Bebê que nasceu interligado com o próprio irmão morre após cirurgia em Salvador; "dividiam o fígado"

Cerca de 50 profissionais de saúde se dedicaram a estudar o caso para preparação do procedimento durante os últimos quatro meses.

Por Da Redação.

Bebê que nasceu interligado com o próprio irmão morre após cirurgia em Salvador; "dividiam o fígado" divulgação/Sesab

Os bebês Nathan e Nathanael, que nasceram interligados pelo tórax e abdômen na Maternidade Professor José Maria de Magalhães Netto, em Salvador, foram submetidos a uma cirurgia de separação na última terça-feira (4/5). A informação só foi divulgada pela Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) nesta quinta-feira (6/5).

O procedimento entrará para a história já que esta é a primeira vez que uma cirurgia desse tipo é realizada por uma equipe totalmente baiana. Mesmo com todos os esforços, uma das crianças não resistiu. 

Cerca de 50 profissionais se dedicaram a estudar o caso para preparação do procedimento durante os últimos quatro meses. Participaram da cirurgia oito cirurgiões pediátricos; três da equipe cardíaca, coordenados pela cirurgiã Nádia Krachete; o cirurgião hepático André Aleluia; quatro anestesistas; além do suporte da enfermagem e técnicos.

A equipe multidisciplinar foi formada por profissionais do Hospital Ana Nery e da própria Maternidade de Referência. De acordo com a subsecretária da Saúde da Bahia, Tereza Paim, o nascimento de gêmeos siameses é uma ocorrência rara. “Ocorre em um para cada 100 mil nascimentos. A realização da cirurgia se deu por uma equipe 100% baiana, todos envidando esforços para que o procedimento fosse um sucesso”, afirma.

Nathan e Nathanael apresentavam cardiopatias congênitas, sendo um dos casos de alta complexidade. O bebê com quadro mais grave da doença não sobreviveu após uma parada cardiorrespiratória.

“Eles estavam sob ventilação mecânica e drogas vasoativas desde o primeiro dia, para mantê-los vivos diante da grave cardiopatia. Os bebês dividiam o fígado e um circuito vascular importante”, detalha a cirurgiã Célia Britto, responsável pelo procedimento.

“Essa é uma cirurgia que necessita de uma equipe multidisciplinar entrosada. Dividir conhecimento e experiência de uma equipe multidisciplinar em prol de um tratamento médico é muito gratificante”, acrescenta.

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