Olimpíada da diversidade
O esporte sempre foi um ambiente hostil para pessoas LGBTs, mas nesta olimpíada de Tóquio, no Japão, o cenário mudou um pouco. Segundo o site OutSports, a 32ª edição dos jogos teve cerca de 175 atletas LGBTQIA+, algo inédito na história do evento, e cujo número supera as últimas duas edições juntas.
No Rio de Janeiro, em 2016, foram 56 atletas, enquanto em Londres, em 2012, foram 23, totalizando 79. Assim, Tóquio 2020 - que aconteceu em 2021, rs - é mais que o dobro das últimas edições somadas. São 27 países com esportistas LGBTQIA+ em Tóquio.
Já na cerimônia de abertura, a diversidade e inclusão foram destacadas em vários momentos. Só no Brasil, aproximadamente 45 atletas se declararam abertamente LGBTQIA+, com destaque para Douglas Souza, o ponteiro da seleção de vôlei, que bombou nas redes sociais ao expor curiosidades sobre sua vida e a emoção de estar na olimpíada. Também tivemos a soteropolitana Ana Marcela, ouro na maratona aquática, que agradeceu à sua na namorada na comemoração.
A norte-americana Raven Saunders protagonizou a primeira manifestação no pódio (o que havia sido proibido) nessa olimpíada. Ao conquistar a prata no arremesso de peso feminino, ela ergueu seus braços e os cruzou, fazendo um "x", simbolizando um cruzamento em que todas as pessoas oprimidas se encontram.
Esse é um grande passo, mas ainda tempos muito caminho a percorrer, porque ainda há muitos obstáculos na inclusão de pessoas e atletas LGBTs. Não só pelo preconceito, mas por conta da falta de patrocínio, apoio, financiamento... para continuar treinando e praticando esporte.
Porém, sem dúvida, a gente tem muito o que comemorar com essas conquistas e passos que foram dados.
*Este material não reflete, necessariamente, a opinião do Aratu On