Jornalista Beatriz Thielmann morre aos 63 anos em São Paulo
Jornalista Beatriz Thielmann morre aos 63 anos em São Paulo
A jornalista da TV Globo Beathriz Thielmann morreu na tarde deste domingo (29), no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, aos 63 anos, vítima de um câncer no peritônio. A informação foi confirmada pela própria emissora. A jornalista deixa dois filhos. Ainda não há detalhes de quando e onde será realizado o velório.
Mineira de Juiz de Fora, Beatriz Helena Thielmann tinha mais de 30 anos de carreira, e cobriu importantes momentos do país. Foi a primeira repórter da Globo a entrevistar o ex-líder cubano Fidel Castro, em 1987. Cobriu também a promulgação da Assembleia Nacional Constituinte, em 1988, a eleição e morte de Tancredo Neves, a implantação do Plano Cruzado, a Eco-92, a morte de Niemeyer, e a visita do Papa Francisco, entre outros fatos. Além das reportagens, ela escreveu um livro e dirigiu um filme sobre o cantor Edu Lobo.
No Grupo Globo, passou por jornais como “Bom Dia Brasil”, “Globo Repórter”, “Jornal da Globo”, “Fantástico”, “Jornal Nacional”, além do canal de notícias Globo News. Cobriu diversas áreas, entre cidade, economia e política.
Em 1989, Thielmann deixou a Globo para promover a campanha presidencial do PSDB, de Mário Covas. Era a primeira eleição direta à presidência da República. “Eu não podia perder aquilo. Queria estar do outro lado agora. Em vez de cobrir, queria ver como funcionava. Foi uma experiência riquíssima. Viajamos por 186 cidades do início de agosto até o final de outubro”, contou a jornalista, que voltou à Globo no início dos anos 90.
Em entrevista ao “Memória Globo”, ela atribuiu o amor pelo jornalismo a Sandra Passarinho, também repórter da Globo. “Fui estimulada pela Sandra Passarinho ao vê-la na TV, correndo o mundo atrás de notícias”, declarou.
Em redes sociais, a emissora, amigos e colegas profissão, como Flávio Fachel e Monica Waldvogel, também lamentaram a morte de Beatriz Thielmann.