Três mortes, 13 meses de investigações e nenhuma prisão. Esse é o panorama de um crime que chocou a Bahia, o assassinato de seguranças do show “Melhor Segunda-Feira do Mundo”, em fevereiro de 2017. Às vésperas do triplo homicídio completar um ano e um mês, nesta segunda (5/3), você vai conhecer agora o que está por trás da chacina contra Derivaldo Rocha dos Santos, Geraldo Mota Cunha e Márcio Rogério Bandeira.
Aquela noite, 6 de fevereiro, tinha tudo para ser mais uma apresentação dos 15 anos da festa que faz sucesso entre baianos e turistas. Os ambulantes já tinham montado suas barracas na porta do Estádio Metropolitano Roberto Santos, mais conhecido como Pituaçu. A estrutura do show, por sua vez, também, já estava toda preparada para receber os milhares de espectadores quando vários homens armados surpreenderam as vítimas na passarela que liga o Centro Administrativo da Bahia ao estádio.
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Quem mandou? Por qual motivo?
Esses são questionamentos que, oficialmente, a Polícia Civil não divulga. Provocada pela reportagem do Aratu Online, a corporação disse que quatro bandidos, moradores do bairro do Nordeste de Amaralina – um dos mais perigosos da capital baiana -, participaram da ação. A polícia pontuou ainda que todos já foram identificados pela equipe da Delegacia de Homicídios Múltiplos, comandada por Odair Carneiro.
Essa informação reforça a suspeita dos primeiros policiais que chegaram à cena do crime naquela oportunidade. Derivaldo, Geraldo e Márcio foram os escolhidos pelos assassinos para vingar um caso que tinha acontecido uma semana antes, também durante o show da “Melhor Segunda-Feira”. No dia 30 de janeiro, o traficante conhecido como “Bolsa” foi retirado por seguranças de um camarote e encontrado morto logo em seguida.
PÓS-CRIME
O show que aconteceria naquela oportunidade foi cancelado pela produção do Harmonia do Samba e a “Melhor Segunda-Feira” jamais voltaria a ser realizada no Estádio de Pituaçu. Ainda no dia 6 de fevereiro, a assessoria de imprensa do grupo tratou de desmentir os boatos que Derivaldo, Geraldo e Márcio seriam seguranças de Xanddy, o vocalista da banda de pagode. O grupo disse que eles eram terceirizados, contratados para fazer a segurança da festa.
Xanddy, inclusive, utilizou as redes sociais, naquela mesma noite, para se pronunciar sobre o caso. “Triste demais aqui! Não existe possibilidade alguma de subir no palco depois de uma fatalidade dessa”, escreveu no Instagram. Ele e os convidados do show também gravaram um vídeo falando sobre o episódio.
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*Publicada originalmente às 6h25 (5/3)
Fonte: Jean Mendes