“Estamos mais radicais e apostando mais em gente”, diz Matheus Boa Sorte antes de estreia da nova temporada do Dendê na Mochila
“Estamos mais radicais e apostando mais em gente”, diz Matheus Boa Sorte antes de estreia da nova temporada do Dendê na Mochila
A segunda temporada do Dendê na Mochila está mais radical. Mais próxima das pessoas. E conta agora os desafios e amigos encontrados pelo caminho. Serão 45 episódios com uma nova tecnologia de captação e fotografia para mostrar detalhadamente os mais diversos lugares percorridos durante a temporada do programa. O programa vai ao ar todo sábado às 13h45.
Em 2015, foram 30 episódios. Neles o apresentador Matheus Boa Sorte visitou pelo menos 35 cidades — entre elas, Amajari, norte de Roraima onde fica a serra de Tepequém e Santa Helena de Uairen, cidade do sul da Venezuela. Para a nova fase do programa mais 42 destinos serão desbravados pela equipe formada por Matheus Boa Sorte, Robson Melo (cinegrafista), Luciano Lima (cinegrafista), Everton do Vale (Editor), Carollini Assis (Produtora) e Hermeson Manoel (produtor).
Aproveitando as novidades da atração, o Aratu Online bateu um papo com Matheus Boa Sorte. Apesar de viver com o pé na estrada, esse baiano de Guanambi aproveita as horas vagas em casa ou curtindo um cinema. Saiba mais sobre as aventuras, experiências e novidades da nova temporada.
Aratu Online: A nova temporada está bem mais radical. Do que você tem medo?
Matheus Boa Sorte: Antes do programa eu era muito medroso. Conto sempre essa história. Eu morava no terceiro andar de um prédio e não encostava no parapeito da varanda pois tinha muito medo de altura. Hoje eu tenho medo de altura? Tenho! Mas consigo administrar. Hoje eu faço rapel, escalada. Mas a única coisa que eu não faria é o Bang Jamp. Paraquedas nessa temporada vai rolar. Eu fiz um enduro de motocross que eu nunca tinha feito. É um negócio que não dá para descrever. Um circuito de bike bem legal, onde eu fui até a última gota da minha sanidade física. Essa temporada tem muita coisa. Vamos fazer uma gravação e vou ver se aprendo a surfar.
A primeira temporada tinha a ideia de “Matheus viajando e descobrindo lugares”. Nessa mantemos a ideia. Só que agora explorando o que e quem Matheus encontra nesses lugares. Um programa mais conversado, que mostra mais o sofrimento que passamos para chegar em alguns lugares.
AO: Você tem noção de quantas cidades visitou na primeira e parte da segunda temporada?
MBS: Como viajante que sou da Bahia conheço mais de 300 municípios baianos, quase a Bahia toda. Na primeira temporada do Dendê temos uma curiosidade, viajamos as 5 regiões do Brasil. Gravamos em Gramado (Sul), Formosa-MG (Sudeste), Mato Grosso (Centro-Oeste), Roraima (Norte) e Fortaleza (Nordeste). Para essa temporada também, mas em outros destinos. Agora serão 42.
AO: Você já trabalha viajando, o que geralmente fazemos nas férias. E quando você está de férias, faz o quê?
MBS: Desde que comecei o Dendê não tive oportunidade de tirar férias. Final do ano tive um recesso e viajei com meus pais (risos). Quando eu chego de viagem do Dendê eu prefiro ficar em casa, é raro eu sair. Mas nas minhas férias esse ano eu programo viajar, talvez para a cidade onde eu nasci (Guanambi-Ba), eu gosto de viajar. Até nas minhas folguinhas eu viajo.
AO: Além do Dendê, o que você leva na mochila?
MBS: Coragem. Um pouquinho da essência de cada um dos baianos, essa é a grande responsabilidade. O Dendê tem um público fiel. Os nossos números de audiência provam isso. É uma fatia muito fiel que nos assiste. Eles sentimentalizam muito. “Matheus, você foi na cidade que minha mãe nasceu, na cidade onde conheci meu esposo, passei férias inesquecíveis…” Eu levo essa responsabilidade de representar bem os baianos. Mas levo também muito protetor solar, muita comida porque eu como para caramba. Vou começar a levar uma bússola, um canivete e uma roupa de neoprene, porque existem cachoeiras aqui na Bahia de 7 e 8 graus e eu sofro muito com a temperatura.
AO: É bom levar repelente também.
MSB: Vou levar vários agora (risos).
AO: Tem alguma mania? Ritual antes de viajar?
MSB: Rapaz… não vou dizer que sou religioso ou frequento instituições religiosas, porém eu sou um homem de muita fé. Converso muito com o ser superior que eu acho que é uma força que nos rege. Sempre peço proteção. Sou bem desapegado das coisas, dos bens materiais. Minha mãe sempre que me liga ao invés de perguntar como eu estou ela pergunta onde eu estou. Não sou muito de manias ou rituais.
AO: Já que é desapegado deve ter esquecido várias coisas por aí.
MSB: Eu não esqueço porque viajam comigo Robson Melo, Luciano Lima e Chocolate (risos). Eles pegam as coisas no meio do caminho. Uma vez, em Bonito, eu entrei no meio de uma cachoeira e a correnteza me levou, aí a primeira ação que eu tive foi de me salvar, só que eu estava segurando uma GoPro, quando fui me salvar eu soltei a GoPro e naquele momento ela afundou, conseguimos mergulhar e pegar. Foi a única vez que eu quase esqueci alguma coisa.
AO: Tem algum lugar que sonha em conhecer e ainda não foi?
MSB: No mundo tem muitos, mas vou falar no Brasil. Teve um que realizei agora. Gravamos em Bonito (MS) e vou te dizer… Tenho vontade de conhecer Jalapão no Tocantins, Lençóis Maranhenses, no Maranhão. E outros três destinos que estão nesta temporada que eu não vou contar. Eu tenho um sonho que é conhecer todos os estados brasileiros, conheço uns 16, faltam poucos, não sei se consigo até o final do ano. Mas quero que pelo menos em 2017 eu tenha passado por todos os estados brasileiros.
Tenho um sonho maior. Daqui a cinco anos quero ter passado por todos os municípios baianos. São duas metas que eu tenho. Quando eu tiver com essa bagagem pronta eu me jogo pelo mundo.
AO: Na primeira temporada, qual foi o lugar mais bacana, mais inusitado?
MSB: Cada lugar é um cantinho. Eu arriscaria que nas gravações fora do estado, eu gostei muito de Nobres no Mato Grosso. Achei Gramado um lugar sensacional. Roraima é fantástico e às vezes a gente esquece o norte do país. A gente pensa que no norte só tem índio. Eu me apaixonei por Boa Vista, capital do estado. Apaixonado pela recepção das pessoas pelo jeito, pelo entorno. Na Bahia, eu gostei muito de Itaetê, na Cachoeira Encantada porque foi superação. Quando eu cheguei no lugar eu lembrei que eu tinha que voltar e foram 8 horas para ir e mais 8 horas para voltar. Ali foi superação. Andávamos muito, com água no peito, com muitas pedras, caíamos e levantávamos. Em termos de superação foi isso.
Antes de finalizar a entrevista fizemos uma última pergunta para Matheus Boa Sorte. Uma pergunta surpresa:
AO: Dizem que os marinheiros tem um amor em cada porto. Quantos amores nosso viajante tem em cada parada?
Veja o que o apresentador do Dendê na Mochila respondeu clicando neste vídeo: