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05/03/2018 10h24 | Atualizado em 05/03/2018 10h39

Morte de seguranças em Pituaçu completa 13 meses sem punição dos envolvidos

Morte de seguranças em Pituaçu completa 13 meses sem punição dos envolvidos

Morte de seguranças em Pituaçu completa 13 meses sem punição dos envolvidos Foto: Margarida Neide/Agência A Tarde
Jean Mendes

Três mortes, 13 meses de investigações e nenhuma prisão. Esse é o panorama de um crime que chocou a Bahia, o assassinato de seguranças do show “Melhor Segunda-Feira do Mundo”, em fevereiro de 2017. Às vésperas do triplo homicídio completar um ano e um mês, nesta segunda (5/3), você vai conhecer agora o que está por trás da chacina contra Derivaldo Rocha dos Santos, Geraldo Mota Cunha e Márcio Rogério Bandeira.

Aquela noite, 6 de fevereiro, tinha tudo para ser mais uma apresentação dos 15 anos da festa que faz sucesso entre baianos e turistas. Os ambulantes já tinham montado suas barracas na porta do Estádio Metropolitano Roberto Santos, mais conhecido como Pituaçu. A estrutura do show, por sua vez, também, já estava toda preparada para receber os milhares de espectadores quando vários homens armados surpreenderam as vítimas na passarela que liga o Centro Administrativo da Bahia ao estádio.

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Quem mandou? Por qual motivo?

Esses são questionamentos que, oficialmente, a Polícia Civil não divulga. Provocada pela reportagem do Aratu Online, a corporação disse que quatro bandidos, moradores do bairro do Nordeste de Amaralina – um dos mais perigosos da capital baiana -, participaram da ação. A polícia pontuou ainda que todos já foram identificados pela equipe da Delegacia de Homicídios Múltiplos, comandada por Odair Carneiro.

Essa informação reforça a suspeita dos primeiros policiais que chegaram à cena do crime naquela oportunidade. Derivaldo, Geraldo e Márcio foram os escolhidos pelos assassinos para vingar um caso que tinha acontecido uma semana antes, também durante o show da “Melhor Segunda-Feira”. No dia 30 de janeiro, o traficante conhecido como “Bolsa” foi retirado por seguranças de um camarote e encontrado morto logo em seguida.

Morte de seguranças em Pituaçu completa 13 meses sem punição dos envolvidos identificados

“Bolsa” fazia parte do comando do tráfico no Nordeste. Foto: reprodução/WhatsApp

PÓS-CRIME

O show que aconteceria naquela oportunidade foi cancelado pela produção do Harmonia do Samba e a “Melhor Segunda-Feira” jamais voltaria a ser realizada no Estádio de Pituaçu. Ainda no dia 6 de fevereiro, a assessoria de imprensa do grupo tratou de desmentir os boatos que Derivaldo, Geraldo e Márcio seriam seguranças de Xanddy, o vocalista da banda de pagode. O grupo disse que eles eram terceirizados, contratados para fazer a segurança da festa.

Xanddy, inclusive, utilizou as redes sociais, naquela mesma noite, para se pronunciar sobre o caso. “Triste demais aqui! Não existe possibilidade alguma de subir no palco depois de uma fatalidade dessa”, escreveu no Instagram. Ele e os convidados do show também gravaram um vídeo falando sobre o episódio.

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Comunicado de Xanddy nas redes. Foto: reprodução/Instagram

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*Publicada originalmente às 6h25 (5/3)

Fonte: Jean Mendes