Vencedores do Hackathon da Nasa em Salvador foram motivados por professora universitária
Vencedores do Hackathon da Nasa em Salvador foram motivados por professora universitária
Membros da Cafeína, equipe vencedora do Nasa Space Apps Challenge 2019 em Salvador - competição internacional realizada neste domingo (20/10) em todo o mundo -, os estudantes de Administração da Ufba, Antonio Rocha, de 18 anos, Pedro Dantas, 19, e Genilson Brito, 18, decidiram participar do evento depois de assistir a uma palestra de Leka Hattori, representante oficial do Nasa Space na Bahia. A empreendedora, por sua vez, foi convidada pela professora Isabel Sartori, que Leka conheceu no Founder Institute (maior aceleradora de startups do Vale do Silício), onde é uma das diretoras na Bahia.
"Em acho fantástica uma conexão como essa em que uma professora universitária me convida para incentivar os alunos dela, eles se interessam e ela continua essa motivação e eles se sagram campeões", comemora Leka. Além do trio de colegas, a Cafeína é formada pelo estudante de Engenharia Química, Ramon de Almeida, 22, e pelo futuro analista e desenvolvedor de sistemas, Thiago Barbosa, 23. Eles se conheceram no hackathon e uniram forças. "Após participar das dinâmicas que Leka fez para a formação de equipes, vimos as habilidades que faltavam para completar o time e encontramos Ramon e Thiago", explica Genilson.
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"A participação e incentivo de Leka foram de extrema importância para nos fazer perceber que está mais do que na hora de termos maiores participações em projetos como o tal", comentou Isabel em uma postagem no perfil do Instagram @hackathoneaufba, criado para estimular o networking entre os estudantes. A equipe Cafeína usou como base o Gerador de Van Der Graff para desenvolver um mecanismo que atrai e capta resíduos plásticos nos oceanos e que são ingeridos por animais marinhos, comprometendo a vida deles, dos animais que se alimentam deles, inclusive os humanos. "O objetivo é focar na preservação dessas vidas marinhas com esse mecanismo", explica Thiago. O time disputou o desafio "limpeza do lixo nos oceanos", na categoria Oceanos do Planeta Terra.
A competição teve ainda desafios nas categorias Estrelas, Nossa Lua, Planetas Perto e Longe e Vivendo Nosso Mundo. Foi esta última que a segunda colocada, Monit Oil, disputou. O grupo formado pela profissional de Relações Internacionais, Bianca Meireles, 26 anos, o jornalista Antonio Laranjeira, 28, o especialista em Direito Digital, Felipe Coutinho, 29, o Engenheiro de Automação, Mateus Maia, 26, e o administrador e empreendedor Paulo Galo, 48, propôs um mapeamento colaborativo de emergências ambientais por conta de derramamento de óleo.
Ambos os times vão disputar com os vencedores de todo o mundo o prêmio maior da competição planetária, que é poder realizar o projeto proposto com apoio da Nasa. Eles ganharam ainda óculos de realidade virtual, oferecidos pela Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, e cursos de inglês da Language Lab.
A competição
Além das duas equipes vencedoras, participaram do hackathon em Salvador mais 28 grupos, chegando a cerca de 200 competidores, dos 520 inscritos na primeira etapa do evento, que receberam o suporte de cerca de 20 monitores e cinco professores de inglês para interpretar os dados da agência espacial americana disponibilizados para consulta durante a competição. A meta para o ano que vem é alcançar 500 pessoas disputando os primeiros lugares, acredita Leka. "Tivemos resultados positivos nesse segundo ano em Salvador, mesmo com o grande desafio que é realizar um evento como esse no contexto econômico atual do país. Ainda assim, conseguimos o feito de sair dos 22% para os 35% de participação feminina, um de nossos objetivos", comenta a empreendedora.
O júri do hackathon em Salvador foi formado por André Fraga, secretário municipal de Sustentabilidade; Francisco Costa Neto, CEO, ou melhor, Multiplicador de Alegria da Aviva, detentora de dois ícones do segmento de Turismo e Entretenimento do Brasil: o Rio Quente Resorts e a Costa do Sauípe; Gabriel Melo Salgado, do Hub de Inovação do Banco do Nordeste; Marilda Galindo, gerente executiva da Célula de Desenvolvimento Territorial da Superintendência do Banco do Nordeste na Bahia; e Adriana Campelo, diretora de Resiliência da Prefeitura Municipal de Salvador e Chief Resilience Officer da iniciativa 100 Resilient Cities da Fundação Rockefeller.
Leka acredita que Salvador pode ganhar o mundial esse ano. "Nosso esforço foi para ter um projeto vencedor na final. Para isso, este ano, contamos com a co-realização da Aviva, parceria da Prefeitura de Salvador, patrocínio do Banco do Nordeste e Governo Federal, apoio do Hub Salvador, Lighthouse, Daten, Founder Institute e Jupiter, e apoio institucional da Embaixada do Brasil nos EUA. Na mentoria, o evento contou com o apoio da UCSAL, ABASTARTUPS (Associação Baiana de Startups), AJE (Associação Jovens Empreendedores da Bahia) e Grupo Aratu, além de empreendedores do All Saints Bay. O Grupo Aratu também foi o midia partner do projeto. Com a ajuda da F2 Data, co-realizadora do projeto junto com a Leka Up – a competição também foi realizada em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, terra natal de Leka. Lá foram 120 competidores.
Diversão
Enquanto aguardavam o resultado, os competidores se divertiram com 10 personagens da série de filmes Star Wars, que circularam pelo Hub. O grupo integra o Squade Nordeste, o mais novo a representar o 501 ST Legion, fã clube reconhecido pela Lucas Films e Disney. Após saber os nomes dos times vencedores, a comemoração ficou a cargo do show Thiago Pugas e seu projeto Pugah, que une percussão e música eletrônica.
O Hackathon
O desafio internacional proposto pela Nasa aconteceu em mais 42 cidades brasileiras, entre elas Aracaju, Belo Horizonte, Curitiba, Goiânia, Fortaleza, Maceió, Manaus, Porto Alegre, Porto Velho, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo, São Luís e Brasília. No mundo, foram cerca de 20 mil pessoas. Em 2018, foram 18 mil participantes em 200 cidades em 75 países.
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