Empresário acusa ex-sócio de "sequestrar" imobiliária para vender terra milionárias em Maraú; gestor se defende
Empresário acusa ex-sócio de "sequestrar" imobiliária para vender terra milionárias em Maraú; gestor se defende
Maraú é uma áreas mais valiosas da Bahia, conhecida pelo seu potencial turístico e belezas naturais. É usando esse argumento que a conta no Instagram da PDM Imóveis tenta atrair possíveis compradores de terras, casas ou outros empreendimentos. Mas nada disso é autorizado pela própria empresa, segundo Luis Macena, que diz ser o dono legítimo dela. O administrador afirma estar sendo vítima de estelionato (crime contra o patrimônio) que envolve o nome da sua corretora.
Os lotes e imóveis oferecidos nos anúncios ficam em Barra Grande, a 250 km de Salvador, e os preços ultrapassam os R$ 5 milhões. Na rede social da PDM, até uma Ilha, custando pouco mais de R$ 1 milhão, é divulgada. Além do Instagram, um site também foi criado, com contatos para vendas. Os números não são reconhecidos por Macena como oficiais da PDM. Um deles, inclusive, é indicado como particular pelo empresário - fato confirmado pela reportagem.
Quem está à frente da PDM é Rafael Moraes. Por meio de nota, a advogada Rebeca Barros, que o representa, chamou a denúncia de inverídica. Ainda nesse imbróglio, Macena diz que pagou para à família Moraes R$ 1,5 milhão por cotas de uma pousada, também em Maraú, mas o contrato não foi cumprido. A defesa também rechaça essa afirmação, acrescentando que já está ciente dos acontecimentos e movendo o "poder judiciário com provas, e não apenas fatos, para responsabilização".
Um levantamento do Aratu On mostra que, segundo o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, a PDM pertence a Luis Macena, sendo ele o único sócio-administrador. O número para contato no documento, porém, é o mesmo que aparece para o relacionamento de vendas, comandado, atualmente, por Rafael. "Vamos buscar anular todos os atos da PDM que tenham sido firmados sem a ciência de Luis", disse o advogado de Macena, Tássio Rodrigues.
O caso já está com a Polícia Civil. Uma queixa-crime foi registrada por Luís Macena na Delegacia Territorial de Camamu. No documento, assinado pelo delegado Gilmar Prates, ele acusa o ex-sócio, Rafael Moraes, de ser o mentor do esquema.
TERRAS EM DISPUTA
Barra Grande tem, atualmente, alguns lotes disputados na Justiça. Essa situação pode acarretar até em reintegração de posse. A última atualização dessa "novela" aconteceu no mês de julho deste ano, ainda segundo apuração da reportagem do Aratu On. Na oportunidade, o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) suspendeu uma outra decisão que autorizava as Polícias Militar e Civil a despejar as pessoas das terras.
Denúncias feitas por nativos da região, no último dia 7 de setembro, sustentam que corretores de uma imobiliária - que seria a PDM - estariam mostrando lotes para turistas interessados no negócio, não informando sobre o imbróglio judicial. Luis Macena reforça que, por conta do que ele acusa de "sequestro da sua empresa", nenhum negócio está sendo fechado.
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