Incansável, Silvano Salles chega ao volume 20 e promete CD inovador
Incansável, Silvano Salles chega ao volume 20 e promete CD inovador
São 15 anos de música de 20 CDs produzidos. Silvano Salles, 36, tem uma carreira numericamente invejável. Mas a condição de vida confortável não veio por meio dos compactos. Gravados de forma independente, os CDs não são vendidos. São, segundo o cantor, usados “apenas para presentear fãs”.
“É uma forma de atrair mais público”, conta, revelando sua estratégia comercial. O artista, há muito atrelado à alcunha de “cantor apaixonado”, diz que ganha dinheiro mesmo com os shows Brasil afora.”É assim que pago minhas contas. Com CD não ganho nada”, brinca.
Ainda assim, neste ano de 2016, Salles alcança uma marca redonda em gravações. Todos os CDs do cantor carregam a mesma nomeclatura: “Silvano Salles”. O que difere cada um deles, além das faixas românticas, é a cronologia dos volumes. Este é o vigésimo.
Portanto, “Silvano Salles. Volume 20”. Foi precedido por “Silvano Salles. Volume 19”. E consequentemente, antecede o já aguardado “Silvano Salles. Volume 21.”
“Todos os meus CDs eu me dedico bastante. Mas esse é mais especial. Esse sim vai ser pra chorar”, diz o cantor.
VOLTA TRIUNFAL
O esmero tem uma razão. Salles admite que tem feito poucos shows em Salvador e quer retomar as turnês nas casas da capital baiana. “Tenho feito mais apresentações em estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e até no Amazonas eu fui. Me apresentei em uma cidade que faz divisa com a Colômbia”.
O cantor apaixonado não admite, mas o verão baiano acaba não favorecendo seu estilo musical. É a época que o axé e pagode roubam a cena e dominam os gostos — e corpos — dos baianos. A proximidade do São João reabre caminhos para o compasso da seresta.
“Vai ser sucesso”, resume, aos risos.
Há a promessa que o ‘Volume vinte’ virá com tudo. Serão nove inéditas e outras nove regravações. Entre as novidades destaca-se “Sosseguei” e Chuva de arroz” (música de Luan Santana). As antigas são “Eu levei Gaia” e “Não vou”.
Nenhuma das composições é de Salles. “Pego dos amigos que me mandam do país todo”, conta. O intérprete diz que está namorando ultimamente e, portanto, anda “apaixonado”.
“Só escolhi as músicas para fazer chorar. Ninguém vai se aguentar”.
Quando as lágrimas saltarem aos olhos na sofrência que tange ao infinito, lembre-se:
Ainda virá o Volume 21.
Isso é mais certo que a morte.