Sabores de Itacaré: aprenda a dica do chef para cozinhar um polvo de forma prática
Sabores de Itacaré: aprenda a dica do chef para cozinhar um polvo de forma prática
Quem não pôde experimentar as delícias apresentadas no Festival Gastronômico Sabores de Itacaré, que terminou ontem (21), ainda pode conferir algumas das receitas receitas exclusivas. Parte dos 37 pratos apresentados no evento ficarão disponíveis de forma permanente nos estabelecimentos devido ao sucesso alcançado durante o festival. Dentro da programação, aconteceram as aulas show do festival, realizado pela primeira vez na cidade paradisíaca localizada no sul da Bahia.
Como destaque, a aula ” Os Sabores da Bahia” levou ao palco os chefs Clodomiro Tavares e Osmani Torres. Entre as receitas apresentadas, foram utilizados ingredientes locais como a curuca e a ostra, com temperos que variaram entre a pimenta rosa e a laranja Quicã.
A dica do polvo
O chef Tavares apresentou ao público uma receita de Polvo Grelhado com Quiabo. A dica do chef para um cozimento fácil e eficaz do polvo, que possui uma carne resistente, é a utilização de uma batata para conferência do ponto do molusco. “Vamos usar meia cebola na água fria com uma folha de louro, além de uma batata inglesa comum, sal e cravo. A batata vai dar o ponto do polvo. Para um polvo grande, uma batata grande, para um médio, uma média e assim por diante. Vocês devem verificar espetando a batata. Se ela cair, soltar com facilidade, quer dizer que o polvo também já está no ponto”, explicou.
A aula Sabores da Bahia ainda teve a receita do Nhoque de Batata Doce com molho de Aratu, com mais uma dica do chefe: “para 500 gramas de batata doce amassada, um ovo inteiro. Basta misturar e amassar com uma quantidade bem pequena de farinha de trigo. Depois é só enrolar, cortar e cozinhar com sal em uma panela com água em ebulição. Quando o nhoque subir, vocês já podem tirar por que ele estará no ponto”, explicou Tavares. Além disso, ele contou como preservar o nhoque fresco. “Se não for servir de imediato, coloque o nhoque na água com gelo para interrompaer o cozimento. Tire da água, reserve em um recipiente na geladeira. Depois, quando for servir, é só aquecer na água fervente e colocar o molho”, orientou o chef.
Fabrizio Abbate
A programação das aulas show teve ainda a apresentação do renomado chef Don Fabrizio Abbate, que atualmente tem um restaurante próprio na cidade de Porto Seguro, no extremo sul da Bahia, onde explora pratos com temperos mediterrâneos. “A minha comida é autoral e emocional”, defendeu o chef, que tem realizado uma forte campanha para a valorização da agricultura natural e familiar. Para ele, que é nascido na Itália, o processo está em progresso, mas ainda estamos distantes de um cenário ideal. “O mercado está se abrindo, mas a cozinha natural ainda é elitista por que os empresários investem pouco já que é mais fácil comprar produtos industrializados. Para que nos aproximemos dos produtores familiares é necessário um grande investimento em logística”, defende o chef.
Abbate ainda está à frente do movimento Eu Como Cultura, que visa a aprovação do projeto de lei que pretende reconhecer oficialmente a gastronomia brasileira como manifestação cultural. Para que o projeto de lei entre em votação, são necessárias 1 milhão de assinaturas. Para participar do manifesto, clique aqui.