Irmãos mortos em Dom Avelar são enterrados lado a lado; “quero justiça”, diz tio
Irmãos mortos em Dom Avelar são enterrados lado a lado; “quero justiça”, diz tio
Os corpos dos irmãos Marcos Antônio, de 49 anos, e Cloves Cruz de Souza, 43, foram enterrados na tarde desta terça-feira (13/11) no Cemitério Bosque da Paz, em Salvador. Eles foram assassinados por três vizinhos no bairro de Dom Avelar na manhã de segunda-feira (12/11). Na ação, o terceiro irmão da dupla também acabou sendo baleado.
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Dezenas de pessoas acompanharam desde o início da tarde o sepultamento dos corpos, que ficaram lado a lado na mesma capela e saíram juntos para o enterro, também um ao lado do outro.
“Eles [suspeitos] já chegaram lá pra matar, não teve conversa”, disse o tio das vítimas, Juraci Souza Cruz. “Os meninos [vítimas] eram tranquilos, não tinham envolvimento com nada: tráfico de drogas, assalto, receptação. Nada! Dá pra ver o quanto eles eram queridos pela comunidade pela quantidade de gente que tem aqui”, completou.
CASO
Marcos e Cloves, de acordo com o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), foram assassinados por três homens que, por ironia, também são irmãos. Os suspeitos, Luís Carlos Menezes dos Santos, de 26 anos, Alan Silva Menezes dos Santos, 30, e Carlos Luís Menezes dos Santos, de 22, continuam sendo procurados pela polícia.
“Quero justiça. Espero que eles paguem pelo crime, e não paguem pra ser soltos logo. Espero que eles fiquem presos por muitos anos”, bravou Juraci durante o enterro dos sobrinhos.
Vizinhos disseram que uma confusão entre as famílias pode ter motivado a ação, fato confirmado pela polícia. O irmão dos mortos, Rodrigo Souza, baleado durante o atentado, continua internado no Hospital Geral do Estado. Juraci revelou que ele está em coma induzido, sem previsão de alta médica. Ao todo, os pais deles tinham dez filhos.
?Até o momento, o que apuramos, é que houve uma discussão entre eles, por causa de um furto, cometido pelo filho de uma das vítimas, na oficina mecânica de um dos autores, o Alan?, disse o coordenador da Delegacia de Homicídios (DH/Central), Guilherme Machado.
Marcos deixa uma filha, que possui Síndrome de Down. Já Clóvis deixou quatro filhos.
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