Teatro Terceira Margem estreia “[ensaio] para uma Redenção” na Casa Rosa

O Teatro Terceira Margem celebra uma década de criação contínua com a estreia do espetáculo “[ensaio] para uma Redenção”, em cartaz de 21 a 30 de novembro, na Casa Rosa (Rio Vermelho), com sessões sextas e sábados, às 20h, e domingos, às 17h e 20h. Os ingressos, a serem adquiridos antecipadamente na plataforma SYMPLA, custam R$40 (inteira) e R$20 (meia). A montagem integra o circuito comemorativo “Teatro Terceira Margem – 10 Anos”, que reúne espetáculos, oficinas e leituras até dezembro de 2025.

Escrita por Ian Fraser, Caio Rodrigo e Daniel Farias a partir do romance “Cartografia para Caminhos Incertos” - de Fraser, a montagem é uma travessia poética sobre memória, aprendizagem e o desejo de pertencimento. Em cena, o jovem Mané parte em busca de borboletas amarelas e perde Redenção, sua cidade natal. Movido pelo desejo de se tornar poeta, ele atravessa paisagens de solidão, fome, desilusão e descoberta, até encontrar um grupo de teatro — espaço simbólico onde reconhece a si mesmo e o sentido de sua jornada.

“A história é sobre o homem que precisou perder sua Redenção para reencontrar o sentido de estar no mundo. É uma travessia. Um mergulho poético no ofício da cena teatral”, afirma o diretor e co-dramaturgo Caio Rodrigo.

A narrativa de [ensaio] para uma Redenção mistura real e imaginário, ensaio e vida, propondo um olhar sobre o papel do artista como aquele que reflete as urgências do seu tempo. “Onde estou? De onde vim? Para onde vou?” — pergunta o protagonista que carrega em sua mala, versos, lembranças e a vontade de pertencer: “Quando penso no infinito só penso no rio. Essa coisa que só faz passar e mesmo assim fica. Coisa que se aperta dentre as margens pra caber na palavra”. 

O elenco reúne nomes reconhecidos do teatro baiano — Lúcio Tranchesi, Diana Ramos, Igor Epifânio, Evelin Buchegger, Caio Rodrigo e Gordo Neto, além do jovem ator João D’Souza. A equipe criativa conta com cenografia de Erick Saboya e Caio Rodrigo, trilha sonora de Luciano Salvador Bahia, iluminação de Pedro Benevides, figurinos de Guilherme Hunder e produção de Raquel Bosi e Hyago Mattos. 

Encenada pela primeira vez em 2021, em formato virtual via Zoom — em meio à pandemia que impôs o distanciamento das artes presenciais —, a obra foi premiada com o Prêmio Braskem de Teatro 2020/2021 (Melhor Texto) e recebeu indicações a Melhor Espetáculo Adulto e Melhor Ator (Lúcio Tranchesi). 

Circuito Artístico – 10 Anos

O projeto comemorativo Teatro Terceira Margem – 10 anos se estende até dezembro de 2025, articulando formação, experimentação e difusão. A programação inclui oficinas de dramaturgia, interpretação, cenografia e iluminação, além de leituras e reapresentações de espetáculos do repertório.

Programação até dezembro:

* 21 a 30/11 – [ensaio] para uma Redenção – Casa Rosa
* 23/11 – Oficina de Cenografia – com Erick Saboya – Teatro Cambará/Casa Rosa
* 25/11 – Oficina de Interpretação – com Caio Rodrigo – Casa Preta
* 01/12 – Oficina de Iluminação – com Pedro Benevides – Casa Preta
* 03/12 – Leitura As Cidades – Casa Preta
* 10 e 11/12 – [sem]DRAMA – Casa Preta

O Grupo

Fundado em Salvador, o Teatro Terceira Margem é um grupo de artistas que têm nas artes cênicas seu principal campo de vida e investigação. Em dez anos de trajetória, construiu um repertório que reflete a diversidade e a consistência de sua pesquisa, com obras como Cartografia do Abismo (2014), A Máquina que Dobra o Nada (2015), O Bobo (2016), Woyzeck – Zé Ninguém (2017), As Cidades (2019), [ensaio] para uma Redenção (2021), [sem]DRAMA (2022), Quatro por Liberdade (2023), além de parcerias c…