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Da casa ou de fora? Sucessão em empresas familiares é assunto delicado

Cezar
Colunista On: Cezar

A sucessão é um evidente calcanhar de Aquiles da maioria das empresas familiares. Infelizmente, poucas sobrevivem ao desaparecimento do seu fundador. E esse é um assunto bastante delicado de tratar.

Temos que levar em conta que leva no mínimo de três a cinco anos pra se formar um sucessor. E tem alguns desafios importantes. Primeiro é identificar, encontrar um sucessor, mas tem um outro também muito importante, que é encontrar um papel relevante para o sucedido, e a discussão sempre é: "vamos buscar dentro da empresa ou no mercado?"; "vamos buscar um membro da família ou um [outro] profissional?".

Não tem fórmula mágica, cada caso é um caso, o importante não é ser a pessoa da família, do mercado dentro da empresa, o importante é a meritocracia.

Tenho trabalhado em vários projetos de sucessão, em inúmeras empresas, junto aqui com meus colegas da Empreenda, e também temos feito projetos de mentoria para alguns futuros CEOs, presidentes de empresas ou diretores da empresa. Eu sempre busco a se identificar um grau de encaixe entre essas pessoas quando eu penso na sucessão. É o tipo de negócio, a cultura da empresa, os resultados desejados, o momento da empresa - que é fundamenta -, se é uma empresa que está numa fase de start-up, esse é o momento, um tipo de personalidade. Se é uma empresa que já tá estabelecida, é outra personalidade, é outro tipo de perfil. Se é uma empresa que precisa fazer um "turn around", é diferente de uma startup ou de uma empresa que já está madura no mercado estabelecido.

O tipo de resultado também é importante. Se o objetivo é aumentar a base de clientes ou aumentar o faturamento, precisa-se de uma pessoa com perfil de líder ou de sucessor, que seja extrovertida, exuberante, mais externa do que interna, voltada para o mercado, com um viés comercial muito forte. Mas, se o foco é rentabilidade, aí não é só esse perfil que interessa, mas também uma pessoa que mais voltada para a eficiência operacional e/ou para a gestão eficiente de custos.

A dica de ouro é o seguinte: nunca é cedo demais para a gente iniciar um processo de sucessão dentro de uma empresa.

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