Cultura

Resistência, liberdade e luta presentes no show da cantora Iza, no Dia da Consciência Negra, em Salvador

O Dia da Consciência Negra em Salvador foi celebrado com super show de Iza, na Concha Acústica do Teatro Castro Alves

Por André Oliveira

Resistência, Liberdade, Luta. Foram algumas das muitas palavras ecoadas na arquibancada da Concha Acústica do Teatro Castro Alves. Em um evento marcado pelo movimento de protagonismo de gente preta, as apresentações fazem parte das comemorações do Dia da Consciência Negra, data adotada pelo movimento negro na década de 70 dedicada à reflexão sobre o valor e contribuição da comunidade negra para o Brasil.


Sobre a importância de realizar esse show em uma ocasião tão simbólica, a cantora IZA, principal atração da noite, reforçou a importância de estar em Salvador. "Falando de Salvador especificamente, é muito especial estar aqui hoje, é surreal poder celebrar esse dia, celebrar a nossa ancestralidade, celebrar tudo que quem veio antes de mim e de nós. O povo aqui escuta minha música de um jeito diferente, não tem jeito, não". 


Apesar de ser carioca, Iza tem raízes baianas. "Boa parte da família de meu pai é baiana, então, no caso, todo mundo que tem algum parente baiano dá uma puxada, fala que é baiano também. Eu também tive a oportunidade de passar a minha infância no Nordeste. Sou carioca, mas eu fui criada no Rio Grande do Norte, então minha veia é nordestina e eu me sinto muito em casa aqui".


Em clima de copa do mundo, o coletivo Afrobapho iniciou a apresentação nas cores e ritmos da seleção brasileira. Moradora de Candeias, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), Camila, uma das integrantes do coletivo, diz se sentir realizada ao estar no mesmo palco que Iza. "Uma honra participar desse evento com essa representatividade. Hoje não é só um dia de celebração, mas é um dia também de luta, de chegar junto porque o Dia da Consciência Negra, são todos os dias".


O cantor Carlinhos Brown também esteve presente para prestigiar o show. "Tenho certeza de que o que a cultura negra propõe é a unidade, afinal, nós estamos num país aonde existe a miscigenação, embora a miscigenação não repare a escravidão, mas é uma condição de unidade de etnias e a gente precisa respeitar isso. Então, que essa consciência vá direto à cabeça de que nós precisamos, não apenas não concordar com o racismo, mas ser antirracista".


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