Presença feminina impulsiona empreendedorismo e economia

O empreendedorismo feminino tem desempenhado um papel crescente no desenvolvimento econômico e social do Brasil. Segundo o Sebrae, mais de dez milhões de mulheres são donas do próprio negócio, um crescimento de 35% entre 2012 e 2023. Na Bahia, o órgão contabilizou quase 700 mil empreendedoras em seu último levantamento, realizado em 2023.

Entre essas mulheres está a fisioterapeuta Aline Manta, especializada em saúde da mulher. Motivada pela busca por um atendimento mais humanizado, ela decidiu empreender na área da saúde, criando um negócio voltado à fisioterapia pélvica e obstétrica. Em 2020, no início da pandemia de Covid-19, fundou a clínica Fiorella, composta por uma equipe 100% feminina. 

Ao longo dos últimos quatro anos, Aline conquistou espaço no mercado, mas também enfrentou desafios, especialmente na gestão administrativa. “Eu estava preparada para o tratamento humanizado, para oferecer acolhimento e atendimento de qualidade, mas a gestão financeira e burocrática foi um dos maiores desafios”, afirma. Segundo o Sebrae, a falta de apoio para a gestão empresarial é uma dificuldade comum entre empreendedoras baianas.

O setor de serviços, onde Aline atua, é o mais representativo para as mulheres empreendedoras. Para ela, a expansão feminina no mercado de trabalho é um caminho essencial para transformação econômica e social. “A mulher empreendedora assume um negócio não apenas por questões financeiras, mas pelo propósito de impactar vidas. A rede de acolhimento e crescimento mútuo é o que nos move”, reflete.

Com a perspectiva de crescimento da clínica, Aline destaca a importância do apoio entre mulheres no meio empresarial. “Se conectem e compartilhem de uma rede de apoio. Isso fortalece e abre caminhos para vencer os desafios do empreendedorismo”, aconselha.