CORRENTINA: Representante de fazenda invadida diz que ?objetivo era destruir tudo?; Safra está ameaçada
CORRENTINA: Representante de fazenda invadida diz que ?objetivo era destruir tudo?; Safra está ameaçada
Do Blog de Pablo Reis, parceiro do Aratu Online, com colaboração de Matheus Carvalho
Um prejuízo ainda inestimável, seguido de uma total sensação de revolta. É assim o clima na fazenda Rio Claro, em Correntina, no oeste da Bahia, alvo de atentado de centenas de pessoas, no início do mês. ?Aquilo é um grupo de baderneiros. E havia crianças envolvidas. Veja que exemplo para as gerações futuras. A Igarashi não é contra protestos, mas não aceita uma ação absurda como essa?, repudiou o porta-voz, Marcos Nast. ?A área total tem capacidade de alimentar 1 milhão de pessoas por um ano. Alimenta, inclusive, todos aqueles que invadiram e tentaram destruir toda a nossa produção?
No último dia 2, cerca de mil pessoas invadiram a fazenda Rio Claro, que integra a empresa Lavoura e Pecuária Igarashi, em Correntina, a 900km de Salvador, no oeste da Bahia. A propriedade é produtora de batata, cenoura, feijão, tomate e cebola e teve grande parte do maquinário e equipamentos destruídos e incendiados.
Os representantes da empresa afirmaram que a intenção dos vândalos seria destruir a lavoura. ?Só não chegaram até lá por causa da ação da polícia, mas o objetivo era destruir tudo?, relatou o assessor de imprensa Marcos Nast.
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Ao contrário dos valores divulgados na mídia, a empresa ainda está fazendo levantamento do prejuízo total. Os donos fazem questão de mencionar que a safra produzida não é para exportação (é toda para consumo nacional) e que as perdas não podem ser mensuradas apenas em equipamentos danificados. ?Por causa da invasão e da destruição, há o risco de perder toda a safra remanescente (uma área em torno de 300 hectares). Sem irrigação, há a possibilidade de má formação do grão e perda de qualidade do produto?, lamenta
Alguns produtores mencionam terem ouvido na vizinha cidade de Santa Maria da Vitória (também no oeste, a 900 km da capital) a possibilidade de novas invasões e depredações.
?É inacreditável que poucos influenciem muitos com essa ideologia irresponsável. Os empreendedores rurais são heróis. Lutam contra as intempéries do clima, pragas e ainda precisam se preocupar com ações irresponsáveis como esta, de viés meramente ideológico. Os invasores também se alimentam?, disse Marcos Nast.
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Publicado originalmente às 13h14*