital baiana. A Região Metropolitana de Salvador apresentou o segundo maior índice do Brasil em seu quarto mês de aumento consecutivo.
Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (25/11). Para o cálculo, os preços foram coletados entre 14 de outubro e 12 de novembro e comparados com aqueles vigentes entre 15 de setembro e 13 de outubro.
DADOS
Em novembro, o Índice ficou em 1,47% na Região Metropolitana de Salvador (RMS), um recorde para o mês nos últimos 19 anos. Além disso, pela quarta vez consecutiva, o índice mostrou aceleração em relação ao mês anterior (havia sido de 1,10% em outubro, 0,89% em setembro, 0,85% em agosto e 0,74% em julho).
O IPCA da RMS foi ainda a 2ª mais alta dentre as 11 áreas pesquisadas separadamente pelo IBGE, abaixo apenas do verificado no município de Goiânia/GO (1,86%). Ficou também acima do índice do país como um todo (1,17%).
DOIS DÍGITOS
No acumulado de janeiro a novembro de 2021, o índice está em 9,44%, abaixo do índice do Brasil como um todo (9,57%). A um mês do fim de 2021, o índice se mantém como o maior acumulado anual desde 2015.
Já nos 12 meses encerrados em novembro, o IPCA-15 acumula alta de 10,73% na RM Salvador, chegando aos dois dígitos - motivo de preocupação pra equipe econômica. Nesse acumulado, o índice baiano está igual ao do país como um todo (10,73%),
GASOLINA
Para o IBGE, essa alta é resultado de aumentos nos preços médios de todos os nove grupos de produtos e serviços que formam o índice. O maior aumento no mês veio dos preços do grupo transportes, com crescimento de 3,40%, fortemente puxado pelos combustíveis (8,83%).
A gasolina teve alta de 8,67% no mês foi a principal pressão inflacionária individual no IPCA-15 na RM Salvador. No ano, a gasolina tem um aumento acumulado de 39,59%. Ela influencia também no aumento do etanol (8,75%), que teve outro peso importante na prévia da inflação de novembro e apresenta o maior aumento acumulado no ano de 2021 dentre as centenas de produtos e serviços pesquisados para formar o IPCA-15 (47,27%). O diesel também mostrou alta significativa (11,50%) na prévia de novembro.
O grupo saúde e cuidados pessoais teve a segunda maior contribuição para o IPCA-15 de novembro na RMS, de 1,38%, com influência dos produtos de higiene pessoal (2,76%), mas também dos medicamentos e produtos farmacêuticos (2,34%).
Os custos com habitação também tiveram aumento relevante (1,32%) e exerceram a terceira maior pressão de alta no IPCA-15 de novembro, na RMS. Foram puxados fortemente pelo gás de botijão (4,70%), que teve o 12º aumento consecutivo (sobe desde dezembro de 2020) e acumula alta de 37,12% em 2021.
Já os preços dos alimentos tiveram importante desaceleração no IPCA-15 de novembro, registrando alta de 0,45% frente a 1,41% em outubro. Houve até queda de preços significativas em produtos importantes do dia a dia, como o pão francês (-5,89%), as carnes em geral (-0,62%) e a banana-prata (-5,35%). Ainda assim, o tomate foi o item que mais aumentou no mês (24,41%), na RM Salvador.
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